Pássaro Da Revolução

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Uma tempestade fez com que sua cabana ficasse com alguns buracos, então eles tiveram que ir ao Terminal Gray para coletar madeira para reconstrução.  Estavam cada um amontoado quando ouviram o grito da menina sendo agarrado rudemente, sendo repetido logo depois por seus primos, que também foram agarrados rudemente pelos dois braços, impedindo seu movimento.

--Bluejam!-- Ace exclamou ao ver o chefe pirata.

--Foram vocês que me roubaram,-- ele parecia zangado, mas depois de ouvir alguns passos atrás dele sorriu arrogantemente.

Ao lado do pirata apareceu um homem elegante de cabelos negros, que cobria o rosto com um estranho lenço.

Ao vê-lo, Sabo engasgou de medo e tentou fugir com mais força.  Embora o treinamento que Lucy lhe ensinou estivesse dando frutos, ainda não era suficiente para enfrentar esses piratas, e ele duvidava que fosse capaz de usar Haki quando eles começaram a aprender há apenas alguns dias.

--Sabo, você não tem vergonha de andar com esses ratos?-- A voz do homem saiu envergonhada, como se ele tivesse ficado seriamente ofendido.

--Conheces?-- Ace perguntou a seu irmão.

--Eu não tenho ideia de quem ele é--, disse ele com determinação em cada palavra.  --Ele é apenas mais um nobre de Goa.

--Nobre?-- a garota rosnou com raiva reprimida, cerrando os punhos.

--Sabo, pare de andar com esse plebeus, eles estão te infectando --o homem que fingiu ser elegante falou novamente.

--Você é um nobre?-- A voz de Lucy saiu magoada quando ela virou a cabeça para ver seu irmão.

-Não, Lucy, não sou!-- Ele apressou-se a dizer com medo do que a menor pudesse pensar.  --Eu prometo, não acredite nele, eu nunca fui e nunca serei um nobre!  --as lágrimas queriam sair ao ver a decepção nos olhos da D.

--Você mentiu.-- Ela desviou o olhar do loiro e olhou para o chão.

--Não, Lucy, por favor... --algumas lágrimas traiçoeiras desceram por sua bochecha ao ver a decepção no olha da menor.

--Mim Solta!-- Ace exige ao ver o que estava acontecendo com seus parentes.

--Eu não me importo com você, eu só quero que Sabo volte para casa,"-- ele franziu a testa para os duas crianças de cabelos pretos.

Lucy deu um pontapé na barriga de quem a segurava, libertando-se e deixando o homem inconsciente com outro chute. Os piratas estavam em guarda, mas vendo que a única menina não se mexeu, nem eles.

--Sabo, por que você não nos contou?-- Ela olhou para o loiro com seu rosto abatido.

--Eu não queria que você me odiasse, especialmente seu pai.-- Ele olhou para baixo, tentando segurar as lágrimas, vendo a pulseira vermelha em seu braço. --Você é minha única família--, ele sussurrou, vendo a garota novamente.

Lucy o observou por alguns segundos antes de sorrir e assentir.  Ela ia libertar os dois quando sentiu o fio de uma espada em seu pescoço, forçando-a a ficar quieta.

--Estamos saindo--, falou o nobre, entregando ao pirata uma bolsa de ouro.

--Você não vai levar a Sabo!-- os primos biológicos exclamaram ao mesmo tempo.

--Você realmente quer isso, Sabo?-- Ele olhou diretamente para o filho, com um olhar que parecia mexer com alguma coisa no loiro.

--Não faça nada com eles, eu vou, mas não os machuque!-- ele rugiu quando entendeu o olhar que seu suposto pai estava lhe dando.

--Isso soa melhor--, ele levantou a cabeça e o pirata que estava segurando o nobre o soltou, ficando ao lado do homem de cabelos escuros, que começou a andar.