Highland Princess - Rocksalt

Capítulo 13:

— Vem cá, quem vai estar lá mesmo?

— Os filhos e os netos de Lorde Henry, pelo que sei. — Respondi honestamente e me virei para olhar Quint, que estava olhando a paisagem. — Tudo bem aí?

— Sim, sim, claro. 

— Certeza disso? — Perguntei entrelaçando sua mão na minha.

— Só um pouco nervosa, eu acho. Eu já devia estar acostumada com isso, mas parece diferente hoje. — Ela hesitou. — Além de ser nosso primeiro evento juntas e tal, eu vou estar representando a Coroa no lugar da minha avó e isso é um pouco...

— Demais? — Completei e ela concordou. — Vai dar tudo certo, ok? Você vai ser uma representante incrível, acredite em mim.

— Você acha?

— Eu tenho certeza. — Falei e peguei um espelho no bolso do meu suéter para conferir a minha maquiagem no momento em que saímos da ponte que levava a Skye.

— Ainda bem que tem uma ponte, eu odeio barcos. — Quint murmurou e eu franzi o cenho.

— Você não tem um barco com o seu nome?

— Bem, sim, mas eu nunca andei nele. — Ela disse quando entramos em uma estrada de cascalho, o que significava que já estávamos chegando.

— Você ainda está nervosa. — Constatei fechando o espelho, Quint apertou a sua mão no banco.

— Um pouco, vai. — Ela disse e eu lhe dei um beijo na bochecha.

— Acredite em mim, entre todos os eventos que nós vamos juntas esse ano esse é o menos pior. Menos intenso, pelo menos. — Falei e lhe dei uma cotovelada leve. — Você confia em mim?

— É claro que eu confio em você, apesar de em alguns momentos essa não ser a melhor decisão. — Falou e eu revirei os olhos.

— Enfim, você vai se divertir. Eu tenho um plano.

— É isso não ajuda nem um pouco. — Ela disse e eu revirei os olhos.

— O jeito que você confia em mim me comove, Quint. — Falei e o carro parou na frente do castelo, eu saí primeiro e ofereci a mão para que ela saísse do carro, já que ele era alto. Paramos e observamos o palácio por um tempo, franzi o nariz.

— Por Deus, é monstruoso, né? — Perguntei ajeitando os meus óculos escuros, já que hoje milagrosamente o Sol tinha deixado de ser enfeite por algumas hora.s

— É... incrível. — Ela finalmente diz e eu a encaro pelo canto do olho com os lábios franzidos.

Eu não sabia que Quint tinha mal gosto, quer dizer, olha só pra mim.

Começo a estender a mão para Quint, quando somos atacadas pelos cachorros do Tio Henry. Quint solta um grito involuntário e eu começo a rir, me abaixando no cascalho enquanto os dois cachorros enormes, chamados Waffles e Gibbles, praticamente pulavam em cima de mim.

Me levanto rindo e Quint está me encarando com um sorriso bobo no rosto, ajeito a minha bolsa no ombro. Dois homens usando calças cáquis e coletes cinzas se aproximam e começam a pegar nossas malas.

— O que foi? Quer um beijinho também? — Perguntei segurando em sua cintura e tentando beijá-la, Quint começou a rir e a me empurrar.

— Não! Não! Sem beijos, Baird.

— Só um beijinho. — Pedi mais uma vez e Quint começou a gargalhar, sua risada soando como música aos meus ouvidos.

— Só um. — Ela me advertiu segurando no meu rosto e me puxando para baixo, me dando um selinho rápido. — Pronto.