Capítulo 102

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         +60 comentários e eu solto o próximo capítulo que já está pronto.😽

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Barão 🍁

Acordar e saber que eu tô vivo me dá uma felicidade do caralho, a única coisa que me veio na mente foi a minha mulher e a minha filha.

Saber que não deixei ela viúva, e vou ver a minha filha pela primeira vez me traz uma sensação boa.

Tô doido pra conhecer a minha princesa, quando acordei me deu vontade de levantar e ir logo ver ela.

Mas o doutor cortou logo meu barato, não só ele, Dg, Gb e o neguinho também.

Por fim veio a minha dona pra completar o ciclo, ouvir poucas e boas dela. Mas nem liguei muito, só queria aproveitar o momento com ela.

Tava com mó saudade dela, fiquei maluquinho quando a gente começou a se beijar, tô a um tempão sem sexo pô, aí vou da um beijinho e já fico logo excitado.

A outra me chamou de tarado mas tenho certeza que ela ficou com vontade também, conheço a mulher que eu tenho.

O doutor apareceu logo quando ela saiu, falou as mesmas baboseiras de que não posso fazer esforço, tem que tomar remédio na hora certa e blá, blá, blá.

Na moral, já tava ficando sem paciência pra essa porra toda.

É por isso que vou sair daqui amanhã, eu mermo tô me dando alta, só não saio hoje porque prometi pra ela que ia esperar um pouco mais.

Mas amanhã mermo eu vou brotar lá na nossa goma, ela só vai saber quando eu tiver lá. Não vou nem comentar hoje porque eu sei que ela ia fazer me prenderem aqui.

Já tô é bom, só sentindo umas dores, mas é só tomar remédio que passa.

Não posso ficar parado não, tenho meus corre pra fazer, tenho que tá pronto pra outra.

........

Entrei no meu barraco junto com o Neguinho que ia empurrando a cadeira de rodas que eu tô.

Achei vergonhoso essa porra, mas fazer o que se eu não garanto em pé por muito tempo.

Mia tava no andar de cima, como ia ficar difícil pra eu subir, resolvi ficar em um dos quartos aqui de baixo mesmo.

Sentei em cima da cama, ajeitei os travesseiros na costa que deixasse confortável, tava sentindo uma dorzinha, mas nem me importei.

Neguinho tinha saído pra chamar a Mia, enquanto isso eu fiquei esperando, mas nem demorou muito ela apareceu com a nossa menina nos braços.

Mia: Ainda não entendi o qu... — parou de falar assim que me viu, primeiro ela me olhou surpresa, depois mudou a feição pra raiva. — O que nós combinamos?

Barão: Que eu ficaria mais um tempo no posto, e eu fiquei mais umas horas no posto. Então eu cumpri com a nossa promessa, amor. — dei um sorriso cínico.

Mia: Cínico, isso que você é! Agora que já está aqui não tem muito o que fazer.

Barão: Vamo para de briga, ok? vamo curtir nosso momento em família.

Ela assentiu, e com cuidado me entregou a nossa filha, na moral, tava me sentindo a pessoa mais feliz desse mundo.

Não sei explicar a sensação de ver e pegar ela pela primeira vez, só sei que tô feliz pra caralho.

Barão: Fala tu, fizemos um bom trabalho né? já tô até pensando nos próximos filhos.

Mia: Sim, fizemos, mas pode ir tirando seu cavalinho da chuva, não vamos ter outros filhos.

Barão: Credo, amor. Tadinha dela, vai crescer sem um irmãozinho, sem alguém pra brincar... Você não tem dó dela?

Mia: Não, é por isso que ela tem primos.

Barão: Coitada, amor. Ela só queria uma irmãozinho, é pedir de mais?

Mia: É sim, vida. A nossa filha ainda não completou nem um mês de vida e você já tá pensando em mais filhos? meu Deus!

Barão: Quero uma família grande pô, só uns dez filhos já tá bom, nem precisa ser muito.

Ela deu uma gargalhada alta, e ainda fez a Laíssa soltar um sorrisinho, o que me deixou todo bobo.

Tava só gastando ela mesmo, gosto de irritar ela.

Mia: Só? você acha isso pouco? desse jeito meu útero não aguenta.

Barão: Só aguenta outra coisa né? — dei um sorriso safado pra ela, que escondeu o rosto no travesseiro. — Tá com vergonha de que sua safada? não vem pagar de tímida não.

Mia: Você é um safado, ainda me deixa assim!

Barão: Tá bom, amor, chega! Para de falar essas coisas perto dela, ela não pode ouvir.

Mia: Mas foi você quem começou, não eu. — deu de ombros.

Barão: Tá vendo né filha? não seja igual sua mãe, essa daí é uma pilantra safada.

Segurei na mãozinha dela que só me olhava.

Mia: Pois espero que ela seja igual a mim, quero ver ela te deixando doido.

Barão: Tá maluca, deixa só completar um ano, vou logo começar a procurar um convento pra ela. Vai começar a vida religiosa cedo se Deus quiser.

Mia: Nem deve existir convento para criança de um ano.

Barão: Eu crio um então, não tem problema. Se liga, não vem querer desviar ela dos propósitos de Deus.

A cada coisa que eu falava ela soltava uma gargalhada gostosa de ouvir, sou apaixonado até na risada dela, papo reto.

Fiquei um tempo com a Laíssa no colo, mas meu braço logo cansou e a Mia pegou ela.

Como já tava ficando tarde a Mia resolveu ir da banho nela, eu fiquei no quarto esperando, mas logo ela voltou dizendo que ia arrumar ela na minha frente pra mim aprender logo.

Reparei nela que parecia um pintinho molhado, mas algo me chamou atenção.

O cabelo, na verdade nem tava vendo cabelo.

Barão: Como assim nossa filha é calva? ela esqueceu o cabelo dentro da tua barriga?

Juro que tentei, mas foi só olhar pra cara da Mia que nós dois começamos a rir ao mesmo tempo.

Mia: Para de rir, ela tem cabelo, mas é bem pouquinho, por isso não aparece.

Cheguei mais perto e realmente, mas só da pra ver se chegar bem pertinho.

Barão: Coitada amor, ainda bem que tem essas toucas pra esconder. Ela vai ficar assim pra sempre?

Mia: Que pergunta besta, claro que não, daqui alguns meses vai começar aparecer.

Barão: Desculpa filha, papai não queria ter zoado com você, não leva pro coração não. — segurei na mãozinha dela e beijei.

A Mia tinha colocado ela no bebê conforto, deixou ela comigo e foi tomar banho, eu fiquei balançando até ela dormir.

Dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora