Angústia

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Após o fim da noite, Ced me levou para casa e se despediu dizendo que mandaria mensagem para marcar o próximo encontro.

Como ainda não queria ir para casa decidi dar uma volta pelo quarteirão e pensar um pouco.

As palavras de Draco ainda ecoavam na minha cabeça, quem diria que eu seria considerado amigo de alguém tão poderoso como ele? A vida realmente nos surpreende as vezes.

O ar fresco da noite de verão dançava ao redor do meu rosto, varrendo meus pensamentos para longe e deixando somente a sensação de cosquinhas pela temperatura levemente gelada na minha bochecha.

Andei até a praça próxima de casa e me sentei em um balanço feito pelas crianças na árvore, olhei para o céu azulado vendo as estrelas brilhantes que pareciam brincar lá em cima, criando constelações e formas interessantes e brilhantes.

Olhar para as estrelas com certeza era a coisa que eu mais gostava de fazer, lembro que quando eu era pequeno meu padrinho dizia que as duas estrelas mais brilhantes no céu eram meus pais.

Olho para as duas estrelinhas lá no céu, que apesar da poluição da cidade, ainda brilham lindamente lá em cima, piscando para mim.

-Oi mãe, oi pai. Está acontecendo tanta coisa na minha vida nessas semanas, eu queria tanto que vocês estivessem aqui para me aconselhar, me ouvir e me abraçar. Eu amo vocês, para sempre.

Uma pequena lágrima escorre do meu rosto, meus padrinhos sempre fizeram o papel de pais que eu precisava, mas eu gostaria tanto de poder ver e falar com os meus pais que até dói as vezes.

Fico mais um tempo olhando para o céu, até que o sono e o cansaço batem e eu decido voltar para casa, afinal não é muito bom ficar sozinho essas horas em uma praça deserta.

Me levando do balanço e começo a caminhar tranquilamente, até que a sensação estranha e esmagadora que anda me perseguindo a semanas aparece, Junto com uma angústia e uma leve falta de ar.

Tenho a sensação de que estou sendo seguido, porém olho para os lados e a única coisa visível é o balançar das folhas das árvores e as luzes de algumas casas que ainda não foram apagadas.

Decido que isso tudo é coisa da minha cabeça e continuo andando até estar na rua de casa.

A sensação continua forte, mas desa vez quando olho para trás vejo o mesmo carro que vi naquele dia na lanchonete. A figura dentro dele é evidente, apesar de ser impossível indentificar sua indentidade por conta da escuridão.

O desespero me bate, será que chegou a hora do encontro? Ele se cansou de brincar comigo e decidiu acabar com o joguinho dele de vez?

Antes que minhas perguntas possam ser respondidas eu me apresso e entro no meu prédio.

Decido ir pelas escadas, corro até meu andar. E como eu já prévia, em frente a porta do meu apartamento, em cima do meu tapetinho, está delicadamente repolsado de modo aparentemente inofensivo, mas assustador, o belo envelope que é inconfundível. Não tem um autor, nem um selo, apenas meu nome.

Aparentemente, ele só veio para uma coisa, me entregar mais uma carta.

                     🌟🌟🌟

Oi!

O capítulo não é longo, eu escrevi ele em um momento bem triste e angustiante, acho que dá para perceber durante a leitura.

Espero que tenham gostado! :)

Xau!

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⏰ Última atualização: May 26, 2022 ⏰

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