Naruto, o herdeiro do fogo

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 Naruto, o herdeiro do fogo

Naquela época os garotos e garotas que assim desejassem eram iniciados na guerra muito jovens, sendo sujeitos a testes de habilidade, e os meninos começavam sua vida sexual em bordéis e tabernas.

Não foi fácil para os remanescentes vivos do país do fogo, Tsunade viu sua cunhada e o rei serem mortos diante da suas esferas douradas, a pobre criança ser jogada em seus braços como objeto para se manter viva, a lâmina afiada lançar longe a cabeça da rainha numa fração de segundos e a mesma atravessar o corpo do rei Namikaze.

Deslocaram-se para o norte, um ponto entre a floresta e o vale do fim, montaram um acampamento, ainda haviam crianças sem pais, pais sem seus filhos, guardas feridos por todos os lados, sendo a Senju, a única no momento a curandeira do local, vinha treinando duas garotas para curarem e ajudar no processo de recuperação dos soldados, Shizune e Rin Nohra, com os crescente desempenho de suas pupilas, com certeza serão um dia grandes curandeiras e de grande ajuda nos dias de luta.

O mestre Jiraya absorveu para se toda responsabilidade, as batalhas, os treinos, e por conseguinte, o futuro líder, Naruto Uzumaki, este que está crescendo e progredindo, ficando exatamente como o seu tutor, além de um grande guerreiro lendário, é um assíduo frequentador de tavernas.

Com os passar do tempo, formaram um pequeno exército para subsistir apenas, treinados por Jiraiya e seus discípulos Kakashi e Obito, que além de grande guerreiros, aprenderam o ofício de ferreiros para produzirem as melhores espadas, machados e escudos de batalha.

O herdeiro do país do fogo, desde muito pequeno ouvia as glórias e os grandes feitos do seu pai, nutria um sonho em ser o mais forte, mais ágil e mais letal, com desejo de o superar. Lutaria para reerguer o país do fogo, para entrar na guarda. Observava os guardas treinando e fazia o mesmo e aos doze anos, Jiraya já testava aqueles que desejavam integrar sua tropa.

— Chegou a hora de ingressar mais cabeças ao nosso exército, pequenos grandes homens, aquele que trouxer ovo da ave de rapina da grande árvore do vale, ganha o direito de treinar e integrar o exército. Vão o que estão esperando?! — deu a largada, com todos a postos para não perder a oportunidade.

— Senhor, eu posso tentar? — uma voz feminina se pronunciou ao lado do grisalho, que direcionou-se para uma moça de excêntricos cabelos rosa e olhos verdes penetrantes.

— O sexo do guerreiro não importa se houver determinação e treino minha criança, então esse ou essa será capaz de conquistar o mundo, não perca tempo, está atrasada, quer ser a última a chegar? — Jiraya acreditava na determinação e força de vontade, e não em doutrinas pregadas por gênero, acreditava que cada ser humano carregava a vontade do fogo dentro de si, seja homem ou mulher, até porque em suas andanças conheceu grandes guerreiras e sabia de suas capacidades de guerrear tão bem quanto um homem, eram lindas e letais.

Sakura lhe ofereceu um olhar agradecido, e deixou escapar um sorriso em puro êxtase, finalmente teria uma chance de provar seu valor, e que poderia somar nas forças de combate do general Jiraiya.

— Você é uma garota e pior, extremamente irritante, vá pra casa aprender costurar e cozinhar para o exército e seu marido. Se é que terá um algum dia. — Um garoto de cabelos e olhos igualmente pretos, comenta cáustico. Era indignante para ele uma mulher tentar competir com homens em habilidades de caça ou a menção em ingressar na guerra. 

— Vá se foder seu idiota! — refuta ácida, enquanto subia na árvore a procura do ovo, ignorando o rosnado nada amistoso do Uchiha, adotado a uma expressão de puro ódio. Vislumbrou Cimérios próximos ao acampamento, apanhou o alvo que lhe era solicitado, e desceu a passadas ligeiras para levá-lo ao mestre Jiraiya. Sendo a primeira a chegar no acampamento.

Sasuke observou a rosada irritante achar ovo, subiu na mesma árvore e encontrou dois, jogou um ao Uzumaki, guardando o outro para si. 

— Vamos seu idiota, quer ser pego e morrer antes de ser treinado pelo comandante? 

— Não vou embora sem ao menos matar um desgraçado deles, sem chance. — o loiro colocou ovo na boca, e apanhou um machado próximo as pedras, sempre treinou sozinho, imitava os movimentos dos grandes guerreiros como Kakashi ou óbito.

O loiro era astuto, Lutou com dois caras com físicos maiores que o seu, depositou todo seu ódio encubado no machado, sem piedade cortou-lhes as cabeças, tendo um pouco de trabalho, mesmo sofrendo refutações físicas, agiu como via os guardas treinando. Voltou ao acampamento com duas cabeças e cuspiu o ovo. 

Assim começou a jornada no exército do fogo, o Uzumaki tinha que provar o seu valor para si mesmo, para seu povo e para seu tio. Provar que era digno de ser o soberano um dia, de liderar exércitos e marcha-los rumo a vitória. E reivindicar suas terras por direito.

Desde que o esconderijo fora descoberto, Jiraiya começou a perceber uma movimentação que não lhe era comum, ponderou que estavam caçando algo ou alguém,  só saberia se capturasse um deles em batalha, não residiam muito tempo no mesmo lugar. Resolveram ir a um ponto mais distante da Akatsuki e seu sanguinário rei Tenji, todavia, afirmou para si, que não dava pra viver fugindo, então aceitou a ideia de Naruto de treiná-los e quando estivessem prontos, partiriam em missão, salvando povoados, e trazendo-os ao seu encontro, com o intuito de formar um exército de resistência até chegar no verdadeiro culpado da morte de seu irmão, sua esposa e o seu povo. 

(...)

Nas terras conquistadas dos Cimérios, Tenji passava novas ordens a sua filha Konan:

— Ache a garota e o último pedaço do osso da máscara, e teremos sua mãe e minha rainha de volta, nosso império se erguerá uma vez mais, eu serei um deus entre os homens. — sua voz fria e arrastada, contendo todas as intenções mais vis que lhe era por direito, era acompanhada pelo acalentar da destoante falta de expressão. 

— Pai, sinto o poder crescer em mim, posso tentar trazer a mamãe de volta sem a máscara… — argumentava konan, até ser interrompida bruscamente.

— Já disse que NÃO! Você é muito parecida com ela, minha pequena, mas não é ela. Mande cada homem, cada guarda ir a todas as vilas, encontre a garota Hyuuga e o osso faltante. Vá agora! — ordenou imperialmente, deixando claro que não gostaria de ser contestado.

— Sim meu pai, assim será feito… — se virou para um dos guardas, e repassou a ordem lhe imposta: — Pain dívida nosso grupo de dois em dois e vamos caçá-los como animais…

(...)

Outros povos por necessidade e subjugados por Tenji, não tiveram outra solução a não ser fugir após entregar os ossos, treinar suas crianças para não serem extintos na sua totalidade. Foi a partir daí que surgiram os focos de resistência, formados por adolescentes como dons sejam de luta ou de feitiçaria, como o grupo de Suna onde um dos integrantes era um dominador de areia, não qualquer areia, uma especial, enfeitiçada, que carregava em uma cabaça em suas costas, tinha seu irmão mais velho que tinha capacidade de dar vidas a bonecos de madeira, um feitiço ancestral dos sunitas e finalmente a garota, Temari, a Guerreira com força de mais trezentos homens e um objeto que mapula o vento.

Dizem que o que restou dos Sunitas estão escondidos em cavernas subterrâneas a fugir da aniquilação total. 

Suas moradias agora se limitavam a grutas, esperando que algum dia possam voltar a ter uma vida digna.

O bárbaro e a bruxa (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora