Capítulo 79

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Passamos horas e horas falando da infância dos meninos e como a mãe deles era uma pessoa boa. Oque me fez lembrar muito da minha mãe, que apesar de ser espancada todos os dias, nunca deixou de sorrir e fazer os que estavam ao seu redor sorrirem também.

Claro que o brilho que existia em seu sorriso já não era mais o mesmo de antes, mas isso não fazia ela tirar o sorriso do rosto.

...

Depois de umas 2 horas rindo muito e jogando conversa fora, resolvemos entrar ja que ja estava ficando escuro e um pouco frio.

G15 _ vamos pedir um mac pra gente comer rapaziada?_ Gargalhamos

Stella _ que mac oque amor?! Estamos nas ilhas maldivas, vamos pro restaurante com visão pros tubarões!_

G15 _oxe! Ta locona?_ gargalhamos... procurei Aluísio com os olhos e o vi ainda la fora observando a água... sorri fraco e andei até onde ele estava

Eu _oque faz aqui sozinho?_ passei a mão sobre suas costas em forma de carinho

Aluísio _ foi bom virmos para cá minha filha.. _ me olhou sorrindo com os olhos cheios de lágrimas _fazia muito tempo que nao nos divertiamos todos juntos._ sentei ao seu lado enquanto o olhava atenciosa _ nós passamos todo os dias de nossas vidas morando na comunidade..._ assenti o olhando _na época dos anos 80, era tiro todos os dias. Não sabíamos se no outro dia ainda iríamos estar ali. Com um tempo, o pai dos meninos tomou a liderança e pouco a pouco tornou oque era o morro do alemão, que era o responsável por subir as estatísticas de mortes do Rio de Janeiro, em uma comunidade, onde muitas pessoas deixavam de estar na rua, para estar la dentro... as ruas que eram vazias, pouco a pouco foi lotando, as crianças cresciam bem alimentadas porque ele se importava com isso._ olhou a lua que já estava na nossa visão e riu fraco _ era inacreditável que um canalha daquele, que batia todos os dias na mulher que mais lutava por ele, fez do inferno praticamente o céu_ por fim me olhou

Eu _bom... eu nao consigo entender, já que o meu pai só fez o inferno nas nossas vidas mesmo_ ri fraco mas ele nao riu... ele sabia que aquilo me machucava. Mordi o lábio tensa _ também acho isso inacreditável... não consigo intender como isso foi possível..._ suspirei... segundos depois Aluísio também suspirou. Foi um suspiro pesado... _que tal você me ensinar a jogar baralho??_ sorri pra ele que sorriu de volta...

***

Continua?


A Suicida E O Psicopata_ 2º LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora