Já havia se passado,um mês, que eu estava na casa de campo, junto com a Ayla. Eu estava planejando algumas surpresas e uma delas envolveria, os animais. Então, todos os dias tínhamos um rotina, fazíamos um caminhada, e depois íamos, até os animais.
- Ayla - a chamei - Vamos.
Ela assentiu e pegou sua bengala, e fomos caminhando para fora de casa. Hoje resolvi fazer a caminhada, pelo jardim.
- Preparada, para ver os animais?
- Você sempre vai perguntar isso? - resmungou.
- Sim, até você perder o medo. - afirmei
Hoje, ela estava de mal-humor, e ver ela brava era divertido.
- E a sua visão? - perguntei
- Já te falei - falou brava - Eu estou começando, a voltar a enxergar. Mesmo que seja só uns borrões.
- Então, vai dar para fazer, o que estou planejando - Ele me encarou - E vai ser divertido.
Nós caminhamos, até onde os animais estavam. E depois, levei para onde estavam os cavalos. E como sempre Ayla, passava as mãos.
- Ayla, vamos montar? - perguntei, me aproximando.
Ela ficou assustada - Montar? - sua voz estava tremula. - Não acho, que seja um boa ideia.
- Eu vou montar com você - afirmei
Ela ficou em silêncio, parecia pensar - Você vai montar comigo? No mesmo cavalo?
- Sim, Ayla.
Ela ficou em silêncio de novo - Então, eu vou.
Sai de perto da mesma, peguei o seu cavalo, para ela ter mais segurança. - Eu sei como aconteceu o acidente dela, mas os cavalos são a grande paixão dela, então acho que ela deveria voltar a montar. Não iria fazer isso se a visão dela, não tivesse melhor, mas como está vamos montar.- Preparei tudo, e fui chamar a Ayla. Ela caminhava lentamente, como se tivesse tomando coragem.
- Eu sei, que você sabe montar - falei - E eu vou te dar o apoio, certo Ayla.
Ela assentiu. Colocou um pé na sela, e jogou a perna, para o outro lado do cavalo. Deixei uns instantes, para que ela tivesse equilíbrio. E logo, em seguida eu montei.
- Preparada? - perguntei
Ela sorriu - Não, mas vamos.
Cavalguei devagar com a Ayla. Demos algumas voltas pela casa. E aos pouquinhos, vi que a expressão de medo dela, passava.
Ayla assim que desceu do cavalo sentou no chão.
- Você tá bem? - perguntei, se ajoelhando ao seu lado.
Ela sorriu - Eu to bem - respondeu - Eu só não to acreditando que eu andei a cavalo.
- E como foi? - perguntei
- Não sei explicar o que eu senti - falou - mas foi uma sensação incrível.
- Então? - arqueei minhas sobrancelhas
- Eu amei - afirmou - Podemos montar de novo? - perguntou sorridente
- Hoje?
- Não - respondeu - Estou cansada e com a bunda doendo - resmungou - Mas, amanhã sim.
- Só você.
Ela levantou e veio atrás de mim - Você vai mesmo viajar?
Eu a encarei - Vou.
- E você vai voltar quando? - perguntou
- Não sei, mas acho que vai ser logo.
- Falta um mês - falou.
- Um mês - repeti
- O que vamos fazer? - perguntou.
Passei minha mão em torno de sua cintura e fui andando com ela, para dentro da casa - Eu planejei fazer a janta, agora - falei - E ir viajar, para a sua casa.
- Ir para minha casa?
- É - falei
- Isso, nós vamos fazer isso. - Ela riu.
- Ótimo, mas agora vou fazer a janta - falei
- E eu vou te ajudar. - falou.
Acabou que Ayla, tomava a frente em tudo, e fazia ela mesmo. A coisas mais arriscadas, eu não deixava, mas o resto ela fazia.
- Quero refrigerante - falou
- Tem na geladeira - falei
Nossa noite se resumiu em jantar, e jogar conversa fora.
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Louco por você
Romance#970 - superação "Sofrimento é o destino inevitável, porque é fruto do processo que nos torna humanos. O grande desafio é saber identificar o sofrimento que vale a pena ser sofrido. - Se hoje a vida lhe apresenta motivos para sofrer, ouse olhá-los d...