"Desde que era apenas um garoto, fui criado para ser quem eu sou hoje. Você não pode me consertar, porque não existe conserto para aquilo que já está quebrado há anos." - Jeff
início: 19.03.2022
Observações:
• Essa história é classificada para maio...
Espero que estejam preparadas(os), pois teremos dois capítulos essa semana. Esse, por exemplo, está tenso.
Já peço perdão por todos os meus erros ortográficos, novamente não tive tempo de corrigir.
Boa leitura!
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23 de novembro de 2018
18h43 p.m.
faith.
— Não ouse abrir a sua maldita boca. Não quero ouvir a sua voz tão cedo.
Fora a única coisa que Jeffrey esbravejou assim que saímos do quarto. O meu pânico era ao ponto de querer vomitar.
Assim que saímos de dentro do hospital, Jeff envolveu seus dedos ao redor do meu braço com força e me guiou até seu carro, me enfiando dentro dele. Ele bateu a porta com tudo e logo adentrou no lado do motorista. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, sentia que era o meu fim.
— Vadia! — ele esbravejou possesso pela raiva. — Maldita vadia desgraçada! E ainda por cima, é burra.
Não consegui segurar as lágrimas, deixei que elas contornassem meu rosto sem nenhum pudor. Elas escorriam e escorriam, enquanto eu soluçava baixinho. Foi então que uma de suas mãos envolveu o meu pescoço enquanto ele mexia no bolso do seu casaco com a outra, retirou um papel, sacudiu e quase esfregou no meu rosto.
— Acha que sou otário?
Ele pressionou ainda mais os seus dedos em meu pescoço. Era o mapa do hospital em sua mão. O ar já estava prestes a me faltar, levo minhas mãos até a sua, tentando me desfazer do seu aperto, porém não consigo retirá-la, sua força consegue ser ainda maior quando está com raiva.
Seu olhar era frio e seus olhos pareciam ter escurecido vários tons. Ele estava tão possesso pelo ódio, que eu conseguia sentir que hoje ele acabaria comigo do pior jeito possível.
Então ele me larga com tudo e eu levo minhas mãos imediatamente ao meu pescoço, tossindo e buscando por todo o oxigênio que precisava repor em meus pulmões. Ele amassa e joga o papel em meu colo.
— Eu devia seguir mais as minhas intuições. Todo aquele... — pausa, apertando seus olhos com força. — aquele lance de trégua... tudo faz sentido agora. Fazia parte do seu plano, não é?
Permaneço quieta.
— Eu sabia!
Ele soca o volante várias vezes, me encolho no banco, tenho certeza que ele queria mesmo era estar socando a minha cara.
