Eu adorei.

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Eu sou a última a deixar o escritório. Eu ligo o alarme, tranco a porta do escritório atrás de mim e salto para fora da minha pele, quando eu ouço um ronco familiar de um motor de alta potência.
Eu me viro, vendo Lauren ir até o meio-fio em sua motocicleta. Eu suspiro, meus ombros caem drasticamente. Eu nem sei se estou mais chateada.
Esgotamento mental tomou conta de mim. Mas eu sei que eu estou grata por Simon já ter deixado o prédio.
Ela tira o capacete, salta de sua moto e se aproxima de mim, parecendo que ela teve um dia perfeitamente normal. Sinto-me derrotada quando eu olho para ela.
— Bom dia no trabalho? — Ela pergunta.

Eu pasmo. Ela é tão irônica.
— Não realmente. — Eu respondo em uma carranca, o meu tom cheio de sarcasmo.

Ela me observa por um tempo, mordendo seu lábio inferior, as engrenagens entrando em ação.
Espero que ela esteja pensando em como ela não tem sido razoável.
— Posso fazer melhor? — Ela pergunta quando chega e pega o meu braço e desliza a mão quente para baixo, até que ela está apertando a minha mão.

— Eu não sei, pode?

— Eu, definitivamente, acho que posso. — Ela sorri, e eu relaxo a minha cabeça. — Eu vou sempre fazer melhor, lembre-se disso. — Acrescenta ela, confiante.

Eu me dou uma virada de cabeça de repente, para olhar para ela.
— Mas você fez merda, em primeiro lugar!

Ela faz beicinho, baixando a cabeça. Eu acho que ela tem vergonha. Bom. Ela deveria ter.
— Eu não posso ajudá-la. — Ela dá de ombros, culpada.

—É claro que você pode! — Eu reclamo.

— Não, com você, eu não posso ajudá-la, — ela afirma, num tom casual, um tom que sugere que ela aceitou completamente. Eu, no entanto, nunca a aceitarei. — Venha aqui. — Ela me puxa para a sua moto e entrega-me uma bolsa de papel grande.

— O que é isso? — Eu pergunto, olhando para a bolsa.

— Você vai precisar deles. — Ela abre a bolsa e pega uma pilha de produtos de couro preto.

Oh, não!
— Laur, eu não vou aceitar essas coisas.

Ela me ignora, desdobrando as calças e de joelhos diante de mim, segurando-os abertas para eu entrar. Ela bate no meu tornozelo.
— Vamos.

— Não! — Ela pode me dar uma foda pra me dar razão a ela ou a contagem regressiva, tudo o que ela gosta - isso não vai acontecer. De jeito nenhum. O inferno vai congelar.

Ela acabou com todo o meu dia, e agora ela quer me colocar nessa armadilha mortal?
Ela solta um suspiro cansada e se levanta.
— Ouça-me, baby. — Ela acaricia minha bochecha com a palma da mão. — Você, honestamente, acha que eu iria deixar algo acontecer com você?

Eu olho para os olhos suaves, claramente tentando me tranquilizar. Não, eu não acho que ela iria deixar algo acontecer a mim, mas o que dizer de todos os outros motoristas da estrada?
Eles não dão a mínima para motociclistas que usam essa arma mortal. Eu vou cair, eu sei disso.
— Essas coisas me assustam. — Eu admito. Estou choramingando como um bebê.

Ela se abaixa, ficando cara a cara comigo, seu hálito de menta me acalmando.
— Você confia em mim?

— Sim. — Eu respondo de imediato. Eu confio nela com a minha vida. É a minha sanidade.

Ela balança a cabeça, soltando um beijo na ponta do meu nariz na volta, antes de se ajoelhar na minha frente. Eu levanto o meu pé, quando ela bate no meu tornozelo, meu coração acelera com nervosismo quando ela remove minhas sapatilhas, pega meus pés e coloca nas calças, puxando o couro pelo meu corpo, fechando-o rapidamente. Em seguida, ela pega uma jaqueta de couro equipada, pega a minha bolsa, antes de colocar o casaco sobre mim, seguido por um par de botas.
— Prenda o seu cabelo. — Ela ordena, colocando meu discutido vestido novo na minha enorme bolsa de trabalho. Estou surpresa que ela não o jogou ao chão e passou por cima dele.

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