Capítulo 16

8.5K 1.1K 192
                                    


Capítulo 16

Dedos firmes me seguraram a garganta cortando o fluxo de ar. Os vampiro na minha frente era o loiro. Nada no rosto dele enganava quanto ao predador que ele era. Seus olhos brilharam em vermelho, as presas se projetavam para fora de sua boca, e as veias de seu rosto ficaram mais pronunciadas em preto se destacando na sua pele.

Era aterrorizante.

— Você realmente pensou que poderia escapar? — o vampiro perguntou, aproximando seu rosto do meu. Minhas mãos batiam em suas mãos, tentando me soltar, a falta de oxigênio em meus pulmões queimavam.

— Garota burra — o outro vampiro falou, o careca — matou nossa bolsa de sangue no processo. A única coisa que nos impedia de beber de você.

Uma risada escapou do vampiro me segurando, enquanto ele me soltava, antes de agarrar meu cabelo com força. Mas a dor não foi o suficiente para me distrair da minha respiração, enquanto eu me esforçava a respirar enquanto tossia violentamente.

Ele começou a me arrastar pelos cabelos enquanto seguíamos de volta em direção a cabana. A única coisa que o pânico me deixou processar foi que eu havia matado Russell. Meus pensamentos nem chegaram perto de processar o que isso significa, enquanto olhava para os vampiros em minha volta, ignorando a dor no meu couro cabeludo.

— Precisamos ir mais rápido, o grito que a vadia deu pode ter atraído alguém — o terceiro vampiro falou surgindo de entre as árvores — a carreguem para casa, que tentarei cobrir nossos rastros.

Mal registrei as palavras, antes do vampiro me segurando, me soltar, para me pegar e me colocar por cima de seu ombro. Uma onda de vertigem me atingiu com a velocidade de seu movimento, que piorou quando ele começou a correr tão rápido que minha mente nem conseguia entender que velocidade era essa.

Quando ele finalmente parou e me jogou no chão. Meu corpo caiu como um saco de batatas. A dor da pancada me tirou um gemido de dor. Afastando meu cabelo do rosto percebi que estávamos de volta à cabana de madeira. Lágrimas de derrota se derramaram pelo meu rosto sem que eu pudesse contê-las.

— Não tem como ficarmos aqui — o vampiro me segurando falou.

— Não, o cheiro de sangue é forte. Não consigo pensar direito com esse cheiro — o outro falou — que desperdício de um bom sangue.

— Pelo menos não teremos mais que aturar aquele humano — o outro falou bufando, enquanto me puxava novamente para ficar de pé. Tenho certeza que meu braço ficaria roxo com a força que ele me segurava.

— Onde vamos colocá-la agora? Não tem como ficar aqui com o sangue manchando tudo.

— Vamos esperar que Liam volte para ele decidir sobre isso — o cara me segurando falou.

— Quanto tempo será até o dragão aparecer? — perguntou o careca.

— Não sei, mas espero que logo se ele quiser receber sua companheira de volta inteira — respondeu loiro, sua sentença não fazendo nada para acalmar os tremores que começaram a percorrer meu corpo.

Por favor, Drake, venha logo.

**

Os minutos foram se passando e nada do outro vampiro voltar. Aos poucos eu pude perceber que algo estava errado, quando os outros dois começaram a ficar inquietos, olhando em volta nas árvores ansiosamente.

O silêncio na floresta ficou cada vez mais inquietante e meu coração se encheu de esperança que alguém ouviu meu grito e veio me resgatar. Mas com o tempo passando e nada acontecendo, a esperança deu lugar a desconforto. Será que alguém realmente me ouviu, mas foi morto pelo outro vampiro?

Marcada II - Marcada Por DrakeOnde histórias criam vida. Descubra agora