O dono daquele mar azul que se assemelha a intensa mansidão, guarda um caos jamais vivenciado capaz de gerar uma guerra entre origens. Todavia, além de todo o preconceito que existe no seu corpo, o que verdadeiramente assusta Jeon é o dom que ele te...
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Suas palavras queimam mais que o fogo do inferno, elas são mais afiadas do que qualquer arma branca, entretanto, nada me quebrou mais do que ouvir da tua boca o quão inútil eu sou.
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A água morna caía sobre os meus ombros, agora, relaxados e escorrega pelo meu corpo desnudo embaixo do chuveiro. Depois de passar um bom estresse com Ethan na escolha da cama, decidi tomar um banho longo para relaxar os meus músculos tensionados e doloridos pela longa viagem.
Um suspiro fraco saiu de meus lábios finos e abro os meus olhos devagar após retirar o rosto de debaixo da água, podendo assim recuperar a respiração que havia perdido.
— Caiu dentro do vaso? — Batidas na porta foram escutadas por mim e a voz denunciava ser Ethan, claro tinha que ser ele.
Decidido em ignorar a sua existência, termino de tomar o meu banho em paz e vislumbro a toalha branca do apartamento estendida sobre a superfície do box, a minha destra foi guiada por mim até o pedaço de pano e puxo este podendo ver a toalha escorregar e cair alguns metros antes de encostar no chão.
Ao pegar a toalha direito, enxugo-me com calma e amarro o pano em minha cintura, meus pés úmidos encostam na cerâmica do banheiro e marcho até a porta do cômodo destrancando ela e abrindo podendo observar um alfa jogado sobre a sua cama em posição fetal.
— Se você estivesse morto eu estaria feliz, quase me deu falsas esperanças — Joguei a indireta vendo Ethan se sentar na cama com uma cara de horror — Você poderia virar ator.
— Obrigado, você com certeza seria meu fã número um — Ele debocha e isto me fez rir baixo.
Caminho em direção a minha mala que está deitada em cima da cama que tinha conseguido depois de uma breve luta com o dono dos fios negros, o objeto foi aberto depois de puxar o zíper dando a volta na mala. A tampa dela foi empurrada para trás, conseguindo ver os meus pertences.
— Aliás, pensando aqui comigo. Eu não vi você com seus familiares quando estávamos nos despedindo — Comentei com o dono dos fios negros.
— Estava me observando? — Ele não respondeu, mas jogou uma indireta para cima de mim, fui obrigado a bufar levemente irritado.
— Você deve se achar o pica grossa mesmo, se enxerga — A ignorância foi nítida.
— Você que está dizendo isso, docinho.
— Nossa, como eu odeio esse apelido, garoto insuportável — Resmungo ao ouvir o maldito apelido pela vigésima vez apenas naquele mês.
Dali em diante o silêncio cresceu no lugar e apenas foi quebrado com o bater de porta. Olho para trás percebendo não ter mais a presença alheia e isso me fez tirar a toalha e me vestir com pressa, a roupa escolhida por mim foi; uma cueca preta; calça cargo preta possuinte de dois bolsos, um em cada lateral de fora das minhas pernas; uma camisa grande preta tendo um pequena frase na altura do peitoral esquerdo.
