49. Juliet

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De Paris eu e Sebastian decidimos ir para Verona

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De Paris eu e Sebastian decidimos ir para Verona. E a nossa primeira parada não podia ser outra a não ser a casa de Julieta, a casa do amor. O local tinha um ar de esperança, um cheiro de amor e um visual histórico, era como estar dentro de um filme, e eu amava esse momento cenas de filme da minha vida.

Já passava do horário de abertura, mas o agente de Sebastian conseguiu que abrissem só para nós, então o local estava vazio e podíamos ver tudo com calma e privacidade.

— Vem! - Sebastian pegando a minha mão e me guiando até uma parede com bilhetes colados - Eu vou escrever um. - ele diz sorrindo e pegando um papelzinho branco.

Resolvi escrever algo também, mas estou sem ideia, enquanto eu penso Sebastian já colocou seu papelzinho na parede. Resolvi escrever algo que lembre esse local.

— Pronto. - falo me aproximando de Sebastian com o bilhete - "O verdadeiro amor não tem final feliz, porque o amor verdadeiro nunca acaba. Stormie Downey e Sebastian Stan forever and Always." - colo na parede e adiciono a data de hoje.

— Vem ver o meu. - ele diz apontando para o pequeno papel branco na parede.

— "Mesmo se eu conhecesse milhares de pessoas, nenhuma se compararia a você. S & S forever and always" - leio e sorrio - Isso foi muito fofo.

— O seu também. - ele me beija de um jeito doce que faz meu coração acelerar todas as vezes.

A cadeados em um portão e deixamos um cadeado com nossas iniciais e a palavra forever aqui também, isso já estava se tornando uma tradição em nossas viagens. Escrevo nossos nomes na parece de rabiscos e completo com a frase "que seja eterno", eu queria que o nosso amor fosse lembrado para sempre como o amor de Romeu e Julieta, que fôssemos exemplo de um casal apaixonado como eles.

— Eu tenho uma ideia - Sebastian me diz sorrindo - O guia vai te levar em um lugar, só confia ok?

— Ok! - respondo um pouco desconfiada.

Sigo o guia para dentro da casa e Sebastian fica parado lá no meio do pátio. Subimos uma escada e ele me leva até um quarto, tem uma cama no meio dele e uma penteadeira perto da janela. O guia abre a sacada e faz sinal para que eu saia. Olho para baixo e Sebastian ainda está no meio do pátio.

— Só ri das cicatrizes quem ferida nunca sofreu no corpo. - ele começa a recitar os versos da peça e um sorriso enorme surge no meu rosto - Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que, como serva, és mais formosa que ela. - ele continua a recitar, concentrado e apaixonado - Duas estrelas do céu, as mais formosas, tendo tido qualquer ocupação, aos olhos dela pediram que brilhassem nas esferas, até que elas voltassem. [...]

— Ai de mim! - falo sorrindo e suspirando alto na minha deixa.

— Amor, não lembro o restante. - ele diz e ri.

Então eu continuo a recitar por ele enquanto ele procura o texto no celular.

— Romeu, Romeu! Ah! por que és tu Romeu? Renega o pai, despoja-te do nome; ou então, se não quiseres, jura ao menos que amor me tens, porque uma Capuleto deixarei de ser logo. - digo as minhas falas, mas não acho que sou tão boa as recitando quanto ele. Ele fala com paixão e entusiasmo, de um jeito que parece estar vivendo aquilo.

— Continuo ouvindo-a mais um pouco, ou lhe respondo? - ele lê no celular.

— Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. - recito gaguejando um pouco, estou nervosa. - Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. - me surpreendo por lembrar de tudo isso, fazia anos que não lia o texto, mas o conhecia de cor por ter feito Julieta no teatro da escola. - Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira.

— Sim, aceito tua palavra. Dá-me o nome apenas de amor, que ficarei rebatizado. De agora em diante não serei Romeu.

— Quem és tu que, encoberto pela noite, entras em meu segredo?

— Por um nome não sei como dizer-te quem eu seja. Meu nome, cara santa, me é odioso, por ser teu inimigo; se o tivesse diante de mim, escrito, o rasgaria.

— Senhorita? - o guia me chama - Lamento interromper, mas precisamos ir.

Faço um beicinho e ele uma cara de sinto muito. Mando um beijo para Sebastian e me afasto da janela para que o guia a feche. Desço as escadas correndo e quando passo pela porta continuo.

— Dize-me como entraste e porque vieste. Muito alto é o muro do jardim, difícil de escalar, sendo o ponto a própria morte, se quem és atendermos, caso fosses encontrado por um dos meus parentes.

— Do amor as lestes asas me fizeram transvoar o muro, pois barreira alguma conseguirá deter do amor o curso, tentando o amor tudo o que o amor realiza. Teu pai, assim, não poderiam desviar-me do propósito. - ele altera o texto, ao invés de parentes ele diz pai, e eu entendo o porque.

— No caso de seres visto, poderão matar-te.

— Ai! Em teus olhos há maior perigo do que em vinte punhais de teu pai. Olha-me com doçura, e é quanto basta para deixar-me à prova do ódio deles. - ele diz e eu me lanço em seus braços o beijando.

Eu o amo e todos os dias ao lado dele eu tinha a certeza disso. Meu coração me dizia em todos os segundos ao lado dele que seria para sempre esse amor, que nem o tempo, meu pai, ciúmes ou qualquer outra coisa seria capaz de nos separar.

Saímos da casa e andamos pelas ruas de Verona de mãos dadas, a cidade agora era cenário do nosso filme e as cenas de hoje eram de amor.

Life of the party - MARVELOnde histórias criam vida. Descubra agora