Quando adentrei o local comecei a procurar por Chris. A decoração era bem anos 50, tinha uma máquina de música daquelas que você só encontra em filmes, o estofado era vermelho e as mesas brancas, algumas detalhes eram pintados de azul Tiffany, parecia uma combinação estranha mas funcionava.Chris estava sentado em uma mesa no fundo da loja e estava distraído o suficiente para não notar a minha presença até eu me sentar a sua frente e tocar a sua mão que estava em cima da mesa.
— Tudo bem? - perguntei quando seus olhos encontraram os meus.
— Sim - ele mexeu suas mãos fazendo a sua ficar por cima da minha - Me desculpe pelo jeito que te tratei ontem, eu não sei o que deu em mim, eu fui um completo idiota.
— Bom... você foi mesmo - ele tentou puxar suas mãos mas eu as segurei - mas está tudo bem, eu te conheço - apertei as suas mãos para lhe passar conforto - eu sei quem você é de verdade.
— Sabe mesmo?
— Eu poderia escrever a sua biografia - sorri para ele - mas já aviso que iria listar todos os seus defeitos.
— Eu não tenho defeitos - ele sorriu pela primeira vez
— Você quer que eu liste eles agora? - o desafiei
— Vamos lá!
— Você tem chulé - falei e ele fez uma careta - você é muito desorganizado, você é um péssimo perdedor...
— Ninguém gosta de perder - ele se defendeu
— Mas você parece uma criança de 5 anos quando perde algum jogo! Lembra aquela vez que jogamos uno? - ele negou com a cabeça mas eu sabia que ele estava mentindo - Você rasgou as minhas cartas só porque eu te joguei +4 três vezes seguidas.
— Você estava roubando!
— Eu tinha 12 anos, eu não estava roubando!
— Crianças de 12 anos já sabem roubar em jogos de cartas - ele me acusou e riu
— Está vendo, péssimo perdedor. E podemos adicionar a lista que você também é um péssimo mentiroso.
— Mas isso seria uma qualidade - ele se defendeu
— Depende do ponto de vista. E você é um ator, as pessoas presumem que você saiba mentir bem. Talvez eu deva adicionar a lista que você é um péssimo ator também. - falei brincando e ele fez uma cara de ofendido exagerada.
— Eu não irei te colocar nos meus agradecimentos do Oscar!
— Todos sabemos que serei o primeiro nome da lista.
— Você é muito convencida. - ele riu
— Aprendi com você - o acusei e ele gargalhou
— Eu diria que sendo filha de quem você é, você já nasceu convencida, isso está no seu DNA.
A garçonete se aproximou para anotar os nossos pedidos e assim que ela colocou os olhos em Chris a sua expressão mudou completamente, ela ajeito o vestido e quase se debruçou na mesa com os peitos na cara dele, me ignorando completamente. Mas Chris não pareceu perceber ou pelo menos fingiu não perceber. Mas ela nem se abalou, anotou nossos pedidos e saiu rebolando. Quando ela voltou com a bandeja e os pedidos, reparei que ela tinha passado um batom vermelho e não consegui não rir, recebi alguns olhares feios dela e Chris ficou sem entender.
— O que aconteceu? - ele perguntou quando ela se afastou rebolando de novo.
— Ela está interessada em você - falei ainda rindo
— Hum, sério? - ele olhou na direção dela - bonita, mas não sei, talvez ela esteja maquiada demais.
— Não existe maquiagem demais - olhei na direção dela a checando mais uma vez - Mas talvez ela tenha errado no tom e quantidade de base na cara.
— Os caras não ligam para essas coisas todas que vocês passam - ele disse bebendo o seu café
— Nem começa com aquele papo de - fiz aspas no ar - "gostamos de garotas sem maquiagem, de moletom e que sabem beber cerveja"
— Mas é verdade!
— Não, não é! Se colocassem você para escolher entre uma menina com um moletom maior que ela, espinhas na cara e olheiras. Contra uma garota em uma roupa justa, curta e uma maquiagem bem feita, você escolheria a segunda!
— você não sabe.
— É claro que eu sei - eu ri - eu já vi bem de perto o tipo de garota que você apresenta aos seus amigos. E além do mais, era eu que estava na sua cama a dois dias atrás. - pisquei para ele e ele olhou para os lados para conferir se ninguém estava perto o suficiente para ouvir a nossa conversa.
— É impossível discutir com você.
Sim, era mesmo, eu fui capitã da equipe de debate na escola, deixar as pessoas sem argumentos era quase um hobby para mim.
Terminamos o café numa boa, Chris foi comigo até o meu carro, ele ando a uma distância segura de mim e não me beijou, eu entendia que alguém podia tirar uma foto a qualquer momento e começar um boato pela internet, nós dois daríamos o que falar. Ele se despediu de mim com um aceno e disse que me ligaria mais tarde. Não que eu tivesse ficado sentada com o telefone na mão esperando a sua ligação, mas ele não ligou.
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Life of the party - MARVEL
FanfictionStormie Downey é uma it girl de Los Angels que acaba de terminar o seu relacionamento de 4 anos com o membro de uma boyband. Sem muitos amigos depois de viver na bolha de seu relacionamento, ela aceita que seu pai convide os amigos dele para a sua...