Que tal gritar pra mim?

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CAPÍTULO 100

Reviro os olhos. Eu sei a resposta para esta pergunta. Depois que o meu girar de olhos perfeitamente exasperado é executado, eu levanto meus olhos para Lauren e a encontro olhando para mim, claramente lutando para manter o rosto sério.
— Pacote completo. — Ela responde. O que diabos isso significa?

— Ótimo! — Simon bate palmas. — Eu vou deixar você com Camila. Ela vai cuidar bem de você. — Simon oferece sua mão e Laur cumprimenta-o, mantendo os olhos bem em mim.

Eu nunca estive em uma situação mais difícil na minha vida. Estou suando, remexendo e sentada até agora na minha cadeira, eu provavelmente estou misturando-me com o couro.
— Eu sei que ela vai. — Ela sorri, virando suas piscinas verdes de volta para Simon. — Se você me der os detalhes bancários da sua empresa, eu providencio uma transferência bancária imediata. Eu também vou fazer um pagamento adiantado sobre a próxima fase. — Ela vai salvar quaisquer atrasos no futuro.

— Vou pedir a Allyson para anotá-los para você. — Simon nos deixa, mas eu não relaxo.

Laur senta-se novamente na minha frente, com o rosto irritantemente bonito, exibindo uma abundância de alegria no meu nervosismo. Pacote completo? Definitivamente prazer? Eu deveria bater nela no meio da cabeça com o meu peso de papel!
Arrastando-me para fora do meu estado mudo, eu junto todos os desenhos que estão espalhados sobre a minha mesa e pego minha agenda.
— Quando você está livre? — Eu pergunto. Eu sei que soa altamente profissional e conciso, mas eu não me importo. Ela está levando a sua viagem de poder muito longe agora.

— Quando você está?

Eu olho para cima, encontro um olhar verde satisfeito. Eu me inclino para ela.
— Eu não estou falando com você. —Eu digo, imatura.

— Que tal gritar pra mim?

Meus olhos se arregalaram em choque.
— Nem isso.

— Isso pode tornar o negócio um pouco complicado. — Ela faz beicinho, seus lábios franzindo nos cantos.

— Será que vai ser negócio, Sra. Jauregui, ou prazer?

— Prazer, todo o caminho.— Ela responde sombriamente.

— Você percebe que está pagando para eu fazer sexo com você. — eu sussurro em um silvo. — Isso, na verdade, me faz uma prostituta!

Eu vejo como um flash de raiva passa sobre seu rosto e ela se atira para frente em sua cadeira.
— Cale-se, Camila. — Avisa. — E só por isso, saiba que você estará gritando mais tarde. — Ela se inclina para trás novamente. — Quando faremos amigavelmente.

Eu suspiro pesadamente. Seria melhor, de qualquer forma, se eu saísse desse contrato, agora. Simon vai desmaiar com o choque, mas de qualquer forma, eu estou totalmente exausta. Continuando assim, eu serei obrigada a me deixar levar. Então, ela realmente vai começar a foder comigo quando quiser.
Estou perdendo o controle aqui. Perdendo o controle? Eu rio de mim mesma. Eu já tive o controle alguma vez, desde que esta mulher linda entrou em minha vida?
— É uma coisa engraçada? — Ela pergunta séria.

Eu faço uma revisão rápida nas páginas da minha agenda.
— Sim, minha vida. — murmuro. — Quando marco você a lápis?

— Eu não quero ser marcada a lápis em qualquer lugar, lápis pode ser apagado. — Seu tom é suave e confiante. Eu olho para cima da minha agenda e encontro uma grande e permanente caneta preta, sendo acenada debaixo do meu nariz.
— Todos os dias. —Ela afirma calmamente.

— Todos os dias? Não seja tão estúpida! — Eu digo um pouco alto demais.

Ela me dá seu sorriso malandro, quando remove a tampa da caneta.
Abaixando-se mais, fazendo questão de passar os dedos sobre minha mão, ela puxa a minha agenda para longe de mim. Eu tremo, e ela me dá aquele olhar. Virando a página de amanhã no meu diário, ela calmamente escreve uma linha no meio, "Sra. Jauregui" da página, em letras grandes e pretas. Ela, então, desliza para frente, passando para o fim de semana.
— Você é minha então, de qualquer maneira. — Ela brinca consigo mesma.

