Stormie Downey é uma it girl de Los Angels que acaba de terminar o seu relacionamento de 4 anos com o membro de uma boyband.
Sem muitos amigos depois de viver na bolha de seu relacionamento, ela aceita que seu pai convide os amigos dele para a sua...
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Eu não consegui dormir, a minha ansiedade estava a mil e acabei nem se quer deitando na cama, eu estava andando de um lado para o outro do quarto e checando o horário sem parar. Isso não era uma boa ideia, ainda mais sem a minha mãe em casa, quem iria interceder no surto do meu pai ou o socorrer se ele tivesse um treco?
Senti o meu coração palpitar, talvez eu tivesse treco. Pensei em mandar uma mensagem para Indio mas ele dificilmente acordava antes do meio dia e não tenho certeza se ele realmente ajudaria em algo ou pioraria a situação.
As 11h em ponto Sebastian me mandou uma mensagem dizendo que estava na frente da minha casa e senti a minha pressão cair. Eu desci as escadas sentindo as minhas pernas tremerem e as minhas mãos suarem frio.
Abri a porta para Sebastian e ele estava com sorriso no rosto me fazendo querer lhe bater, eu estava tendo um treco e ele estava sorrindo?
O guiei até o escritório e fiz sinal para ele ficar em silêncio enquanto eu batia na porta e ouvíamos meu pai dar permissão para que entrássemos. Abri um pouco a porta colocando a cabeça para dentro e o vejo sentado em sua mesa com o jornal nas mãos.
— Tem um minuto? - perguntei torcendo para que ele disse que não, mas ele me espiou por cima do jornal e o fechou.
— Claro, alguma coisa errada querida? - ele perguntou tirando os óculos.
Abri a porta por completo dando espaço para Sebastian e fechando os olhos com força. Foi nesse minuto que a minha alma deixou o meu corpo.
— Por que você está na minha casa? - meu pai perguntou e Sebastian segurou a minha mão - Não, não mesmo Stormie!
Abri os meus olhos e começamos a caminhar em direção a mesa e eu tenho certeza que a pressão do meu pai subia a cada passo que dávamos mais perto dele.
— Eu queria fazer isso direito. - Sebastian começou e meu pai deu risada.
— Fazer o que exatamente e qual é a parte direita nisso aí? - ele apontou para nós dois
— Na verdade eu estou grávida - meu pai arregalou os olhos na minha direção - Achamos que você deveria saber.
Ele fez uma pausa esperando pela parte em que um de nós dois diríamos que era brincadeira, mas provavelmente Sebastian estava mais em choque do que ele nesse momento para conseguir reagir.
— Eu te mato! - meu pai disse apontando para Sebastian - Eu te mato! - ele levantou da mesa e veio na nossa direção.
— É brincadeira! - falei rápido entrando na frente do Sebastian e meu pai parou perto de mim fechando os olhos com força e respirando fundo.
— Você está louca? - ele perguntou tentando manter o controle da voz e abrindo os olhos para me encarar - Eu tenho certeza que te faltou algumas palmadas quando você era criança.
— Olha só, agora a notícia de que na verdade estamos só namorando não é tão ruim assim é? - Eu falei e Sebastian deu um passo para trás me puxando junto.
— Você está testando a minha paciência ou só tentando me matar mesmo? - meu pai virou de costas para nós e se apoiou na mesa.
— Nenhum dos dois, eu só achei que dessa vez não devia esperar um ano para te contar que estava namorando. - eu respondi e meu pai bufou.
— Robert... - Sebastian começou e meu pai se virou para nós outra vez - Eu gosto da Storm e ela gosta de mim, nós queremos e vamos ficar juntos, achamos que deveríamos ao menos te contar para você não achar que estamos fazendo algo pelas suas costas ou que eu estou apenas brincando com ela.
— E você pensou direito nisso? - meu perguntou para mim - Até outro dia você nem queria um relacionamento e agora já está me apresentando um namorado de 40 anos?
— Você me disse para não desistir do amor e continuar tentando - o lembrei e ele revirou os olhos.
— E você acha que esse aí é a pessoa certa? - ele falou fazendo pouco caso - É com ele que você quer se casar e ter filhos?
— Como eu vou saber se você não me deixa tentar? - perguntei revirando os olhos para ele - E além do mais quem disse que eu quero casar e ter filhos?
— Ele tem 40 anos, ele vai ser avô quando você decidir querer ter filhos garota! - meu pai reclamou e Sebastian se remexeu desconfortável com o rumo da conversa - Eu te paguei os melhores colégios do mundo, espero que tenham te ensinado ao menos a contar - ele estava sem paciência e sendo rude - Quantos anos você vai ter daqui 20 anos? - eu não respondi e o lancei um olhar de raiva - 41 anos Stormie, não é tão difícil assim, vamos la. Agora me diz, quantos anos o Sebastian vai ter daqui a 20 anos?
— O que importa quantos anos alguém vai ter daqui a 20 anos? - ele queria ser rude, bom, eu também sei ser - Você mesmo talvez nem esteja mais vivo!
— Se você continuar me testando como hoje provavelmente não mesmo. - ele estava com raiva e eu estava com mais raiva ainda agora.
— Pelo menos o seu pai te deixou viver a sua vida. - eu me arrependi das palavras assim que elas deixaram a minha boca.
Ele nunca falava do pai dele e eu sabia que esse era o seu ponto fraco. Meu pai encarou o chão por alguns segundos.
— Eu queria que o meu pai tivesse se importado em brigar comigo nas vezes que eu tomei uma decisão errada na minha vida, teria me poupado muito sofrimento - Ele disse se sentando na sua cadeira outra vez.
— Você não seria quem você é hoje se você não tivesse tomado algumas decisão erradas na sua vida - me aproximei da mesa - Mas pai, eu não estou tomando uma decisão errada agora, eu estou fazendo exatamente o que você disse a vida inteira para fazer - ele me encarou - Eu estou seguindo o meu coração.
Seu olhar foi de mim para Sebastian e voltou para mim outra vez. Ele esfregou os olhos e eu finalmente notei a sua aparência cansada.
— Eu ainda acho que essa é uma decisão errada Stormie - ele respirou fundo - Mas vai em frente, comenta seus próprios erros. Eu ainda vou estar aqui por você no final de todos eles.
— Obrigada! - respirei aliviada.
Saber que o meu pai era o meu Porto Seguro e eu sempre teria para onde voltar sempre me deu forças para viver, era daí que vinha a minha coragem, era por isso que viver não parecia tão assustador, eu sempre soube que apesar de qualquer coisa eu sempre teria a minha família para me apoiar no final do dia.
