Ou eu entro ou voce sai.

554 38 0
                                    




Harry e Lucy nos recebem acenando os braços, pra nos juntarmos a eles na pista de dança. Eu baixo a guarda por causa de Lauren. É uma coincidência, ou ela sabia que eu estaria aqui? Como ela poderia saber? Eu estava tendo uma ótima noite, não ficar pensado sobre ela por, pelo menos, uma hora. É um recorde para os últimos quatro dias.
Droga!
Eu empurro Lauren para fora da minha mente e, em breve temos The Source & Candi Staton me levando para um lugar melhor. Adoro esta pista.

Depois de meia hora e uma sequência de algumas músicas longas, eu não vejo ou ouço mais falar de Lauren. Normani deve ter levado ela, ou talvez os seguranças o fizeram. De qualquer maneira, eu estou livre para retomar a grande noite que estava tendo até Lauren aparecer. Eu sinalizo, sorrindo para DJ, que eu vou ao banheiro, e ela confirma com um rebolado e um sorriso.

Quando eu saio da cabine, pego meu batom nude, dentro da minha bolsa para voltar a aplicar, e verifico o meu telefone, encontrando 10 chamadas não atendidas de Lauren. O quê? Oh, ela está com raiva? Tudo bem.
Mas, porque, na face da terra, ela tem que ser louca? Qualquer dor de abandono de Lauren foi extinta por seu comportamento irracional. Quem ela pensa que é? Eu não me detenho nisso, porém. Apago as chamadas não atendidas, fazendo meu caminho de volta para a pista de dança, só para encontrar os outros fazendo o seu caminho para o bar.
— Bebida! — Harry aperta sua garganta em um sinal exagerado de sede.

Lucy está ao seu lado. Enquanto espero que eles sejam servidos, uma onda de inquietação me invade. Ela ainda está aqui. Eu sei.
Ela me dá a minha bebida, com a boca escancarada.
— Ah... meu... Deus!

Eu tomo o meu vinho.
— O quê?
— Aquela mulher, aquela da Starbucks que eu estava falando. — ela explica, balançando a cabeça sobre meu ombro. — Ela está aqui. Eu disse que ela era deliciosa.

Eu viro na direção do olhar de Lucy e a encontro olhando para Normani.
Mas não é isso que me chama a atenção. Com um arrepio percorrendo a minha espinha, vejo Lauren encostada no pilar em que ela tinha pregado a pobre Ariana, há menos de uma hora. Seu olhar severo está perfurando-me, enquanto Normani e a outra mulher da Mansão, Verônica, estão ocupadas conversando e bebendo. Lauren não está se envolvendo na conversa, no entanto. Não, ela ficou ali, me olhando tão irritada, quanto antes, fazendo furos direito em mim.
Lucy de repente, filtra as informações em seu cérebro.

Eu volto para ela.
— O que aconteceu?

Ela parece distraída quanto entrega as bebidas para DJ e Harry. Eles aceitam, rapidamente, voltando para a pista
— O que aconteceu o quê? — Ela pergunta em uma carranca.

Reviro os olhos. Ela é tão distraída, às vezes.
— Starbucks, o que aconteceu?

— Ah. — Ela está de volta no jogo. — Ela tinha acabado de entrar e começou a gritar e gritar, e arremessou o café sobre a pobre sujeita.

— O que ela disse?

— Oh, eu não me lembro. Ela chamou-lhe de algo como trapaceira, egoísta, e outros. — Ela vira casualmente.

— Normani tem uma namorada? Vou ter que avisar a Dinah, ela parece gostar dela.

— Hei, ela está com a mulher que você expulsou do escritório.

— Sim, ouça, mantenha isso para si mesma, ok?

Ela franze a testa para mim.
— O quê?

— Quero dizer o café voador. E quando estivermos conversando no escritório, nem uma palavra à Simon sobre a expulsão.

Ela encolhe os ombros.
—Qualquer coisa! Ah, eu adoro essa música, Camila, vamos.

Eu vejo como Lucy dança em seu caminho de volta, através da multidão, mas não posso me mover. Posso sentir os olhos ardendo em minhas costas. Eu sei que eu deveria ir embora, mas o ímã que ela joga sobre mim, me faz virar para ela, em vez de sair. Ela tem o seu telefone em sua mão, e ela o acena no ar, em uma espécie de gesto para eu olhar. Não sei por que eu olho, mas olho. Eu pego meu celular na minha bolsa e, não tanto para a minha surpresa, o nome de Lauren está iluminando minha tela. Eu olho para cima, e a vejo colocar o telefone no ouvido. Ela quer que eu responda.

A música alta em torno de mim desaparece como uma base maçante, pulsando em meus ouvidos, e o zumbido dos risos e conversas diminui num murmúrio, um som baixo em torno de mim. Estou sendo engolida por seus olhos. Estou completamente imobilizada.

Meus sentidos são agredidos pela presença de Lauren Jauregui. Ao vê-la, disparam todas as lembranças de sua voz, seu cheiro, seu toque. O poder implacável que ela tem sobre mim, é o papel de advogada do diabo com a minha inteligência, e meu coração está martelando uma batida selvagem, irregular em meus ouvidos.
Eu vejo como ela abaixa o telefone de sua orelha, balançando a cabeça.
Ela começa a caminhar para mim. Eu vejo Normani olhar em minha direção quando Lauren deixa seu grupo, Verônica lançando os olhos para cima também.
Ambos parecem desconfortáveis ao olhar para Lauren, seu alvo é óbvio.

Eu, momentaneamente, recupero os meus sentidos, quando Normani agarra o braço de Lauren para puxá-la de volta, mas é empurrada para fora do caminho. A música e a atividade cai de volta no meu cérebro. Peço para minhas pernas ouvirem o lado razoável do meu cérebro e me levarem embora daqui, antes que meu lado estúpido me permita ser vítima de seu magnetismo físico novamente.
Eu abandono minha bebida no bar e coloco minhas pernas em ação, correndo no meio da multidão, empurrando as pessoas para fora do caminho, com a minha retirada, tornando-se mais seguro a necessidade de eu encaminhar para a segurança dos banheiros. Nenhum contato e nenhum descarrilamento.
Cubra-a completamente, ela é perigosa. Ela provou esta noite. Exatamente por isso, que eu preciso evitá-la como uma praga.

Eu bato a porta e começo a fechar a porta da cabine, lutando para fechar a trava, quando ela empurra o outro lado, dificultando minhas tentativas de mantê-la afastada. Minha adrenalina está bombeando. Por um brevíssimo momento, eu acho que eu consegui bloquear seu acesso, pois a resistência do outro lado diminui, mas não o suficiente para eu conseguir manter a porta travada.
— Camila, ou eu entro ou você sai. Eu não quero te machucar, mas se você não parar de lutar contra mim, eu vou quebrar a porra da porta. — Sua respiração é pesada.

Descansando as costas contra a porta, eu tento deixar entrar um pouco de ar em meus pulmões. Eu olho em volta. Estou encurralada. Pensei que estaria a salvo no banheiro. Eu não posso olhar para ela, eu vou deixar-me cair em tentação, se ela encostar as mãos em mim. Eu não precisava estar nesta posição, porra!

Mi MujerOnde histórias criam vida. Descubra agora