CAPÍTULO 11

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O tempo passou e logo se foram duas semanas, os dias estavam cada vez mais quentes.

Era agradável, mas também era incômodo, principalmente viajar debaixo do sol todos os dias.

Como Durgan não podia ficar doente, resolvemos voltar de carruagem, o que fez as duas semana se tornarem três.

E na semana em que voltamos, o filho do zelador da mansão dos vinhedos também voltou.

Em uma das noites, enquanto ele caminhava perto da mansão, ele viu Maya sentada na mureta olhando as estrelas e a lua cheia.

Como os dias estavam ficando mais quentes, Maya usava vestidos de dormir de seda, mais leves e soltos.

Com seus cabelos negros soltos e sua pele clara banhada pela luz do luar, ela parecia um espectro das deusas.

Roney imediatamente se encantou com ela e decidiu erroneamente que possuiria Maya.

A essa altura, eu já estava nos domínios de Kíra.

Voltamos aos cavalos assim que passamos pelos portões da cidade de Marin.

Durgan estava ansioso por voltar para Melina, e eu estava ansioso para chegar em casa e encontrar Maya novamente.

Foi nessa viagem que eu percebi a minha necessidade de estar com ela, era como se os dias se tornassem anos e as horas se transformassem em meses.

Era tão repentino para mim sentir algo daquela magnitude por ela, que estive pensativo e um pouco assustado a viagem toda, não apenas pelos meus sentimentos, mas pelos dela também.

Assim que Roney voltou a casa dos vinhedos, foi mandado avisar a ele que podia fazer o que desejasse com a mulher que estava na casa dos patrões, de acordo com o que Lauren tinha lhe mandado dizer, Maya era uma concubina que havia me traído e fora banida para a mansão dos vinhedos.

Na manhã em que eu cheguei em casa, ele entrou em ação, Maya estava no jardim interno da mansão dos vinhedos, lendo um livro de poemas, enquanto Lala estava no tapete, com as mãos e a cabeça apoiadas no divã em que Maya estava, olhando para ela com adoração, enquanto ela lia.

Ela estava usando uma túnica azul turquesa de cetim, que ficava folgada em seu corpo, tinha manga curta e botões na frente, com duas fendas laterais que se abriam a partir dos joelhos.

Os cabelos estavam presos em um coque elaborado, com exceção de duas mechas que jaziam nas laterais de seu rosto, um grande broche de delicadas flores azuis se destacava na frente do coque e de suas orelhas pendiam brincos pequenos de safira.

Ela estava linda naquela manhã.

— Lala, está gostando? Ela perguntou.

— Sim, são muito bonitos. A jovenzinha respondeu e suspirou.

Maya gargalhou baixo e continuou a leitura, até que Roney se aproximou.

— Então você é a nova moradora da mansão. Ele falou olhando para ela.

Maya se levantou e se afastou com Lala.

— Como você ousa se dirigir a vossa graça desse jeito? Lala perguntou.

— Vossa graça? Ele perguntou.

— Isso mesmo. Lala falou.

Ele sorriu com malícia e olhou Maya de cima a baixo.

— Disseram que a nova esposa do duque era bonita, mas eu não imaginava que era tanto. Ele falou e sorriu.

— É melhor o senhor se retirar, meu marido é ciumento e não gosta que ninguém se aproxime de suas esposas. Ela falou para ele.

A Esposa Do Duque Onde histórias criam vida. Descubra agora