CAPÍTULO 18

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Depois dos meus dias em casa, eu parti relutante para Rezerá.

Um dia antes de sair de viagem, eu me senti um pouco apreensivo, eu não sabia bem o porquê.

— Meu senhor está pensativo. Escutei a voz dela.

— Estou com uma sensação desagradável. Falei para ela.

Um sorriso se desenhou em seu rosto.

— Deve ser saudade. Ela falou.

Sorri para ela.

— Seja cuidadosa. Falei.

— Eu serei. Ela disse e eu montei o meu cavalo.

Encontrei Durgan à frente do palácio da prefeitura.

— Pronto? Perguntei para ele.

— Se você estiver. Ele disse.

— Então vamos. Falei e aticei o cavalo.

Um momento, um único momento de descuido e as coisas saem do controle.

Foi o que aconteceu naqueles dias em que estávamos em Rezerá.

Mas antes de falar do reino, vamos falar de Rezerá.

Um território vasto ao norte do reino.

Ali estavam os povos primitivos, os primeiros habitantes da terra.

Quando o reino de Kíra foi estabelecido, o rei respeitou o espaço dos povos de Rezerá e não se intrometeu no modo como eles viviam, mas quando o rei Sadrack subiu ao trono, houve uma grande conspiração contra o líder do clã real de Rezerá que vivia nessa época independente do reino de Kíra, foi quando o rei mandou as tropas para a região e lutou pelo poder do líder do clã, daquele dia em diante ninguém mais ousou questionar a supremacia do clã real, os laços entre eles foi forte e sólido, e depois sem qualquer repressão da parte do rei, eles passaram a pagar tributo a Kíra.

O rei sem demora colocou um regente em Rezerá, durante os anos que se seguiram, os administradores foram leais, mas depois da morte do último, foram subsequentes os rombos na administração do lugar.

Por isso Durgan estava querendo ir ver.

Ele queria saber se o administrador estava desviando, ou se o povo estava sem confiança no reinado dele.

A viagem de Marin para Rezerá era de um mês, em uma carruagem, como estávamos indo a cavalo, chegaríamos a cidade dez dias antes de completar um mês.

Eu agradeço muito o meu instinto, ele nunca falhou durante todos esses anos.

Pelo presentimento ruim que eu estava tendo, eu decidi levar toda a guarda secreta.

Um batalhão inteiro de cavalaria.

E enquanto seguiamos caminho para Rezerá, Oniel iniciou seus movimentos.

Se tinha algo que eu admirava nele, era a paciência.

Ele não tinha pressa de nada, para ele bastava que seus planos fossem perfeitos e tudo sairia bem.

Ele contava muito com a paixão desenfreada que o irmão dele sentia por Maya.

Ele usaria isso a seu favor.

Se o reino não seria tomado diretamente por ele, então ele faria outra pessoa fazer o trabalho.

Quem melhor que o irmão?

Ele usaria ele até o momento em que ele fosse liberto.

Como eu disse antes, eu nunca considerei o Amadeu alguém digno de confiança.

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