CAPÍTULO 16

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Quando entramos na carruagem na semana seguinte para ir a casa de Durgan, ela parecia animada.

— A Regina está bem melhor agora, meu senhor não acha? Ela perguntou.

— Está. Concordei.

Eu não queria falar mais sobre o assunto, porque eu estava aborrecido pelo fato de estar quase na certeza de que Lauren queria dar cabo da vida da minha filha.

E o fato de eu não saber que Regina tinha alergia me deixou ainda mais aborrecido.

Eu tinha negligenciado minha filha desde o nascimento.

Respirei fundo e alisei minha túnica.

— Meu senhor está bem? Ela perguntou.

— Estou bem. Falei para ela.

Naquele período eu passei a ser mais diligente com a minha família, ela tinha aberto meus olhos para algo que eu não me dei conta antes.

Era como abrir os olhos pela primeira vez e perceber que o caminho estava sendo errado.

A carruagem parou e Stefan abriu a porta.

Eu desci e ajudei ela a descer.

O vestido que ela usava, era vermelho e branco, com mangas longas e decote quadrado.

Ela ficava muito bem de vermelho.

Seus cabelos estavam presos em um coque alto com um único alfinete de ouro enfiado nele.

Nós entramos na loja de tecidos e a moça que estava na entrada fez uma reverência.

— A senhora está esperando lá atrás. Ela falou.

— Obrigada. Maya disse para ela.

Aquela noite seria crucial para iniciar nossa jornada de conhecimento um do outro.

Eu sabia quem eu era, mas eu não tinha conhecimento ainda da proporção do meu ciúme, isso porque eu nunca tinha amado alguém como eu amava ela.

A paixão avassaladora que tinha inflamado meu coração por Tilan, nunca me deixou da maneira que eu fiquei naquela noite.

Antes de alcançar o salão pequeno da casa que ficava atrás da loja, Durgan veio me encontrar no meio do caminho.

— Venha comigo pegar mais vinho. Ele disse e me arrastou com ele pelo corredor da direita que levava a casa.

Depois que entramos na adega fria, ele olhou para mim.

Franzi as sobrancelhas e cruzei os braços.

— Você pode falar o que quer. Falei para ele.

Ele suspirou.

— O Amadeu está aqui. Ele falou.

Senti meu sangue esfriar.

As coisas entre nós já não estavam boas.

— Por que você não me falou antes? Perguntei para ele.

— Se eu contasse a Mel ficaria aborrecida e isso não faria bem a ela. Ele respondeu.

Respirei fundo.

Naquela época, eu pensei ser capaz de suportar aquela noite, mas no final, eu compreendi que eu de fato era alguém perigoso demais para ser provocado, ainda que fosse de uma forma não intencionada.

— Vamos levar o vinho, eu não quero sofrer por antecipação. Falei para ele.

Nós pegamos cada um dois jarros de vinho e levamos para o salão que ficava atrás da casa dos dois.

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