Dono do morro

Capítulo 59

                           Mia🧚🏻‍♀️

3 dias depois...

Hoje eu vou buscar a Diana pra passar a tarde comigo, foi difícil de convencer o Dg mas conseguimos. Se ele não deixasse eu entederia, nem iria reclamar.

fui descendo aquele morro com o sol queimando minha pele.

cheguei na barreira e peguei o celular pra chamar o uber, sentir alguém dá um beijo no meu ombro, virei pronta pra dá um tapa na cara e vi que era o Gabriel.

Gb: tu ia meter a mão na minha cara Mia? – cruzou os braços.

Mia: talvez – sorrir sem mostrar os dentes.

Gb: tu é agressiva pô.

Mia: um pouco, mas será se...

Gb: nem pensar – negou com a cabeça.

Mia: você nem sabe o que eu ia pedir – bufei – amigo egoísta.

Gb: vou cobrar pô, fala o que tu quer.

Mia: me leva no morro do Vidigal?

Gb: vai fazer o quê lá? não vai se meter em b.o outra vez não?

Mia: não, é coisa rápida. Mas a gente tem que ir de carro.

Gb: Já volto – saiu e uns minutos depois apareceu com um carro preto.

entrei e seguimos rumo ao Vidigal.

....

Estava sentada no sofá esperando a Diana que tinha ido tomar banho porquê tinha acabado de chegar da escola.

tava tocando música na caixa de som da Aline, de repente ouvir uma que conhecia.

Do meu jeito louco diferente pra falar de amor, eu tô aqui
Serenata, violão na mão
Peito aberto eu vou, tente me ouvir – cantarolei baixinho olhando pra minha unha.

sentir uma respiração no meu pescoço e ouvir ele continuar a música.

O céu, a lua e as estrelas testemunham ao meu favor, como sofri
Pode parecer bobagem
Ser otário ou coisa assim
Tô nem aí – cantou perto do meu ouvido me fazendo arrepiar.

Mia: ai meu Deus! cantou pagode no meu ouvido é igual a tudo pra mim, casa comigo?– só ouvir a risada dele, ele saiu de trás do sofá e veio parar na minha frente.

não pude deixar de notar sua barriga definida, ele está só de bermuda com uma xícara na mão e a camisa no ombro.

resumindo um gostoso, é nessas horas que eu esqueço como se respira perto de um homem desses.

Dg: caso pô, é só marcar – deixou a xícara na mesa de centro, pegou no meu pulso e me puxou pra ficar de pé.

Mia: quando eu marcar eu te aviso. – passei minhas mãos pela sua cintura.

Dg: se tu me abandonar no altar eu vou te deixar careca – segurou meu rosto com as duas mãos sem apertar.

Mia: além de bandido é cabeleireiro, gostei – dei um selinho nele.

Dg: engraçadinha você – desceu as mãos para minha minha bunda e apertou.

Mia: será se a Diana vai sentir a nossa falta? tipo se a gente sumir por 2h.

Dg: acho que não, 2h nem é mu...

Diana: tô pronta tia – me afastei dele e ela apareceu com uma mochila na costa.

Mia: então vamos – segurei na mãozinha dela.

Dg: tu cuida da minha filha pô, não quero nenhum moleque perto dela.

Mia: claro, você quem manda – pisquei pra ele.

Dg: ei, eu te falei que ia descobrir e eu descobrir – olhei pra ele confusa – sobre a parada da tua irmã lá, foi a Bruna que ajudou ela pô.

Mia: Bruna ex do Kauã? – ele assentiu. – só ela ajudou?

Dg: só, mas e ai já sabe o que vai fazer?

Mia: não tenho idéia, agora vou indo.

Diana: tchau papai – acenou com a mão livre.

Diego abaixou pra ficar da altura dela e deu um beijo na sua testa.

nos despedimos deles e entramos no carro, fui atrás com ela e coloquei o cinto, seguimos rumo ao Alemão.

....

Passamos a tarde juntas, assistimos Barbie, brincamos de boneca, deixei ela me maquiar.

ô garotinha que não para, nunca pensei que brincar com criança fosse tão cansativo. É nessas horas que agradeço por não ter filho, Deus me livre ter filho!!!

Já era de tardezinha, estávamos indo pra praça encontrar com as garotas.

Mia: lembra do que eu te falei Diana, nada de falar o nome do seu papai, tá bom? – eu disse pela milésima vez.

Diana: já entendi tia

tava tão distraída conversando com a Diana que acabei esbarrando em alguém.

Rael: opa tia, foi mal aí.

Mia: Rael né? – ele assentiu. – nunca mais tinha te visto.

Rael: muito trabalho.

Mia: tá precisando de algo? se tiver eu posso te ajudar.

Rael: tô precisando de nada não tia, mas obrigado aí. Tua filha? – apontou pra Diana que nem prestava atenção na gente.

Mia: não, é filha de uma amiga minha.

antes de ele responder ele foi chamado pelo radinho, se despediu e nós continuamos andando.

uns minutos depois chegamos onde as garotas já me aguardavam, sentei do lado da Vick e coloquei a Diana no meu colo.

Debinha: porra Barbie quase que tu não chega.

Mia: compra um carro pra mim que eu chego mais rápido.

Debinha: não cuida de trabalhar não.

Lulu: não sabia que tu tinha filha Mia, tô passada.

Lorena: dá onde tu roubou essa criança?

Mia: é minha enteada, se acalmem.

Vick: filha de quem?

Debinha: do Barão não é, bora falo logo que eu não sou advinha não.

Mia: tava zoando, é filha de uma amiga minha.

Debinha: conta outra Barbie, é tua filha com outro né? pode falar, ninguém aqui vai falar pro Barão.

Mia: tô falando sério, nem conheço o pai dela, só conheço a mãe.

eu não queria mentir, porém foi o jeito, não quero que ninguém saiba que ela é filha do Diego, até ele pediu pra não contar pra ninguém.

Mia: tá com fome? – perguntei olhando pra Diana que olhava as crianças brincando.

ela apenas assentiu, comprei misto e suco pra nós duas. Deixei ela brincando com Kauê mas sempre tava de olho, conversei mais um pouco com as garotas e antes de anoitecer levei ela pra casa dela.

Diana foi o caminho todo dormindo, deixei ela na casa dela e voltei pro morro, tava morta de cansada só queria um banho e minha cama pra dormir.