VOCÊ NÃO AMA NINGUÉM |Kisaki|

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cê tem uma cara de quem vai foder minha vida
o seu olhar é um caminho sem saída
o seu corpo é uma caminho sem saída.

― Baco exu do blues

Eu estou fudido de ciúmes de você...

Senti o calafrio passear por cada pedaço do meu corpo, juntamente com o frio na barriga. Sei muito bem que não é bom sinal, mas é um sentimento novo, e estou adorando isso. Não é que eu goste de adrenalina, apenas gosto de experimentar coisas novas, então surgiu uma nova curiosidade: qual será a sensação de me envolver com um gângster?

Não sei que parte da minha vida eu perdi, nem quando dei espaço para ele achar que teríamos algo além de uma saída. Não existe razão para ter ciúmes de mim, eu não sou dele. Não posso corresponder a ele. Não quero corresponder. Quero viver minha vida sem me prender a alguém novamente.

Mas não significa que eu não vou me aproveitar da situação um pouquinho.

― Você não pode tá falando sério. - provoquei abrindo o sorriso, isso só o deixou com mais raiva.

― Eu estou falando muito sério [Nome]. - apertou um pouco a mão no meu pescoço.

― Se você tivesse sido sincero comigo desde o começo, então talvez, poderia ter sido você no lugar do seu subordinado. - abri um sorriso. Estou adorando esse jogo. - E agora... o que você vai fazer?

Ele ficou sério, mas não me causou medo, pelo contrário. Kisaki empurrou meu corpo com tudo no sofá, colocou uma de suas pernas entre minhas coxas e continuou com sua mão em volta do meu pescoço. Está começando a incomodar.

― Eu vou fazer você engolir seu sarcasmo - ele sorriu. Os cabelos bagunçados caindo sobre seu rosto o deixava estranhamente sexy. Ele tirou a mão do meu pescoço e passou o polegar pelas marcas que Izana deixou na noite anterior. Aproveitei o momento em que baixou a guarda e empurrei seus ombros, ele caiu no chão e agora eu estou cima dele.

― Você não conseguiria essa proeza tão facilmente. - falei sorrindo enquanto tirava os cabelos do seu rosto.

― Eu consigo sim? - ele está mesmo muito convencido.

― Eu quero ver! - ele me empurrou e me fez cair de costas no chão, mais uma vez. 

Que palhaçada.  

― Eu não gostei dessas marcas. - ele falou passando a ponta dos dedos pelo meu pescoço. Kisaki abriu minhas pernas e ficou no meio delas levantando um pouco meu quadril. Senti ele duro por baixo do tecido da calça, então ele fez questão de pressionar contra mim, e foi inevitável não mexer o quadril. Ele gemeu baixo quando rebolei. - Você me deixa louco. 

Kisaki escorregou as mãos pelas minhas coxas enquanto inclinava o corpo para me beijar, mas ao invés disso ele desceu para meu pescoço e o beijou algumas vezes. Tentei afasta-lo quando o senti sugando minha pele por cima das marcas que izana deixou, deixando ainda mais forte e mais a mostra, como se estivesse marcando território.

Puxei seus cabelos quando senti uma mordida no ombro, não muito forte, mas estava incomodando. Ele me soltou, mas não se deu trabalho de olhar nos meus olhos, e me beijou ao mesmo tempo que apertava minhas coxas. Não reagi em nada, eu só consigo sentir. É como uma explosão de sentimentos bons e ruins. 

Ele desceu as mãos até encontrar a barra do meu short, passou a ponta dos dedos por minha pele, depois desceu até me deixar apenas com a calcinha. Me apoiei nos meus cotovelos enquanto olho ele abrir a própria calça. Ele tirou o membro para fora e o esfregou em mim por cima da calcinha. Quando ele afastou a minha calcinha prestes a me penetrar, escutamos o carro de Shuji chegar.