Capítulo 29 - Tempestade parte 2

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- Sei... Não só a cobra né - Ele sorriu ironicamente e voltamos juntos para a sala de apresentações.

Jade

- Nossa, onde vocês foram buscar essas velas? - Perguntou Sikowitz - Demoraram uma eternidade. - Finalizou.

- Estava difícil de achar - Disse Tori.

- É estava muito bem escondidas - André finalizou sorrindo.

- Vamos espalhar as velas pela sala - Disse Beck.

E assim foi feito, espalhamos as velas por todos os lados iluminando bem o local.

- Perfeito - Disse Sikowitz.

- Ei gente, alguém viu a Cat? - Perguntou Robbie.

- Ei... verdade... a ruivinha sumiu - Disse André.

- Cat? - Chamamos por ela, mas não tivemos respostas.

Nos encaramos e rapidamente demonstramos preocupação.

- Oh Cat... o que você está aprontando? - Perguntou Tori, soltando alto o seu pensamento.

- A última vez que eu a vi, foi na hora que alguém a chamou e ela levantou. - Disse Beck.

- E vocês viram quem foi que a chamou? - Perguntei.

- Não - Responderam todos em sincronia.

- A voz era feminina ou masculina? - Perguntou Tori

- Tenho quase certeza que era feminina - Disse Robbie.

- Bom, não podemos ficar aqui no achismo, precisamos encontrá-la. - Finalizei.

- Certo, vamos ir atrás dela então. - Disse Tori.

- Acho que na sala do zelador tem lanternas, nós podemos usar para nos guiar no caminho. - Robbie disse.

- Finalmente algo inteligente vindo de você. - Falei num tom perverso, fazendo Tori me encarar e movimentar a cabeça em sinal de negação.

- Que foi agora? - Perguntei a ela.

- Você não precisa ser ruim o tempo todo - Ela sorriu demonstrando sarcasmo.

- Vamos, meninas, precisamos encontrar a Cat. - Disse Beck assumindo a liderança.

Andamos praticamente a escola toda e não encontramos ela.

- Parece que ela foi embora, alguém já tentou ligar? - Disse Beck.

- Eu tentei, mas caiu na caixa de mensagens. - Respondi.

- Vamos voltar pra sala de apresentações e esperar a tempestade acalmar, assim que passar a gente vai até a casa dela. - Finalizou Beck.

Quando chegamos na sala, Cat estava encostada na parede mexendo no celular.

- Ei, onde você estava? - Perguntei preparada pra atacar.

- Eu estava procurando você e a Tori - Respondeu.

- Cat, não seja cínica, nós te procuramos na escola inteira.

- Eu fui procurar vocês, não achei e então voltei pra cá.

- E por que não atendeu o telefone? - Tori perguntou aparentemente irritada também.

- Porque eu estou sem sinal.

- CAT, CHEGA! EU NÃO VOU FICAR PARADO AQUI VENDO VOCÊ MENTIR TODAS AS VEZES QUE A GENTE PERGUNTAR SE VOCÊ ESTÁ BEM! - Robbie gritou fazendo todos que estavam no local olhar em sua direção.

- O que está acontecendo aqui? - perguntou Din, interrompendo a discussão.

- Nada que te diz  respeito - Respondeu André arrogantemente.

- O que você disse? - Perguntou Din.

- É isso mesmo que você ouviu! Não se meta aonde não foi chamado.

- Quem você pensa que é? Você só está nesse filme por causa de mim!

- E o que você vai fazer? Vai me tirar do filme? Vai regravar todas as cenas sem eu?

- Não, mas lembrarei de você, André Harris. Eu tenho total influência dentro do mundo da dramaturgia.

- Eu não tenho medo de você.

- Mas deveria.

A sala inteira estava em silêncio, todos os olhares estavam focados na discussão, inclusive o de Sikowitz que apenas tomava a água de coco, enquanto observava tudo.

- Ei, cara, que isso? Segura a onda ai - Falou Beck tentando acalmar André que estava muito nervoso.

- Segura a onda ai? Qual é gente, não possível que vocês não achem esse cara estranho... Vocês já perceberam o fetiche que ele tem por pés?

- Desculpa, o que ? - Perguntou Din.

- É isso mesmo cara, você tem um fetiche estranho por pés. Você sempre quer que as pessoas estejam descalço durante as gravações... Eu não gosto de você!

- Você vai se arrepender dessas coisas - Respondeu Din, num tom ameaçador.

Antes que André pudesse responder, Sikowitz interrompeu.

- André, chega! Por favor, não crie caos. Din, peço desculpa pela situação, não tenho palavras pra isso.

- A culpa não foi sua, seus alunos me surpreenderam positivamente na atuação, e apesar dos apesares, vamos terminar o filme... Bom, acho que a tempestade passou, preciso ir embora.. Ah, amanhã, sábado, começaremos a gravação às 14h e vamos seguir até a noite.

Todos fizeram cara de desânimo, afinal, ninguém queria passar o sábado a noite na escola.

De pouco em pouco, todos foram saindo da sala, restando apenas o nosso grupo.

- Ei, vamos pra minha casa? podemos conversar lá, o que acham? - Tori falou, olhando para todos.

- Acho que é uma boa ideia, há coisas que precisam ser esclarecidas. - Beck respondeu demonstrando irritação.

Todos consentimos, apagamos as velas e fomos em direção a casa de Tori.

Beck, André e Robbie foram no mesmo carro, enquanto eu, Tori e Cat seguimos no meu.

Jori - Quando tudo começou (Where it all began)Onde histórias criam vida. Descubra agora