Mi Mujer

Eu não posso olhar para você.

De repente, ocorre-me que estamos a cem metros do meu escritório e Simon poderia passar a qualquer momento. Se ele me vê brincando com a Sra. Jauregui, ele vai chegar à conclusão óbvia: eu estou dando um tratamento especial em detrimento de sua rentabilidade.
Após essa reunião, eu já estou patinando em gelo fino.

Eu me remexo para me libertar, mas ela apenas aumenta seu poder sobre mim, pressionando os lábios, ficando mais difícil de me libertar. Minha tentativa de fuga torna-se preocupante e desesperada, quanto mais apertado ele me segura. Colocando minhas mãos em seu peito, eu a empurro, e ela finalmente libera meus lábios, mas não o meu corpo.
Ela estreita seus olhos ferozes.
— O que você pensa que está fazendo?

— Solte-me. — Eu forço-me contra ela.

— Hey. Vamos deixar uma coisa bem clara, baby. Você não dita quando e onde te beijo, ou por quanto tempo. — Ela está muito séria.

Entusiasmada com excesso de controle!
Eu uso todas as minhas forças para me libertar, falhando miseravelmente. Eu estou sem ar.
— Lauren, se Simon me vê com você, eu estou em apuros e na merda. Solte-me! — Para minha surpresa total, ela liberta-me, e eu luto na calçada para endireitar-me.

Quando eu olho para cima, eu vejo a carranca mais fechada que eu já encontrei alguma vez. Ela é linda e perfeita para mim. Isso me deixa louca. E o que ela quis dizer com tudo sobre beijar onde quer, como e por quanto tempo ela quiser? Desde que lhe agrade.
Ela está levando suas tendências controladoras para um nível totalmente novo.
— O que diabos você está falando? — Ela grita. — E cuidado com a boca!

— Você. — eu começo acusadora — não ter pago a conta, e agora eu tenho que te dar um lembrete educado. Eu fui forçada a dar uma desculpa que você estava viajando.

Poderia um beijo cheio ser considerado como um lembrete educado?
Laur provavelmente pensaria assim.
— Considere-me lembrada. Agora, traga seu traseiro aqui.

Oh, se olhares pudessem matar.
— Não! — Eu digo, incrédula. Ela realmente não gosta de ser desafiada. Eu não vou arriscar minha segurança no emprego, apenas para não afligir a senhora controladora aqui.

Ela me olha com descrença completa, desmontando da moto da maneira mais espetacular, a calça jeans alongando firmemente sobre as coxas magníficas. Eu mudo em meus pés. Eu estou muito afetada por esta mulher.
Ela olha para mim.
— Três.

Eu pasmo. Ela não faria isso? Não no meio da Berkeley Square. Seria algo como eu ser sequestrada, estuprada e assassinada de uma só vez! Obviamente, eu sei que parecerá diferente para um estranho, e eu odeio pensar no que Laur é capaz de fazer se alguém tentar tirá-la de cima de mim.
Seus lábios se espalham em uma linha reta de desagrado, enquanto ela me perfura com seu olhar duro.
— Dois. — ela fala irritada com os dentes cerrados.

Pense, pense, pense. Eu xingo.
— Ah, eu não vou entrar numa briga com você no meio da Berkeley Square. Você é uma criança às vezes! — Eu viro e começo a andar à frente. Eu não sei por que eu estou fazendo isso, ela é como uma bomba prestes a explodir, mas eu tenho que segurar minha própria bomba aqui. Ela está sendo estupidamente irracional, e eu estou colocando o meu pé no
chão. Eu a sinto bem atrás de mim, quando eu viro para Bond Street, mas eu sigo adiante.

Há uma boutique bonita aqui. Eu vou escapar dela lá.
— Um. — ela grita.

Eu continuo andando.
— Foda-se! Você está sendo irracional e injusta. — Eu sei que estou abusando da sorte agora, palavrões e desobediência, mas estou tão louca!

— Olha a BOCA! O que é tão irracional em querer beijar você?

Que aflição. Ela é tão egoísta assim?
— Você sabe muito bem o que é irracional sobre isso. E o que é injusto, porque você está tentando fazer com que eu me sinta uma merda sobre isso.