O que está acontecendo?

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Eu sorrio. Eu não tenho certeza se é muito vinho, mas isso é só... engraçado.
— Não importa. Ela era uma merda de rebote, é isso. — Minha explicação não parece satisfazer, porque todos eles continuam estudando-me com olhares duvidosos em seus rostos.
Nem eu acho que estou satisfeita com a minha explicação, mas já faz quatro dias e eu resisti à tentação de ligar para ela.

Além disso, ela não me ligou ou fez quaisquer movimentos adicionais, de modo que, isso praticamente, diz tudo. Eu estou seguindo em frente. Eu só estou maciçamente chateada comigo mesma por ter cedido à sua persistência - e ela a tem - colocando-a em posição de me derrubar.
— Oh, nós podemos mudar de assunto, por favor? — Eu digo firmemente. — Eu estou aqui para me divertir, não para analisar os detalhes da minha porra de rebote.

Harry agita sua piña colada.— Você sabe, tudo acontece por uma razão.

— Oh, não comece com toda essa porra de fadas que voam! — DJ repreende.

— Elas voam. Eu acredito firmemente nelas. Sua rebote de merda é um trampolim para o amor de sua vida. — Ele pisca para mim.

— E Shawn foi um trampolim de merda de quatro anos. — Dinah ressalta.

— Para os trampolins. — Harry canta.

Dinah se junta ao brinde.
— E shots!

Eu termino o meu vinho e levanto o meu copo, concordando.
— Sim, os shots !—Harry grita, dançando para o bar.

Nós balançamos na estrada para o nosso próximo destino, o Bar Azul.
Nós entramos passando pelas pessoas, embora ficaram de olho na camisa de Harry, desconfiados. Hazz é Lucy vão para a pista de dança quando ouvem FloRida e Sia cantar sobre Wild Ones, deixando Dinah e eu para pegarmos as bebidas.
Peço uma rodada e coloco a de Lucy e Harry, em uma borda vizinha sob a sua instrução. A dança é tão séria, que poderia demorar algum tempo.

Quando eu me junto a DJ de volta ao bar, ela está conversando com uma mulher. Ela não a conhece. Eu posso dizer, porque conheço o seu flerte por seu jeito de agir.
Ao me aproximar, ela levanta a sua voz sobre a música.
— Mila, esta é Victoria.

Eu sorrio, oferecendo minha mão educadamente. Ela parece bastante normal.
— Olá, prazer em conhecê-la.

— Sim, e eu a você. Esta é a minha amiga, Ariana.

Ela sinaliza para uma mulher bonita de cabelos escuros, ao lado dela.
— Oi. — eu grito.

Ela sorri, confiante.
— Vocês querem uma bebida?

— Não, obrigada, eu já tenho uma. — Regra número um: Nunca aceite bebidas de estranhos. Demi exercita isso em mim, desde que eu comecei a sair.

— Não tem problema — Ela dá de ombros.

Dinah e Victoria se afastam de nós, deixando-me com Ariana para conversarmos.
Eu realmente não quero isso. Eu saí para me livrar das pessoas em geral. Agora eu estou embaraçada com uma.
— O que você faz? — Ariana me pergunta.

— Design de interiores e você?

— Agente imobiliária.

Eu gemo intimamente. Eu tenho uma aversão a agentes imobiliários - arrogantes, mais confiantes que vendedores de ouro chapeado. Ariana é tudo isso, com a vantagem adicional de um sotaque Cockney (de quem mora nos bairros mais afastados de Londres) e desonesta.
— Legal. — Digo, porque ela acaba de perder todo o meu interesse, não que houvesse qualquer um em primeiro lugar.
— Sim, ganhei um bônus de alguns milhares hoje. Dê-me um poço cheio de merda e eu vou vendê-lo, não há problema. Estou vivendo na grande Landon e aproveitando. — Oh Deus, uma bola de lodo! — Já, imaginou sairmos de vez em quando?

NÃO!
— Obrigada, mas eu estou em um relacionamento.

É um bom trabalho, Cockney não sabe nada de mim, e meus hábitos.
Estou girando meu cabelo freneticamente.
— Tem certeza? — Ela pergunta, se aproximando e acariciando meu braço.

Eu me afasto, planejando minha fuga.
— Positivo. — Sorrio docemente, olhando para Dinah.

Dentro do espaço de tempo que levo para levantar o meu copo aos lábios, Ariana desaparece rapidamente da minha linha de visão. Preciso de alguns segundos para juntar os eventos que estão se desenrolando diante dos meus olhos, e quando eu o faço estou chocada. Lauren tem Ariana num aperto firme ao redor de seu corpo e colocando-a contra um pilar.

—Mantenha suas mãos de merda em si mesma. — Lauren range os dentes para uma pobre e assustada Cockney. Ela não sabe o que a atingiu. Eu me sinto mal, ela estava apenas tentando a sua sorte. Eu teria lidado com isso. De onde é que ela veio?

Isso é tudo que eu preciso na minha noite, supostamente livre de pessoas arrogantes. Ou não é o que parece. Ela me deixou por quatro dias me perguntando o que teria acontecido e, agora ela aparece, de repente, furiosa como um touro selvagem. Será que ela já se acalmou depois de terça-feira?
— Eu sinto muito companheira. Eu não fiz qualquer ofensa. Sua namorada e eu estávamos conversando sobre a merda, você sabe. — Ariana explica, completamente em pânico.

Namorada? Oh! Eu quero avisar a pobre cockney que eu nem mesma sou a namorada da maníaca que a imobilizou, mas a julgar pelo humor óbvio de Lauren, eu vou declinar, sob o risco de irritá-la ainda mais.
— Lauren, deixe-a ir, ela não estava fazendo nada.

Ariana me olha com gratidão. Ela sabe que eu estou falando a verdade.

Alguns segundos mais, e eu tenho certeza que teria jogado uma bebida em cima dela. Eu, gentilmente passo os braços pelos de Lauren, na tentativa de acalmá-la, ignorando sua firmeza quente. Parece que ela pode explodir de raiva. Estou chateada. Como ela ousa invadir e transformar toda a minha noite de recuperação?
— O que está acontecendo? — DJ chega perto de mim.

— Nada! — eu exclamo. — Lauren, deixe-a ir.

Ela parece não estar ouvindo. O que é que eu vou fazer com isso? Eu não quero vê-la. Já estou me sentindo fora dos trilhos, e ela sequer olhou para mim, ainda. Não posso ir embora e deixar a pobre Ariana suportando o peso da raiva injustificada de Lauren. Onde diabos ela esteve por quatro dias?
Fico mais que aliviada quando Normani aparece em cena.
— Normani, por favor, chame sua amiga pentelha para fora. — eu me volto para Dinah.— Vamos.

Os olhos de Dinah acendem como As Iluminações Blackpool à chegada inesperada de Normani.
Eu ouço Mani calmamente persuadindo Lauren a soltar a Ariana, enquanto eu arrasto DJ para a pista de dança.
— O que foi aquilo? — Pergunta ela.

— Não faço ideia. O que aconteceu com Victoria?

— Ela era uma idiota total. Vamos lá, vamos dançar.

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