Capítulo 28

311 31 66
                                    

POV CHRISTOPHER

Dulce estava bem apreensiva com a visita ao orfanato e eu estava tentando passar confiança para ela, mas parece que as coisas seriam ainda mais estressantes. Dulce tinha vomitado de nervosismos e a faxineira estava limpando, mas as coisas saíram do controle quando vimos quem era essa pessoa que estava limpando. Estou sem saber o que dizer, Belinda está em nossa frente e eu só consigo ficar ainda mais preocupado com a Dulce, ela já estava nervosa de estar ali e agora essa situação, eu não sei como as coisas vão ser e como ela irá lidar com isso.

Belinda: Vocês estão juntos? - Ela pergunta de forma debochada, se levantando.

Christopher: Esse assunto não tem nada haver com você. - Falo sério, não quero papo com ela.

Belinda: Ora, Ratinha, você caiu na lábia dele? Deixa eu te avisar, quando ele estava comigo ele me tratava super mal, me batia. - Eu interrompi, aquela mulher estava louca.

Christopher: Cala a sua boca, você que me enganou, agora não vem se fazer de vítima e tentar colocar a Dulce contra mim. - Falei ainda mais sério e ela arregalou os olhos.

Belinda: Você a ama? Passamos anos juntos e você nunca me defendeu assim, o que você viu nela? Como você pode amá-la? Como amar uma órfã, feia, ruiva e covarde que foge como uma ratinha

Dulce: JÁ CHEGA! - Minha namorada dá um grito que acaba nos assustando.

POV DULCE

Eu estava nervosa com esse reencontro, não esperava encontrar com ela novamente principalmente nesse lugar, desde o meu desmaio no nosso último encontro eu decidi que não iria mais deixar ela fazer mal pra mim e iria encarar o meu medo, não posso mais ficar fugindo e aquela discussão dela com o Christopher estava me deixando ainda mais nervosa, então resolvi gritar para ver se eles paravam e isso deu certo.

Dulce: Eu sinto muito pelo seu passado. Eu sinto muito pelos seus pais, eu sinto muito pela sua vida, Belinda. Sabe que durante todo esse tempo eu me sentia mal, você me fez acreditar que eu nunca seria amada, você me fez acreditar que eu não era capaz de conquistar as coisas, passei anos realmente acreditando nisso. Passei anos chorando quando me olhava no espelho, senti pena de mim, quase joguei todos os meus sonhos e vontades para o alto, por não acreditar em mim mesma. Quando eu saí daqui eu consegui fazer amigos que são como irmãos para mim, eles fazem absolutamente tudo para me ver feliz, através deles eu pude me sentir querida, com essa amizade eu percebi que jamais eu estaria sozinha, pois eu era amada por eles. Depois de um tempo eu conheci o Christopher e fiquei encantada por ele, mas a insegurança sempre me dominou e demorou para que eu pudesse aceitar o amor dele por medo não merecer esse sentimento, mas me permitir viver esse amor e hoje estou extremamente feliz com o meu namorado e amigos, além de ter conseguido alcançar o meu sucesso profissional e sabe o que eu percebo hoje? - Faço a pergunta, ela não me responde e fica apenas me olhando. - Perdeu a fala agora? - Levanto um pouco o tom de minha voz. - Não era você que sempre gostou de me humilhar? Bom, eu te respondo. Você sempre quis descontar em mim as suas suas frustrações, você nunca foi amada e queria que eu não fosse e quanto a minha aparência, você sempre quis me colocar a minha auto-estima lá em baixo para você se sentir bem e superior, mas a aparência não é tudo, ela pode ser comprada com plásticas e procedimentos estéticos. - Suspiro e continuo. - O que importa mesmo é o interior. A aparência um dia pode mudar, um dia a gente envelhece e o que é bonito hoje, amanhã não será mais, o que vale mesmo é quem nós somos de verdade e você é podre, toda essa beleza não te serviu de nada. No final quem acabou sozinha e sem amor foi você. Você é feliz? - Dou um sorriso vitorioso. - Tenho certeza que não é! Do que adiantou tudo o que você fez? Vai terminar a sua vida aqui e sozinha, enquanto eu serei muito amada e feliz. - Termino de falar e apenas sai de lá. Respirei fundo e comecei a ir em direção a sala da diretora, não conheço a atual diretora do orfanato, pelo o que o Christopher havia me contato quando nos conhecemos a avó da Belinda havia falecido, mas estava pronta para encarar mais uma luta.

POV CHRISTOPHER

Eu estava chocada com as palavras da Dulce, sei que pra ela foi difícil, mas estava feliz por ela ter encarado a Belinda de frente, ela saiu e eu logo corri para acompanhá-la, entramos na sala da diretora, explicamos a situação e logo eles nos informaram que a Dulce tinha sido abandonada com 6 meses e e que seus pais haviam falecido em um acidente, eles não tinham muitos detalhes de como ela foi parar lá. Minha namorada começou a chorar desesperadamente e eu fui buscar um pouco de água para ela, estava me sentindo um pouco culpado por ter dado a ideia de ter vindo até aqui. Saímos da sala dela e caminhamos para fora do orfanato e nos deparamos com a Belinda novamente, logo ela percebeu que a Dulce não estava bem.

Belinda: Eu sabia que você não estava cheia de si... Cadê a mulher que estava me dando uma lição de moral minutos atrás? - Não deu tempo de segura minha namorada, ela caminhou até a Belinda e deu um tampa dela, deixando o rosto dela marcado, depois ela voltou até mim, escondeu o rosto no meu peito e começou a chorar ainda mais, até que uma viatura para em frente ao orfanato.

Policial: Boa tarde, senhores e senhoras. - Logo a diretora aparece do lado de fora para entender a confusão.

Xxxxx: Boa tarde!

Policial: Bom recebemos uma denúncia anônima que uma faxineira nesse orfanato estava batendo e maus-tratos as crianças. Temos uma ordem de prisão para a Senhora Belinda. - Belinda até tentou correr, mas não conseguiu, ela foi algemada em nossa frente e levada para dentro do carro da polícia.

Dulce: Me tira daqui. - Apoiei minha mão na base de sua coluna e a direcionei para o carro e fomos embora em silêncio, foram muitas emoções para um dia só.

----CAPÍTULO 28----

Bom dia! Gostaram do capítulo?

Vou tentar voltar com mais um no final da tarde.
❤️Comentem e deixem seu voto!❤️

Desacreditada do Amor - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora