Memories I never can escape

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N/a: Olá! Essa é uma história que eu amei muito escrever e, apesar de já fazer um bom tempo, eu me dei conta de que não vou escrever fanfics para sempre, então eu gostaria de poder compartilhar isso com vocês. A seguir vão alguns avisos, mas espero que gostem da história <3

Essa fic acabou sendo criada enquanto eu ouvia algumas músicas... Em homenagem a isso, os títulos dos capítulos terão referências às respectivas músicas, também vou sempre deixar o nome da música e cantor nas notas finais.

Deixo aqui também um ALERTA DE GATILHO. A fic pode ser sensível para alguns leitores, abordando temas como depressão, luto, mortes... Leia apenas se sentir bem.

Os capítulos seguem o POV do Bill, porém em alguns momentos fugiremos para outros pontos de vista que serão indicados nos inícios de capítulos. 

A história já está completa em outro site e contém 15 capítulos! A nível de curiosidade, imagino que o tempo da fanfic se passe entre 2008 e 2014 mais ou menos.

Música do capítulo: Amnesia - 5 seconds of summer

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A música tocava relativamente alto no fone, minha cabeça apoiada na janela só dava a tudo um ar mais melancólico, não que eu gostasse disso, não costumava me sentir assim com tanta frequência, mas agora... Bem, o tédio e a melancolia faziam parte da rotina, pelo menos eu já não me sentia triste o tempo todo, só boa parte do tempo.

Bufei pela terceira ou quarta vez quando as vozes vindas do banco da frente conversaram um tom mais alto, meu pai era um babaca e minha madrasta era uma mulher esnobe e escandalosa, ao que parecia era algo comum aos Northwest, não que eu conhecesse minha nova "irmã", mas podia ter uma leve noção.

Me mudar para Gravity Falls era sem dúvidas ou seria a melhor coisa da minha vida ou a segunda pior. Pelo menos eu podia lembrar da minha mãe quando visse os pinheiros, ela adorava eles, fazer quadros da natureza ao redor, tudo com tons mais escuros, passando um ar mais sóbrio, mesmo que isso não tivesse nada a ver com a personalidade alegre dela. Fechei os olhos e mudei de música, me repreendi mentalmente, eu estava firme na tarefa de parar de pensar nela, eu precisava me afastar disso se quisesse ficar um pouco melhor.

Desde a morte da minha mãe, minha vida só estava indo de mal a pior, eu estava indo de mal a pior. Esse negócio de ser depressivo e melancólico era coisa de meu meio irmão, Will, não de Bill Cipher, eu era a pessoa divertida, irônica e incrível na medida certa. Era. Agora minha personalidade era composta de auto depreciação, ódio pela humanidade e pessimismo pelo futuro.

Afinal, o que poderia haver de bom em me mudar para uma cidade do interior? Mais tempo em família era pedir para cometer um suicidio, mais tempo em natureza... Me parecia definitivamente o melhor entre as possibilidades, a escola nova seria péssima, mas pelo menos não teria que ouvir "meus pêsames" a cada cinco passos no corredor e quanto a pessoas novas... Eu estava cansado demais para isso.


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O único ponto positivo enquanto eu caminhava em rumo a nova escola era o tempo, o vento gelado me permitia focar em me abraçar para tentar manter o calor enquanto andava, já o céu nublado conseguia captar meu humor: Cinza, sem previsão de sol. As primeiras aulas foram como eu imaginei, mas a terceira... Aula de biologia, professora Sara. Tive que me segurar para não xingar a mulher quando ela anunciou que todas as aulas seriam feitas em duplas, assim como todas as provas e trabalhos do trimestre.

– Vamos, encontrem suas duplas, quero o nome dos dois em um papel, quem sobrar terá que fazer tudo sozinho – Assim que ela anunciou, a sala ficou uma bagunça.

Amnesia - BilldipOnde histórias criam vida. Descubra agora