Everyone says I'm getting down to low. Everyone says you just gotta let it go.
Izumi arrumava uma pequena mochila que havia ganhado quando participou de um acampamento de escoteiros. Ela iria à sua primeira "aula" de tiro ao alvo com Itachi. Um dos motivos para ela conhecer a reserva era esse, como a cidade contava com uma vasta floresta, os acampamentos eram quase sempre realizados lá. Ela amarrou os cadarços do all star converse e se olhou no espelho. Estava pronta, segundo sua avaliação.Itachi deslizava os dedos na tela do celular ainda pensativo. Ele já deveria estar na reserva, esperando Izumi. Mas também se negava a ir. Não podia se comprometer numa besteira daquelas, pensava. Aulas de tiro ao alvo para uma garota não estavam no contrato.
Ele puxou o contato e clicou no ligar. Iria cancelar aquela palhaçada, a qual ele nem sabia o porquê de ter concordado. Ele ficou de pé, aguardando que ela atendesse.
- Alô?
Itachi ouvira a voz feminina. Ele tragou em seco e hesitou, havia achado aquele o "alô" mais bonito que já ouviu, logo ficou encabulado com a voz da garota.
- É o Itachi.
Um breve silêncio se instalou, até que Izumi se manifestou.
- Oi Itachi!
Ele balançou a cabeça negativamente devido ao ânimo da garota.
- Olha, eu estou ligando porque...
- Porque você tem que vir pra cá!
- Você já está aí?! – ele perguntou, um pouco alto.
- Sim, eu sou uma aluna pontual – disse segura.
- Droga.
- Que foi?
Itachi passou a mão na testa, retirando alguns fios de cabelo dali. Havia ficado nervoso. Não podia cancelar mais nada e deixar a garota sozinha naquela maldita reserva. Na verdade, ele podia, só não queria ser impiedoso com ela.
- Itachi?? - Do outro lado, Izumi parecia uma criança eufórica para o primeiro dia de aula. – Você vem, não vem?
Ela segurava o celular com força, à espera. Itachi fitava o chão como se estivesse prestes a bater uma falta. Na sua cabeça, era exatamente isso.
- Eu não vou – ele disse devagar.
- O quê?
- Vá pra casa – disse, com mais frieza.
- Mas... Eu já estou aqui – ela disse, triste e desapontada.
- Então só precisa sair daí – cortou ele.
– Eu queria tanto aprender com você... – O tom de Izumi agora era baixo e melancólico.
Aquilo doeu nos ouvidos de Itachi, ou talvez no peito. Ele respirou fundo e, numa tentativa de amenizar a situação, disse:
- Você quer que eu vá aí te buscar? Para levá-la em casa.
- Hã? – fungou ela. – Que palhaçada é essa? – ela reclamou alto. Itachi tirou o aparelho do ouvido e voltou a escutar. – Você acha que eu vou te deixar ter pena de mim? – ela limpava o rosto, enraivecida. – Você é um otário! Vai se foder.
Itachi estreitou os olhos e, em seguida, os arregalou, incrédulo. Não acreditou ter ouvido aquilo. Antes que ele pudesse dizer um "a", Izumi desligou na sua cara. Ele sentiu seu corpo ferver assim que assimilou aqueles xingamentos de novo. Não demorou até que ele saísse do quarto e arrancasse com o Onix da garagem.
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Interno Caos - Itaizu
Fiksi PenggemarIzumi tem dezessete anos e está no seu último ano colegial e não vê a hora de se formar. Quando, num fatídico dia, uma gangue de assaltantes invade a sua escola, ela se vê diante de um deles. O jovem misterioso irá mudar os rumos e os sentidos de se...