Capítulo 24

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Jake

- Tem certeza que está bem?
- Estou. Por que a insistência nisso?
- É que você parece...distante. - Sophia se aproxima e me entrega um copo com whisky que eu bebo em um gole só.
- Mais um? - Faço que sim com a cabeça e ela preenche o copo mais uma vez, se sentando ao meu lado logo após.
- Quanto tempo faz que nos sentamos juntos sem ser em reuniões ou coisa do tipo?
- Acho que já faz algumas décadas...
- Idiota! Tô falando sério... - Sophia sorri e se vira de lado de modo que me encara agora. Faço o mesmo e ficamos frente à frente - Senti sua falta... - Ela diz, com a voz baixa e rouca.
- Eu também, Sophi. Muita.
- Sentiu mesmo?
- Com certeza. - O silêncio recai sobre a sala e fito seu rosto, noto seus olhos pesarem e só percebo o quão perto estamos quando sinto seu hálito quente soprar em meu rosto.
Sophia passa os dedos por alguns fios de meu cabelo que caem em minha testa, deslizando-os por minha bochecha até chegar em meus lábios onde ela faz o contorno deles ainda com os dedos meio trêmulos, levo minha mão até seu braço nu e percorro sua pele até chegar na cintura onde seguro firmemente e em resposta Sophia acaba com a pouca distância que restava entre nós selando nossos lábios. Correspondo ao beijo mas quando tomo consciência do que estamos fazendo trato de interromper imediatamente.

- Não podemos fazer isso. Já cometemos esse erro uma vez e não pode haver uma segunda.
- É... Tem razão. Acho que foi o álcool.
- Foi o álcool. Isso. - Me afasto, voltando os olhos para o teto na tentativa de ignorar o que acabara de acontecer.

Mais uma vez o silêncio paira sobre nós até que Sophia se levanta abruptamente.
- Posso dormir aqui? O pessoal não volta hoje e não quero dormir sozinha naquela casa enorme.
- Tudo bem. Pode ficar.
- Vou tomar um banho e já vou dormir, tô exausta e essa bebida só piorou. Como consegue beber isso?
- Você sempre foi mais fraquinha mesmo.
- Vai se foder.
- Vou conferir o quarto de hóspedes pra você.
- Tá.
- Ah... Pode usar o banheiro do meu quarto, o outro tá com um probleminha.
- Obrigada. - Sophi dá um sorriso desajeitado e sai da sala indo para as escadas.

Enfio o rosto entre as mãos suspirando alto, merda, praguejo baixinho, isso parece uma maldição. Sempre me envolvendo com as pessoas erradas. Por que tem que ser assim comigo?

Joe

Matt e as garotas decidiram passar a noite aqui e acabamos nos empolgando com a pequena "festa".
Agora todos já foram dormir e estou sozinho na sala divagando em pensamentos. Passo mais um tempo aqui e quando me dou conta já se passou mais de uma hora. Sigo para meu quarto e me deparo com Paige adormecida, o corpo está atravessado na cama, vestindo apenas um roupão, sinal claro de que acabou pegando no sono sem perceber.

A ajeito na cama, colocando sua cabeça no travesseiro. Paige se mexe mas não acorda e após isso vou para o banheiro pois preciso de um banho. Cerca de quinze minutos depois saio do recinto e visto apenas uma bermuda antes de me deitar junto à minha namorada que continua do mesmo jeito que a deixei e por isso tenho o cuidado de não acorda-la.
Deposito um beijo em sua testa e a abraço, puxando seu corpo para perto de mim. Sinto a mão de Paige me apertar e sorrio com o gesto.

- Eu te amo. - Ela sussurra e é o suficiente para fazer meu coração se aquecer em meu peito e um sorriso enorme surge em meus lábios.
- Também te amo, linda.

Paige

De volta à cidade vim direto para o apartamento onde moro com Liz, apesar da insistência de Joe para ir direto para a casa dele.

- Por que não vem comigo?
- Por que não quer me deixar aqui?
- Quero ficar do seu lado o tempo inteiro.
- Tá dizendo que quer que eu more com você? - Joe faz que sim com a cabeça e me aproximo passando os braços por seu pescoço.
- Isso, meu amor, só quando nos casarmos.
- Casa comigo agora. - Sorrio e lhe dou um selinho rápido.
- Terá que fazer um pedido mais...elaborado...
- Com rosas e velas?
- Credo, muito clichê.
- Linda, a gente é um clichê.
- Ah, claro. Porque nossa história se repete com vários casais por aí, não é?
- Você entendeu, Evans. Enfim, tenho que ir agora. Tô cheio de pendências pra resolver.
- De qual tipo?
- Da agência. Quer vir?
- Ah não, acho que vou tirar o dia pra ficar em casa com Liz.
- Certo. Então vou indo. - Joe desfaz nosso abraço e segura minha mão me puxando até a porta da frente.

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