O dono daquele mar azul que se assemelha a intensa mansidão, guarda um caos jamais vivenciado capaz de gerar uma guerra entre origens. Todavia, além de todo o preconceito que existe no seu corpo, o que verdadeiramente assusta Jeon é o dom que ele te...
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Os seus olhos se assimilam a um mar, este mar parecer ser calmo, todavia, me afoguei na primeira oportunidade que tive.
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Algo quente reflete no meu rosto, fazendo-me mexer de maneira relaxada sobre os lençóis macios. Os meus braços, que estão jogados de qualquer jeito na cama espaçosa, se encolhem e as minhas pernas se fecham de forma lenta, os meus olhos lutam um pouco e tenho certa dificuldade em abrir as pálpebras por causa da luz que adentra no quarto naquela manhã ensolarada.
Meus lábios abrem, me permitindo bocejar, e então saio da cama, estico a mão para poder pegar o meu celular que havia terminado de carregar e vejo as horas. Quase caio da cama ao ver que estou sete minutos atrasado para a faculdade.
– Puta que pariu! – O xingamento sai alto e com um belo choque de realidade, e isso me faz saltar da cama de forma apressada e desesperada, quase correndo para dentro do banheiro.
A ducha gelada que escorre pelo meu corpo fez-me arrepiar por inteiro, entretanto, não pude nem me cuidar direito pois estou atrasado, bastante atrasado. Termino de tomar o meu banho, percebi que tinha esquecido a toalha dentro do quarto fazendo eu me xingar mentalmente. Sem tempo, corro para fora do banheiro, ganhando um belo tombo no chão molhado, o que me fez arfar dolorosamente.
– Jungkook, você está bem? – A voz preocupada de minha madre preenche meus ouvidos de maneira alta, talvez ela esteja gritando da cozinha.
– Sí, Madre! – Meu sotaque espanhol sai alto o bastante para que ela ouça. Ao menos, é o que eu acho.
Após o banho rápido e gelado, sinto que meus músculos doem um pouco, mas ignoro ao pegar uma toalha e ir até o guarda-roupa. Rapidamente olho o que tem dentro e escolho, sem pensar muito, uma blusa branca com a estampa escrito "Chase Atlantic". Por cima da camisa, visto uma jaqueta de cor preta e uma calça cargo junto com um coturno escuro e de couro.
Apesar de estar apressado, não tardo em colocar minhas joias. Eu sempre gostei delas e, por isso, nas minhas orelhas há inúmeras argolas pratas, além dos piercings. Tenho um na sobrancelha que sempre reluz no sol, o que eu acho extremamente atraente.
Após me aprontar totalmente, corro e pego a bolsa que ainda está jogada no chão. Sequer olho o que há dentro dela e sei que isso é um erro porque corro o risco de não levar material necessário. Porém, não me importo o suficiente com isso e mesmo assim desço depressa as escadas e vou até a cozinha, encontrando meu irmão mais velho e seu namorado conversando animadamente com minha madre até que eles notam eu entrando de supetão.
