Capítulo 87

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POV CHRISTOPHER


Mais dois meses se passaram e não tivemos notícias do meu pai e do meu avô, já estávamos desistindo das buscas e vivendo um pouco menos tensos. Belinda estava na mesma, não apresentava melhora e nem piora, mas a minha mãe pagou uma viagem para ela e ela ficaria um tempo afastada, eu tinha medo no que essa viagem poderia resultar.

Christopher: Você tem certeza que quer ir, amor? - Estávamos prestes a sair para um piquenique no parque com os nossos amigos e as crianças, mas a Dulce estava no seu sétimo mês de gestação, ela estava sentindo algumas dores nesses dias e a probabilidade das meninas nasceram prematuras era grande e eu não queria que ela saísse de casa para evitar mais dores.

Dulce: Eu já disse mais de mil vezes que eu estou bem, amor! - Ela se aproxima e acaricia o meu rosto. - Vai ser bom para se distrair um pouco e a Júlia brincar também.

Christopher: Tudo bem, mas qualquer coisa me avisa e corremos para o hospital. - Lhe dou um selinho. - Júlia, vamos!! - Ele grita e a nossa pequena surge correndo.

Júlia: Vamos, vamos! - Ela diz animada e saímos de casa em direção ao parque, chegando lá encontramos o pessoal, ajudo a Dulce sentar na grama e me sento atrás dela para que ela possa se apoiar em mim.

Christian: Você poderia fazer isso? - Ele direciona o olhar para a minha namorada com a sobrancelha erguida e ela bufa.

Dulce: Não enche... - Ela para de falar e encaramos ela. - As bebês, a bolsa estorou. - Ela solta um grito de dor que nos assusta, apenas me levanto e a pego no carro.

Christopher: Vamos correr para o hospital. - começo a andar. - Cuidem da Júlia, por favor.

Poncho: Calma, Brother nós vamos também, daqui a pouco estaremos lá com vocês, apenas vamos pra casa da Tia Ale deixar as crianças e avisar ela. - Apenas concordo com a cabeça e saio de lá às pressas, cheguei no carro e ajeito a Dulce no banco.

Dulce: Está doendo. - Ela leva a mão na barriga e começa a chorar. Entro no carro e começo a dirigir em direção ao hospital. Chego e corro para a emergência, eles levam a Dulce na maca e eu fico aguardando por notícias e depois de um tempo o Poncho chega com o Chris, a Anne e a minha mãe.

Alexandra: Alguma notícia meu filho? - Nego com a cabeça e passo a mão no meu cabelo nervoso.

Anahí: Como eu sabia que você iria esquecer, eu mandei mensagem para a Doutora Fernanda avisando o que estava acontecendo e ela já deve estar chegando.

Christopher: Obrigada, Anne. - Dou um pequeno sorriso. Ficamos ali aguardando e ninguém nos disse nada, até que vimos a doutora se aproximar.

Doutora Fernanda: Olá. - Ela sorri. - As bebês irão nascer. - Uma onda de ansiedade tomou conta de mim. - Você vai querer assistir o parta?

Christopher: Claro, preciso estar com a Dulce nesse momento.

Doutora Fernanda: Então, vamos lá? - Aceno com a cabeça e começo a lhe seguir, eu estava nervoso, mas precisava manter a calma pela minha noiva, entrei na sala e vejo a Dulce gritando com todos que estão perto dela e eu me aproximo para acalmá-la.

Christopher: Amor... - Seguro a sua mão e ela aperta com força.

Dulce: Está doendo muito... - Ela diz chorosa. - Não vou conseguir.

Christopher: Você é forte, meu bem, vai dar tudo certo. - Beijo o topo de sua cabeça.

Enfermeira: Três centímetros de dilatação, vamos precisar aguardar. - Suspiro ao notar o quanto isso será demorado.

Doutora Fernanda: Dulce, você consegue se levantar para tomar um banho? - Minha noiva concorda com a cabeça e eu lhe ajudo a tomar um banho com a água quente, depois que saímos eles examinaram ela novamente, ela estava com quatro centímetros de dilatação e as enfermeiras recomendaram ela fazer alguns exercícios na bola, com isso minha noiva se levantou e começou a fazer alguns exercícios para aumentar a dilatação, ela fica algumas horas assim, o intervalo das contrações estavam cada vez menor, minha noiva estava suada, com o rosto vermelho, com a dor forte ela começou a chorar e aquela situação estava me deixando assustado.

Dulce: EU NÃO AGUENTO MAIS! - Ela grita assustando todos da sala. - EU QUERO ANESTESIA, QUALQUER COISA, MAS TIREM ESSAS CRIANÇAS DE MIM AGORA MESMO! - Ela aperta a minha mão com tanta força que eu me seguro para não gritar, nem eu sabia que ela era tão forte. Ela caminha até a cama e deita nela parecendo exausta, uma enfermeira se aproxima para checar a dilatação novamente.

Enfermeira: Doutora, ela está com nove centímetros de dilatação.

Doutora Fernanda: Está na hora, Dulce, vamos lá! - Alguns enfermeiros se aproximam para ajudar, a Dulce se posiciona e eu continuo segurando a sua mão. - No três você começa a fazer força. - Minha noiva concorda. - 1, 2 e 3. - Dulce começa a fazer força e a doutora começa a fazer a contagem novamente. - A primeira está vindo, a cabeça já está saindo. - Dulce começa a fazer ainda mais força, logo um choro fino toma toca da sala e vejo a doutora com a nossa primeira bebê nos braços, nessa hora eu me permito chorar de emoção, a minha primeira filha veio ao mundo e eu não sabia explicar a felicidade que eu estava sentindo. - 'Parabéns, papais, é uma linda bebê e super saudável. - A doutora entrega a bebê para enfermeira. - Dulce, agora preciso que você faça força para a próxima bebê. - Assim começamos novamente todo o processo, mas ao ver a cara da doutora eu comecei a ficar preocupado.

Christopher: O que está acontecendo?

Doutora Fernanda: O cordão está enrolado no pescoço dela. - Uma onda de medo me bateu. - Ela encara a Dulce que estava um pouco mole ao meu lado. - Eu preciso que você se concentre, não podemos demorar muito. - Vejo a doutora começar a desenrolar o cordão e assim minha noiva começa a fazer muito esforço, rapidamente vejo a doutora tirando a bebê e o silêncio toma conta do local, a nossa filha estava nos braços da doutora roxa e sem respirar, Dulce caiu desmaiada ao meu lado e a minha única reação foi chorar pelas minhas meninas. 

----CAPÍTULO 87----

Boa noite!

Hoje eu quero dizer que chegamos a 9k de leitura, quando eu comecei a história jamais pensei que chegaria a tanto, estou muito feliz e quero agradecer vocês que estão me acompanhando, obrigada! 🥰❤️

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Desacreditada do Amor - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora