VOCÊ!

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Eu vasculho minha bolsa para checar minha camiseta de ontem, deixo o meu chinelo no chão de ladrilhos, coloco minha bolsa de maquiagem na pia e escovo os dentes, e todo o tempo, Lauren está apodrecendo lá.

Quando o banheiro está cheio de vapor, eu deixo cair à toalha, totalmente descarada - eu estou chateada, eu não consegui dar uma foda rápida - abro a porta e entro no chuveiro para lavar quatro rodadas de Lauren Jauregui. Se eu não estivesse tão pegajosa, com suor e cheia esperma em mim, eu não me incomodaria. Eu já teria ido embora.

A água está divina e relaxante, apesar da minha espectadora carrancuda, eu lavo meu cabelo, deixando a água cair sobre mim por breves momentos. Mas eu não tenho tempo para aproveitar a água, calmante. Abro os olhos quando a porta do chuveiro se abre o ar frio atacando meu corpo molhado e nu. Laur resmunga para mim.
— Você não vai a lugar nenhum! —Ela diz.

Eu olho para ela, completamente exasperada, meu queixo batendo na base da ducha. Ela teve a maior parte de mim enquanto eu estive aqui. Ela ainda não está feliz?
— Sim, eu vou embora!
— Não, você não vai!
— Lauren, qual é o seu problema? — Viro-me no chuveiro, água quente batendo em mim, o ar frio me explodindo, e eu enfrentando um pedaço de alfa.
— VOCÊ! — Ela grita.
— Eu?

Ah, a mulher me enerva. Saio da água e empurro-a do caminho passando pelo seu grande corpo, ignorando as faíscas que voam fora de mim pelo contato.
Será que ela pensa que eu sou um objeto que ela pode foder a vontade na ordem que ela quiser? Eu me envolvo em uma toalha, enrolo uma na minha cabeça tentando tirar o excesso de água. Eu não tenho tempo para secá-lo, e eu duvido que a Sra. Estressada aqui tenha um secador de cabelo.

Sinto sua mão envolvendo a parte superior do meu braço. Eu bruscamente o puxo para fora de seu alcance, vestindo minha calcinha, meu jeans e meu top.
— Eu não quero que você saia. — Sua voz abranda.
— Não seja estúpida, Lauren. Você não pode me manter aqui como uma escrava sexual. Você tem muitas mulheres dispostas a cair aos seus pés, vai ocupar-se com uma delas. — Eu não posso acreditar o quão áspera eu soo. O pensamento dela com outra mulher me faz querer atacar.

Eu pego seus olhos no espelho. Eles estão estreitados diretamente sobre mim, queimando minha pele.
— Eu não quero outras mulheres. Eu quero você.

Faço uma pausa, aplicando o creme.
— Você não me teve o suficiente? — Eu pergunto, uma grande parte de mim querendo que ela diga não, mas sabendo que isso vai acabar mal se ela disser.

Ela chega perto de mim e passa os dedos pela minha bochecha. Eu inconscientemente inclino-me para ela, fechando os olhos.
— Sinto muito. — ela diz em voz baixa. Ela envolve o braço livre em volta da minha cintura, me puxando para seu peito, descansando seus lábios contra meu ouvido.
— Perdoe-me.

Oh Deus, o que estou fazendo? Está mulher é um ímã. Ela suga toda a racionalidade de dentro de mim. Eu viro meu rosto para o dela, deixo-a tomar minha boca suavemente e hesitante, sua mão movendo-se de meu rosto para a parte de trás da minha cabeça, os dedos enfiados através do meu cabelo molhado. Ela acaricia minha língua e meus lábios em ondas veneração. Eu estou perdida nela novamente - completamente perdida.
Ela libera minha boca.
— Assim é melhor.

Ela planta um beijo no meu nariz.
— Você ainda quer uma carona?

Eu levanto as sobrancelhas em um sorriso.
— No meu carro?

Ela aperta seus lábios nos meus e cantarola.
— Atrevida. Dê-me dez minutos. — Ela liga o chuveiro novamente e pega uma toalha do aquecedor.
— Posso pegar um pouco de água? — Eu pergunto.
— Divirta-se, baby. — Ela dá um tapa em minha bunda e salta para o chuveiro.

Eu estou de joelhos, tirando cautelosamente os pedaços de vidro do chão da cozinha, quando Laur vem do quarto. Eu olho para cima. Oh, esse caminhar dela. Ela caminha até mim
vestindo uma bermuda bege, camisa pólo branca Ralph Lauren - gola virada para cima - e um tênis azul. Eu estou de joelhos com os lábios entreabertos, parecendo necessitados. Ela para na minha frente, olhando para baixo, com um sorriso no rosto. Ela parece mais jovem.
— Eu receio que eu esteja numa posição em desvantagem. — Eu provoco.

Seus olhos brilham de prazer quando ela se agacha na minha frente.
— Parece que sua desvantagem seria a minha vantagem completa. — Ela pisca.

Eu quero saltar sobre ela, mas com uma mão cheia de cacos de vidro, e nós duas completamente vestidas e já está tarde, eu vou resistir.
— Aqui. — Ela diz com as duas mãos na frente para eu transferir o vidro.
— Você deveria ter deixado eles ai, poderia ter se cortado. — Ela lamenta para mim. Eu transfiro o vidro para suas mãos e tento me levantar do chão, enquanto ela esvazia as mãos, inclinando o copo na pia. — Eu vou resolver isso mais tarde. — Ela coloca os seus óculos wayfarer sobre seus olhos, recolhe suas chaves e minhas malas, antes de pegar a minha mão para me levar até a porta.
— Você irá trabalhar hoje? — Eu pergunto.
— Não, não vai acontecer muita coisa durante o dia hoje no Mansão.— Ela pisca para mim. E eu me derreto.

Ela é toda malícia, e eu adoro isso.
Ela abre a porta e somos imediatamente recebidos por dois homens que estão com pranchetas, vestindo macacão azul. A impressão bordada em seus uniformes lê B & C Mudanças.
— Sra. Jauregui? — O que se parece com um carregador pergunta e seus dentes amarelos indicando pelo menos 50 cigarros e 20 xícaras de café por dia.
— As caixas no quarto vago irão primeiro. Minha empregada vai estar aqui em breve para ajudar com o resto. — Ela me puxa pelo corredor, deixando o carregador e seu ajudante magro começarem com as coisas. — Tenha cuidado com o equipamento de esqui e a bicicleta. — Ela grita sobre os ombros.
— Você tem uma empregada?— Eu pergunto completamente atordoada.

Eu não sei por quê. A mulher trouxe o Lusso para a cobertura por uns bons 10 milhões. Por que isso me espanta? Ela é muito rica.
— Ela é a única mulher que eu não poderia viver sem. — Ela responde levianamente. — Ela está indo para a Irlanda na próxima semana para visitar a família. Tudo vai desmoronar então.

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