08 de novembro de 2018.
13h36pmFaith.
Nenhum barulho, nenhum ruído. Nada, absolutamente, nenhum som se fez presente nos últimos quinze minutos que se passaram desde que acordei. Me recuso a mover um músculo sequer, meu corpo estava todo dolorido como se eu tivesse sido esmurrada por completo. Além de que estou suando feito condenada, sinto meu corpo febril, e isso é horrível.
Eu já tinha me dado conta de onde me encontrava, mas ainda não estava acreditando, quando abri meus olhos foi um susto, seguido de surpresa, já que se tratava de um dos cômodos proibidos. Custei um pouco para me lembrar de como havia vindo parar aqui, mas tudo começou a fazer sentido na minha cabeça depois de um certo tempo. Achei irônico, já que eu não precisaria estar aqui, eu tenho um quarto.
Porém, não vou reclamar, confesso que a cama dele é bem melhor e mais macia do que a minha, se é que aquele colchão pode ser considerado macio, está mais para um concreto do que outra coisa, não sei nem porquê comparei, não chega aos pés de onde estou deitada agora.
Sinto meu peito carregado e um onda de tosse repentina e incontrolável me atinge de surpresa, e é nesse momento que ouço passos pesados subindo as escadas. Eu forço o meu corpo a se curvar um pouco para fora da cama. A tosse chega a limitar a minha respiração, é como se meu peito pesasse toneladas ao tentar puxar o ar. Eu continuo tossindo sem pausas, apavorada, minha garganta chega a doer ao ponto de me fazer sentir o gosto de sangue em minha boca.
A porta range um pouco ao ser aberta, ergo a minha cabeça desesperada por ar, levando a minha atenção a... Espera! Um doutor? Que?!
No fundo, uma esperança se acende.
— Mantenha-se deitada, garota! — Ele diz ao se aproximar, examinando-me.
A única coisa que reparo nele é a máscara que cobre a sua boca. Havia um desenho com dentes pontudos nela. Se eu não tivesse tão mal, riria.
Droga! Eu só quero conseguir respirar normalmente.
— Que horas são? — questiono.
— Tem algum compromisso marcado? — ele questiona cheio de escárnio. — Já passa do meio-dia.
Ele liga uma espécie de lanterna pequena e mira em meus olhos, quase me deixando cega; franzo a testa com o desconforto.
— O que sente? — ele questiona depois de um tempo me analisando.
— Dor. — respondo simples e rouca.
— Tá, isso eu já sei, não estou aqui atoa. — Já vi que é outro cavalo, igual Jeff. — Você sente dor aonde? Seja mais específica se quiser que eu te ajude.
Controlo-me para não revirar meus olhos.
— Em todo o meu corpo, mas especialmente em meu tórax e garganta.
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Nas mãos de um serial killer
Horror"Desde que era apenas um garoto, fui criado para ser quem eu sou hoje. Você não pode me consertar, porque não existe conserto para aquilo que já está quebrado há anos." - Jeff início: 19.03.2022 Observações: • Essa história é classificada para maio...