Capítulo 14 - i don't care

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Jeffrey

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Jeffrey.

Se eu lhe dissesse que não esperava uma atitude grotesca vinda de Faith, estaria mentindo. Convenhamos, eu costumo ser um cara extremamente desconfiado com tudo, é de minha natureza. E, a vadia, para minha sorte, costuma ser extremamente previsível, e isso é a porra de um lance inacreditável.

Eu já havia estranhado e achado um absurdo o seu pedido de trégua e todo aquele papo de "eu já me conformei com meu destino" para cá e "eu prometo te obedecer" para lá, ninguém em sã consciência diria algo tão estúpido dessa forma para seu malfeitor, a não ser que essa pessoa tivesse um interesse mútuo. Então, no fundo, eu previa que Faith estaria tramando alguma coisa, não sou trouxa, sabia que por alguma razão tentava ganhar a minha confiança, a qual eu jamais dei para alguém em toda a minha vida, não seria agora que iria dá-la de mãos beijadas a uma garotinha qualquer. Porém, suas intenções por baixo dos panos estavam me deixando bastante intrigado, eu queria saber até onde iria com tudo aquilo.

E não demorou muito até eu descobrir.

Com a sorte sempre ao meu redor, encontrei o mapa na manhã recorrente a sua alta, enquanto uma das camareiras do hospital espanava as roupas de sua cama. Eu acompanhei exatamente o momento em que ela sacudiu o travesseiro, deixando o papel voar. Foi engraçado, pois o papel pousou justamente próximo aos meus pés.

O analisei assim que catei-o do chão, uni as sobrancelhas e balancei a minha cabeça, soltando uma risada sem humor. Faith estava no banheiro nesse momento, então nem se deu conta do que estava acontecendo, da sua falta de sorte. Escondi o papel em meu bolso. A mulher estava com tanta pressa de terminar o seu trabalho que não foi capaz de notar o papel que havia deixado cair. Por um momento, não sei por qual motivo, cheguei a cogitar que pudesse ser da camareira, e que caiu de sua mão no instante em que segurou o travesseiro e o sacudiu, mas descartei essa possibilidade assim que me questionei do porquê diabos ela teria um mapa, sendo que ela trabalhava aqui, não possuía traços de uma funcionária nova, pelo contrário, tinha jeito de quem devia conhecer o hospital de ponta a cabeça.

Então tudo começou a se encaixar em minha mente. A única explicação seria Faith, ela teria dado um jeito e teria conseguido ele. Os mapas ficavam nos corredores do enorme hospital para aqueles que se perdiam no labirinto, não era difícil de consegui-los, e o motivo de como ela havia encontrado-o, se resumia ao tempo que eu teria deixado ela sozinha. O quebra-cabeça começou a encaixar peça por peça perfeitamente, como se fosse um filme em minha cabeça.

Ela estava planejando fugir a qualquer momento e suas persuasões, não tinha se passado de uma mera encenação para o meu lado. Foi nessa hora que eu ri. Eu estava nervoso? Sim, óbvio. Eu queria muito esganá-la. Mas não tive outra reação, senão rir. Havia sido a coisa mais ridícula e "inocente", digamos assim, de sua parte pensar que eu não seria capaz de desvendar seu plano de fuga idiota.

Nas mãos de um serial killer Onde histórias criam vida. Descubra agora