Capítulo 12

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Pov Off

– Eu quero viajar. - Gun disse de repente, quebrando o silêncio confortável que se instalou.

– Pra onde você quer ir? - Perguntei enquanto acariciava suas costas. Os dedos subindo e descendo suavemente.

– Não sei ainda. Sair do país, talvez? - Vi quando ele franziu os lábios, pensativo. Ele ficava fofo quando fazia essa expressão.

– Quer ir pra onde faça frio ou calor?

– Como você gosta? - Ele questionou e se virou de frente pra mim, analisando meu rosto.

– Hmmm. Acho que gosto do frio, mas tudo depende da companhia. - Com a ponta dos dedos, retirei parte do cabelo que cobria seus olhos.

– Você iria comigo? - Ele sorriu de forma doce e aproximou mais o corpo do meu.

– Eu não estaria em lugar nenhum sem você, amor.

– Então vamos começar pela Europa, o que você acha? - Ele parecia animado.

– Começar? Quer ir pra tantos lugares assim? - Ele assentiu animado.

Seus olhos brilhavam enquanto listava todos os países que podíamos percorrer juntos. Uma sensação de leveza tomou conta de mim, era bom ver que ele fazia planos comigo, tendo a certeza de que isso não seria passageiro. Pensar que estaríamos juntos tempo suficiente pra fazer tudo aquilo, aquecia meu coração de uma forma que eu nunca imaginei.

Por muito tempo eu estive sozinho, escolhi ser assim e ver aquele homem, que corria um risco real, conseguir imaginar um futuro ao meu lado, me dava força e segurança de que eu conseguiria solucionar aquele caso. Eu daria minha vida pela dele, faria o impossível para que ficasse seguro e realizasse seus sonhos. Claro que eu quero estar ao seu lado, mas se isso não for uma opção, eu apenas desejo que sua felicidade seja a única prioridade.

– Off, você tá me ouvindo? - Ele pergunta me despertando dos meus devaneios.

– Não, desculpe. - Aperto ele em mim e inspiro seu cheiro.

– No que estava pensando? - Questiona.

– Em como eu quero te fazer feliz. - Respondo, seu sorriso se alarga.

– Você já me faz feliz. Muito! - Ele diz e sela nossos lábios, dando início a um beijo lento, suave, onde ele tentava mostrar e transbordar como se sentia.

O Gun não queria levantar da cama - na verdade, ele não queria se vestir pra sair do quarto - e me fez vir preparar alguma coisa pra ele comer. Sinceramente, eu ainda não consegui absorver o que tinha acontecido. Ele me teve rendido, sem amarras, totalmente entregue às suas vontades, e não deixou a desejar. Gun me dominou por completo, me mostrou o melhor e mais puro desejo. Eu não tinha como imaginar que ele faria algo assim, já que dês que chegamos aqui, ele mal olhava pra mim. Tê-lo daquela forma foi, simplesmente, revigorante.

Entrei na cozinha e encontrei o Win limpando as coisas do café, ele me olhou de canto e deu um sorrisinho travesso, levantei as sobrancelhas em uma pergunta silenciosa, mas ele apenas deu de ombros.

– Bom dia! - Nanon entra na cozinha e nos cumprimenta. - Tá tudo bem, Off? Escutei uma discussão ontem. - Ele pergunta enquanto abre a porta da geladeira. Eu e o Win nos encaramos sem entender de onde veio aquela liberdade.

– Eu só estava bêbado, tá tudo certo. - Respondo com indiferença enquanto preparo um sanduíche.

– Achei que você e o Gun estavam brigando. - Ele comenta como quem não quer nada.

Dying for loveOnde histórias criam vida. Descubra agora