Capítulo 34 - Perguntas sem respostas

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Assim se fez, voltamos em silêncio, todos muito pensativos. Chegamos em casa e contamos tudo a Robbie e André que demonstraram a mesma reação minha, de Jade e de Beck. 

Jade

Minha cabeça explodia de dor, aquela história era uma incógnita que eu precisava decifrar.

- Me dê um notebook, por favor. - Falei.

Tori subiu rapidamente até seu quarto e me trouxe um notebook rosa, tentei não julgar.

- Qual é o plano? - Beck perguntou.

- Vou procurar a Scarlet Smith.

- Já fizemos isso - Respondeu Robbie.

- Vocês são amadores... Além do mais, eu sou mulher.

- E o que que tem? - Questionou André aparentemente confuso.

- Quando as mulheres querem descobrir uma coisa, descobrem dez.

- Isso é verdade - Beck disse me encarando, percebi que Tori ficou um pouco desconfortável, mas continuei.

Entrei primeiro nas redes sociais da Cat e pesquisei pela Scarlet, não achei nada. Procurei seu nome no navegador, porém, ainda sem sucesso.

- Não há nenhuma Scarlet Smith em Los Angeles. Nos resultados só aparece a Scarlett Johansson.

- A viúva negra? - Perguntou André.

- Sim - Respondi, encarando fixamente a tela do notebook.

- O que vamos fazer? - Disse Robbie aparentemente sem esperanças.

- Vamos seguir a Cat novamente, é muito provável que ela se encontre com a mulher misteriosa de novo, é ai que iremos tirar uma foto das duas - Respondi.

- No que isso vai ajudar? - Perguntou André.

- Tem uma opção no navegador que dá para pesquisar uma pessoa através de foto. - Disse Beck, sacando o plano.

- Exatamente! Aquela mulher pode ser a Scarlet, mas se não for, podemos usar a foto pra encontrar respostas.

- Tá bom... Vocês querem fazer isso hoje? - Perguntou Tori.

- Não, vamos fazer amanhã, depois da gravação. - Respondi.

- Combinado - Todos responderam em sincronia.

Instantaneamente, levantaram e foram embora, permanecendo somente Tori e eu.

- Ei, vai dar tudo certo. - Ela me abraçou.

- Eu sei - Retribuí o abraço.

- Me diz algo que te faça sorrir - Perguntou ela.

- Hum... Neste momento uma comprimido para dor de cabeça.

Ela sorriu e se levantou para pegar o remédio.

- Quer dormir aqui hoje? - Perguntou.

- Quero, tudo bem pra você?

- Claro - Disse enquanto me trazia o remédio e um copo d'agua.

Esquentamos uma pizza que tinha em sua geladeira, logo subimos até seu quarto, tomamos banho e nos deitamos.

Eu a abracei sentindo o calor de seu corpo que naquele momento era o meu melhor refúgio.

- Eu te amo - Ela disse. Senti um arrepio correr pelo meu corpo.

- Eu também te amo - Respondi corando.

Deitei sob seu peito e senti seu coração acelerado. Apesar de tudo, quando eu estava junto á ela, era como se eu esquecesse de todos os meu problemas. Meu peito se inundava por um sentimento de paz.

Naquela noite, eu não precisava de sexo, nem de nada do tipo, somente daquele abraço e das três palavras que me derreteram por dentro.

~ Triiiiin ~

Eu odiava o despertador da Tori, era tão alto e forte.

- Bom dia - Disse ela com voz rouca.

- Bom dia - Respondi sorrindo sem mostrar meus dentes. Ela se aproximou e me deu um selinho.

- Sua dor de cabeça melhorou? - Perguntou.

- Sim, estou pronta pra desvendar o caso da Cat - Sorri.

Levantamos e nos arrumamos, fomos em direção ao colégio. 

- E ai ? - Falou André enquanto eu e Tori entravámos na sala.

- Oi Cat - Falei ignorando André.

- Ah oi - Respondeu tentando parecer normal.

Sentei ao seu lado e logo Sikowitz entrou na sala jogando sua bolsa no chão e começando a aula enfim. O tema da aula era Expressão Artística e Comunicação Humana, dando continuidade ao que já tínhamos visto anteriormente.

Deu o horário do intervalo, seguimos até a cantina como de costume. Cat estava junto, percebi que ela estava tentando forçar um diálogo mesmo não querendo.

Após o horário do almoço, seguimos em direção a sala de apresentações e continuamos a gravação do filme. Os americanos ainda estavam tentando se livrar da culpa pela a morte do Burke.

A gravação acabou. Cat foi a primeira a ir embora. Nos arrumamos rapidamente e seguimos a garota. Ela entrou em sua casa e por lá permaneceu exatos  30 minutos até sair novamente pelas portas do fundo e ir em direção a rua de trás. Dessa vez, ela estava desconfiada, pois em diversos momentos, ela parava no meio da rua e olhava ao redor tentando perceber alguma movimentação. Mas dessa vez estávamos mais cuidadosos e discretos. Foi então que ela entrou novamente naquele carro escuro. Ficou um tempo lá dentro e logo em seguida partiram.

O carro acelerou bruscamente, como se tivesse percebido nossa movimentação, tudo bem, dessa vez não precisavamos segui-las. 

Elas achavam que estavam em vantagem, mas não esperavam que Robbie estivesse escondido atrás de uma árvore de frente para o carro. Seu disfarce permitiu que ele fotografasse a tal Scarlet Smith. Demos a volta no quarteirão e pegamos o garoto, partimos então em direção a casa de Tori. Finalmente íriamos descobrir quem era aquela garota e o que ela queria com a Cat.

Jori - Quando tudo começou (Where it all began)Onde histórias criam vida. Descubra agora