O quê? Sou? Quem disse?
Ela chega à página de segunda-feira e encontra minha reunião das dez horas com a Sra. Kent.
Localizando uma borracha na minha mesa arrumada, ela lentamente esfrega-a olhando para mim, quando ela se inclina para limpar os fragmentos de borracha da página.

Ela está realmente gostando disso, enquanto eu estou sentada na minha cadeira vendo-a pisar em toda minha agenda de trabalho e, ao mesmo tempo, tentando analisar o quão séria ela está. Temo que ela esteja completamente séria.
Ela passa a colocar uma linha grande, preta na segunda-feira também. O que ela está fazendo?
Olho ao redor do escritório, observando os meus colegas, que se cansaram do show de Lauren e Camila, e estão olhando para baixo, com algum trabalho em seu lugar.
— O que você está fazendo? — Eu pergunto calma.

Ela faz uma pausa, olhando para mim.
— Eu estou marcando os meus compromissos.

— Você não está feliz o suficiente controlando o aspecto social da minha vida? — Estou surpresa com a calma que eu falo. Eu me sinto completamente como um carneirinho vigiado. Esta mulher tem uma incalculável confiança. — Eu pensei que você não precisasse marcar para foder comigo.

— Cuidado com a boca. — ela me adverte. — Eu já lhe disse antes, Camila. Eu vou fazer o que for preciso.

— Para quê? — Minha voz é apenas um sussurro.

— Para mantê-la.

Ela quer ficar comigo? O quê? Para sexo ou mais? Eu não pergunto o que, no entanto.
— E se eu não quiser ser mantida? — Eu pergunto em vez disso.

— Mas vai, por mim. É por isso que eu estou tendo um momento difícil, tentando descobrir porque você continua me repelindo. — Ela volta sua atenção para a minha agenda e define sobre a colocação de uma linha em todos os dias durante o resto do ano.

Quando ela chega ao fim, ela fecha-a batendo. Sua confiança não conhece limites. E como ela sabe que eu quero ser mantida por ela? Talvez, eu não sei. Cristo, eu estou tentando mentir para mim mesma agora. Eu mentalmente me aplaudo por ter feito backup dos meus compromissos, da minha agenda e do e-mail, uma medida de precaução no caso de eu perdê-la, não porque algum excesso de controle poderia apagá-los todos.

— A que horas você termina o seu trabalho? — Ela pergunta.

— Seis. — Eu não posso acreditar que eu apenas respondi, sem um segundo de hesitação.

— Seis. — Ela repete colocando a mão sobre a minha mesa. Ela quer que eu aperte sua mão? Eu chego, mentalmente a exigir a minha mão para não tremer, e colocá-la suavemente na sua. A chiadeira familiarizada voa através de mim, quando as nossas mãos se conectam, os dedos roçando suavemente sobre meu pulso quando ela lentamente acaricia abaixo do centro da palma da minha mão.

Meus olhos voam até os seus.
— Percebeu? — Ela sussurra, antes de se afastar e caminhar para fora do meu escritório, coletando um envelope da mão estendida de Allyson no caminho.

Santa puta que pariu! Meu coração está em convulsão no meu peito, e eu estou suando desconfortavelmente, quando eu sento na minha mesa, abanando freneticamente meu rosto, queimando com a minha montanha-russa de café.

Como ela faz essas coisas para mim? Harry olha para mim com os olhos arregalados e um olhar whoa. Eu sopro um pulmão cheio de ar, numa tentativa de regular o meu coração martelando. Ela quer ficar comigo? O quê? Manter-me e controlar, manter-me e me amar ou manter-me para me foder sem sentido? Ela já me fodeu muito sem sentido. Ela tem que ter, porque eu continuo voltando para mais. Não, eu não volto. Continuo a recuar. Oh Senhor, eu estou uma bagunça do caralho!

Eu começo a dobrar os meus desenhos do Life Building antes de puxar o meu calendário e-mail, para que eu possa começar a transferir os meus compromissos de volta para a minha agenda.

Oh, eu estou profundamente, em alguma merda de grande. Mas ela está totalmente certa... Eu quero ser mantida por ela. Eu estou completamente viciada.
Eu preciso dela.

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