Capítulo 13

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Joe

Alguns dias se passaram desde a noite na casa se Sam e apesar de ter sido uma festa do caralho a única coisa que não sai da minha cabeça é a conversa que tive com Sophia, tudo que eu mais queria agora era que ela estivesse errada mas isso não convence nem a mim mesmo, sei que ela tem razão em cada palavra que disse e agora me sinto um completo idiota por ter vindo para cá ao invés de tentar lutar por Paige ou de pelo menos ter ouvido o que ela tinha para me dizer. De qualquer maneira, todos esses dias pensando nisso me fez decidir que vou tentar conversar com ela e não pretendo esperar voltar para Los Angeles para isso, vou tomar essa atitude ainda daqui, por ligação. Agora cada segundo que se passa é valioso, como se uma bomba relógio tivesse sido ativada e eu tivesse que correr contra o tempo para salvar a gente.

Eu iria ligar para ela agora mas acho melhor deixar para quando chegar em casa, o motivo é que no momento estou num dos galpões de meu pai junto com outros integrantes, em alguns minutos iremos invadir um cassino de um cliente que teve a infelicidade de arrumar uma dívida grande com a gente, tomaremos um de seus cassinos que paga uma parcela da dívida e se tudo correr bem, hoje tiro esse peso que arrasto desde que mandei Paige descer do meu carro sem dar a ela a oportunidade de dizer algo.

No cassino entro normalmente junto com um de nossos homens e vamos para um camarote no andar de cima, daqui temos uma visão mais privilegiada do local e claro, temos acesso livre a quem queremos, a filha de nosso querido cliente, precisávamos de uma garantia e ela é perfeita para isso, sabíamos que assim que o restante do grupo invadisse o local os capangas de Andrew reagiriam e não pensaria duas vezes antes de abrir fogo contra nós. Acontece que você pode ser a pior pessoa do mundo, mas se ver uma arma apontada para a cabeça de sua filha fará tudo que lhe for ordenado, inclusive se render e deixar que tomem algo que é seu, sem nem tentar resistir. Paige me odiaria se me visse assim, mas talvez ela já me odeie sem sequer saber disso então não faz tanta diferença.

Nos sentamos no mesmo sofá que Alice, nesse caso a filha de Andrew, ela é a nossa isca, não demora muito e recebo um sinal de que os outros caras estão prontos para entrar, esperando apenas meu sinal e prontamente ordeno que entrem, eles entrarão pelos fundos e ao ouvir alguns disparos noto que já estão dentro. Vejo pessoas correrem e logo uma gritaria toma conta do perímetro inteiro do cassino, os capangas de Andrew correm em direção aos disparos e um deles é atingido caindo no meio do caminho, os outros três que estavam com ele continuam correndo sem terem tempo para parar e averiguar como o homem está. Olho para o lado e Alice está prestes a se levantar com uma amiga quando seguro seu braço, ela me olha assustada sem dizer uma palavra.

- Espera, sei de uma sala segura. Se descer para lá é pior. - Ela apenas assente pois sabe que não tem outra opção melhor agora, apesar de não me conhecer o medo fala mais alto fazendo com que a mesma venha comigo.
A levo para uma sala que fica próxima às escadas e Michael que está comigo nos acompanha, sua amiga vem junto e ao entrarmos na sala falo para que ela ligue para seu pai, ela obedece meu comando informando onde estamos e pede para que ele venha até nós, como eu mandei que fizesse. Só depois que encerra a ligação é que ela parece notar o que estava acontecendo então me enche de perguntas.

- Como conhece meu pai?
- Meu pai e ele são amigos.
- E como sabia dessa sala?
- Costumava vir aqui quando morava na cidade e por conhecer seu pai já estive aqui algumas vezes.
Antes que ela me responda ouço batidas na porta, vejo que é Andrew quando Michael abre a porta, ele entra e se assusta ao me ver ao lado de Alice.

- Andrew, quanto tempo... Senta aí.
- Não, eu estou bem aqui. O que você quer?
- Nada. - Dou de ombros. - Apenas me protegendo, você não viu o tiroteio lá embaixo? E claro, protegendo sua querida Alice.
- Seu filho da puta! Acha que não sei que isso é coisa do seu pai?
- Como assim? Vocês não são amigos? - Alice está entre a gente, nos olhando de maneira confusa.
- Não sei o que esse daí te falou mas com certeza é mentira, filha.
Ele se aproxima e avanço em Alice, levo a mão até minha cintura e quando Andrew nota o que estou prestes a fazer saca uma arma e aponta para mim, vagarosamente também puxo a minha mas antes que eu possa apontar para Andrew ele atira para cima e Alice que está presa em meus braços grita assim como sua amiga que está encolhida num canto da sala faz.

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