HANNA

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Eu havia passado a ultima meia hora procurando meu celular. Só para enfim me lembrar de que na verdade o Hank havia ficado com ele. Foi estranho ser sequestrada, ainda mais porque eu só percebi o que estava acontecendo quando já tinham se passado duas horas de sequestro. No começo  Hank apenas me levou para o bar e ficou falando sobre como minha mãe  e ele terminaram e como estava bravo. Eu tive medo dele, então não protestei quando ele me pôs na moto e saiu correndo sem rumo. Contudo quando comecei a dar sinais de que queria ir embora e ele não deixava, eu tive muito medo. Até cair a ficha de que ele não faria nada de fato, forma os piores momentos da minha vida. Eu podia gritar e correr, afinal ele não havia me prendido, porém eu não consegui. Parecia que eu estava presa de outra forma. Mine entendia a sensação, mas o policial que estava me interrogando parecia não compartilhar do mesmo sentimento de impotência diante de um motoqueiro marombado e estressado. 

- Então você subiu na moto sem lutar. - Estávamos sentadas em uma salinha pequena. Yun estava lá fora e Mine estava ao meu lado sentada em uma das cadeiras de metais que além da mesa eram a única coisa na sala. O policial que podia ser descrito como um homem muito, muito grande estava fazendo as perguntas. 

- Sim. - Eu respondo. Era verdade afinal. vejo Mine me encara muito feio. 

- Ela não tinha opção.  - A garota reponde brava. 

- Deixa ela falar.  Mais um interrupção e eu te coloco para fora. - O homem responde apontando o dedo para Mine que o encara com uma cara de poucos amigos? - E quando chegaram ao bar, tinham outras pessoas lá? 

Me remexo desconfortável na cadeira que estava gelada. 

- Sim, tinham outros motoqueiros. 

- Ele te prendeu ou algo assim?

- Não, mas se eu pedisse para sair ele gritava comigo. 

- Mas você poderia gritar e pedir ajuda se quisesse? 

Mine balança a perna nervosamente ao meu lado. Ela está me deixando mais angustiada. 

- Sim, mas... 

- E O QUE ISSO TEM DE RELEVANTE? - Mine levanta da cadeira sem deixar que eu responda. Ela pode pensar que sim, mas isso não está ajudando. - Você deveria estar fazendo perguntas para achar esse cara. Por que não estão prendendo ele nesse momento? 

- Já chega. - O policial se levanta e abre a porta fazendo sinal para que ela saia.  

Mine me encara, mas dadas as circunstancias eu acho que ficarei melhor sem aquela tensão toda. Ela percebe que não vai ter meio apoio. Então se levanta e sai desanimada. Balanço minhas pernas olhando para os joelhos assim que ela sai. Percebo que acabou de ficar tudo pior. 

Algum tempo depois a porta se abre. Alana entra afobada. Ela tinha o rosto da mamãe só que ao invés de alegre era carrancudo. E ela se vestia diferente, mais séria e mais sóbria. Era como a mamãe, porém elas não se pareciam em nada. 

- O que você está fazendo aqui. - Pergunto? 

Alana se senta ao meu lado. 

- Mine me ligou, ela disse que não estavam tendo resultados aqui. 

Por que ela havia envolvido Alana nisso? Era era perita em tornar qualquer situação pior...

- Quem é a senhora? 

Alana olha para o policial de cima  a baixo com ar irritado. 

- Eu sou a advogada dela. - Faço cara feia. 

- Eu não estou sendo acusada de nada. - Protesto. 

- Eu sei meu bem, mas ninguém pode entrevistar um menor desacompanhado. 

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⏰ Última atualização: Jun 10, 2022 ⏰

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