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[Ran Haitani]

-- Por que concordei com essa merda? Agora preciso frequentar lugares que não suporto. - falo enquanto encaro a porta do estabelecimento onde entraríamos.

-- Para de reclamar idiota. Pensa no que vamos ganhar quando isso acabar. - meu irmão fala ao meu lado.

-- Isso não vai acabar Rindou. Não tão rápido. Quando Kisaki quer algo, ele faz até o que estiver fora do seu alcance pra conseguir. - encostei no banco e deixei o corpo relaxar. Eu já estava tenso, imaginando o que aconteceria se Hanma descobrisse que estamos seguindo sua irmã tão amada.

-- Não é bem assim. Ela é só alguém que ele quer no momento, daqui a pouco passa. Conhecendo bem Kisaki, ele não é de passar tanto tempo com alguém. - Rindou fala fazendo pouco caso, como sempre.

-- Não significa que ele não seja obcecado. Esqueceu da história com a Tachibana.

-- Mas ela saiu viva, não foi?

-- Por pouco ela sobreviveu. - aproximei do meu irmão e apontei o dedo indicador no seu rosto. - E você fique longe dessa garota. O máximo possível. Não quero mais problemas do que já temos.

-- Não vou te prometer nada. - ele debocha.

Acho que comecei a me arrepender de ter aceitado e caído na lábia de Kisaki, principalmente quando meu parceiro é Rindou. Não gosto dos lugares que precisarei frequentar, não é o tipo de buraco que eu me meto quando quero me divertir.

Tudo que eu precisava agora, era de um cigarro, um vinho, uma banheira e uma boa mulher para passar a noite. Mas infelizmente estou sendo obrigado a vigiar uma pessoa que sequer conheço.

Olho para a porta novamente, onde todos estão entrando, quando finalmente a vejo chegar. Ela desce de uma moto, está com um cara de cabelos loiros. Ela não o espera para entrar e some da minha vista em questão de segundos.

-- Vamos Rindou. Ela chegou.

[Nome]

Por alguma razão estou mais animada que o normal para essa festa, sinto que algo de bom vai acontecer. E sinceramente quero aproveitar cada segundo da noite de hoje.

Lights down low, começou a toca, mas não paro de procurar por algum rosto conhecido que não seja Chifuyu que já entrou comigo. Vejo alguns conhecidos, mas é bem fácil perdê-los de vista por conta da quantidade de pessoas aglomeradas no mesmo lugar.

-- Vê se não se perde - Fuyu fala ao meu lado.

-- Não se preocupe comigo.

Nos separamos e eu comecei a andar sozinha. A música é envolvente, então começo a dançar sozinha. Mesmo sóbria estou cheia de energia.

Senti alguém segurando minha cintura e abraçando meu corpo por trás. Eu estava pronta para tirá-lo de perto de mim, quando vi que era Baji, senti alívio no mesmo segundo.

-- Não faça isso Keisuke.

-- Desculpe se te assustei. - ele riu e eu virei de frente para ele.

-- Não é assim que se chega em alguém. - passei as mãos por cima dos seus ombros, e ficamos ali parados no meio da multidão.

-- Eu sei, mas não aguentei quando vi você. - cínico.

Reviro os olhos e viro a cabeça para o lado, e algo me interessou. Ou alguém. Avistei de longe um homem alto, seu cabelo é um tom de preto com alguns roxos, cara fechada não parecendo gostar muito daqui, mas não deixa de ser atraente e chamar bastante atenção. Atrás dele tem outro, deduzi que estão juntos, ele tem a mesma cor de cabelo, mas seus cabelos são longos. Apesar de serem igualmente bonitos, apenas o primeiro despertou mais o meu interesse.

VOCÊ NÃO AMA NINGUÉM |Kisaki|Onde histórias criam vida. Descubra agora