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[Nome]

Não passou pela minha cabeça que seria tão fácil passar pela recepção desse lugar, mas então lembrei que todos aqui acham que eu sou namorada do chefe, o que me ajuda a tirar um pouco de vantagem nisso. Sem falar que sou irmã do outro chefe, tudo está a meu favor aqui. Eu acho. Mas tirando isso, é bom ser tratada respeitosamente por pessoas que eu nem conheço.

O ambiente onde Kisaki diz trabalhar é enorme, não estou acostumada com esse espaço, nunca andei por aqui sem alguém me guiando, o que significa que me perdi umas duas vezes, tirando o resto de paciência que ainda tinha. Depois de muito bufar, reconheci o elevador que dava acesso a sala no último andar. A sala dele.

Fui correndo em direção a porta de madeira quando o elevador se abriu, e na metade do caminho, saiu de lá um homem de cabelos rosa.

-- Posso ajudá-la? - ele disse tentando entender minha presença ali.

-- Quem é você?

-- Eu que deveria perguntar isso a você. Quem é você? Você não deveria estar aqui. - ele fala e me olha como se eu fosse uma ameaça.

-- Eu só preciso ver o Kisaki.

-- E quem é você pra achar que precisa vê-lo?

Que palhaçada é essa?

-- Eu cansei de ser educada, porra. - agarrei a gola da sua blusa e o empurrei até a parede. - O seu chefe sádico é obcecado por mim e colocou dois homens pra me vigiar ontem a noite. Ou você me fala onde ele tá, ou sua peruca rosa vira meu pano de chão.

Não sei se onde caralhos tirei coragem, mas ele pareceu se divertir.

-- Então é você. - gargalhou. - Vamos começar de novo então. - se soltou com uma facilidade e inverteu nossas posições, colocando minhas mãos na parede em cima da minha cabeça. - Eu não sei onde ele pode estar.

-- Eu não acredito.

-- Não sou eu que tenho a confiança do Kisaki a sete chaves aqui.

-- Do que tá falando?

-- [Nome]... esse é seu nome né? - sorriu - Só tem uma pessoa, nesse lugar que o Kisaki confia vendado e enterrado. E é seu irmãozinho. Então, se nem mesmo Hanma sabe onde ele está, significa que ele não quer ser encontrado. Deu pra entender? - ele me solta brutalmente e eu aliso os pulsos.

-- Você é um pé no saco... - suspiro - Ele deu alguma pista de onde iria?

-- De onde iria torturar os irmãozinhos? - soltou sugestivo - Não. Ele não deu.

-- Você está mentindo. 

-- Você não pode fazer nada garota. - levantou a voz. - se aparecer lá, ele mata você também. Não estou preocupado com você, estou preocupado comigo se ele souber que eu te falei. 

-- Então você sabe onde ele está.

-- Sei. Mas não vou dizer. 

-- Acho bom você falar Sanzu...- Shuji aparece no corredor e uma onda de alívio toma conta de mim. - Você não quer que eu faça você falar, quer?

VOCÊ NÃO AMA NINGUÉM |Kisaki|Onde histórias criam vida. Descubra agora