Capítulo 13

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Acordei e vi pela janela que o céu estava bem nublado,mais tarde vai cair uma chuva pesada. Brahms dormia sereno,olhei pra o lado e percebi que sua máscara estava na mesinha perto da cama. Fico feliz por não o ver usando ela sempre.

Me levantei e apenas escovei os dentes antes de trocar de roupa,não me sentia muito disposta para tomar um banho hoje. Como sempre,desci para a cozinha e comecei a preparar o café da manhã. Fiz tudo bem simples,algumas panquecas e suco natural de laranja.

Me sentei pra comer e vi Brahms parado na batente da porta coçando seus olhos,com cara de sono.

Anna - Dormiu bem?

Brahms - Dormi sim,e você?

Anna - Dormi tão bem como uma pedra.*falei sem humor*

O moreno colocou algumas panquecas no prato e em seguida se sentou ao meu lado,perguntando preucupado:

Brahms - Tudo bem? Você parece sem ânimo.

Anna - Estou bem,acho que quando terminar o café fico mais disposta.

É claro que não estava bem e o pior é que eu nem sabia o motivo,apenas acordei desanimada e com vontade de ficar sem fazer nada. Oque não será o caso,tenho muitas coisas pra arrumar.

Terminei de comer e comecei a lavar as louças que estavam na pia,eram as de ontem e as de agora. Enquanto lavava e tinha a mente tomada por pensamentos vagos pude ouvir Brahms me perguntar com sua voz grossa mas ao mesmo tempo o tom estava bem fraco:

Brahms - Você limpou as armadilhas?

Anna - Que armadilhas?!*confusa*

Brahms - As ratoeiras que tem atrás da casa. Não te falaram pra fazer isso?

Anna - Na verdade me falaram sim,mas eu acabei me esquecendo. Assim que terminar aqui,vou limpá-las.

Brahms - Quer ajuda? Você não deve se lembrar onde fica.

Anna - Não precisa,o Sr.Heelshire me mostrou onde era...

Ao escutar o nome de seu pai,Brahms arregalou levemente os olhos mas voltou ao normal rapidamente. Dei de ombros e me virei continuando a lavar a louça,imagino como a relação deles deve ter sido meio estranha.

Terminei de lavar vasilha e antes de sair pra fora para limpar as ratoeiras,subi lá emcima e coloquei uma blusa de frio bem grossa. Não queria sair de casa hoje mas como tá quase chovendo eu tenho que fazer ir agora,posso nem enrolar.

Saí de casa pela porta principal e fui para a sua parte de trás,o que por uma grande obra do destino era exatamente o lugar que ficava a passagem que dias atrás eu estava tentando abrir pra fugir daqui. Mas é irônico não? Agora que estou até que gostando de ficar.

Deixei isso de lado e fui procurar o local que estavam aquelas ratoeiras tão bem escondidas. Pensei que estava chegando perto e que estaria cheio de ratos mortos porque comecei a sentir um odor forte de carniça vindo de um pouco a frente,mas me enganei.

( O capítulo é meio pesado,caso for sensível não leia )

Quando cheguei no lugar vi um rastro de sangue na grama, aparentemente já estava seco mas o odor era realmente bem forte e estava vindo de um lugar mais a frente. Assim que bati meus olhos naquilo,meu coração errou as batidas e ficou muito acelerado.

In the shadow of the doll (Brahms Heelshire) Onde histórias criam vida. Descubra agora