38. Aquele dia as margens do Lago Negro

191 13 21
                                    

Arya não sabia como tinha sido levada até o castelo, só que estava sentada em um banco perto do Salão Principal enquanto soluçava de tanto chorar. Radulf estava ao seu lado e a abraçava, numa tentativa de deixar a garota menos mal.

Hermione e Rony foram procurar por Harry e Gina ficou ao lado de Arya, sem sair dali em nenhum momento. Draco apareceu pouco tempo depois e não falou nada, apenas mostrou que ele estaria ali para ela e para o que ela precisasse.

A garota não pregou o olho durante a noite, mesmo que seu corpo estivesse implorando para descansar um pouco. Na verdade, Arya estava meio que no automático, tentando absorver e entender o máximo de informações que fosse capaz. Quando teve oportunidade, Gina contou que a Taça do torneio era uma Chave de Portal que levou os dois a um cemitério, onde Peter Pettigrew matou Cedrico a mando de Voldemort, que ressurgiu de um caldeirão fumegante. Ela contou também que durante todo o ano letivo, Bartô Crouch Jr esteve no lugar do verdadeiro Professor Moody por conta da Poção Polissuco e planejando o retorno de Voldemort.

∞∞∞∞

—Ary... —A voz de Rony chamou a atenção dela, que estava encolhida perto do pai.

—Oi. —Arya respondeu baixinho.

—Bom, você pediu para te falar quando o Harry acordasse e bom... Ele acordou. —Rony respondeu e Arya levantou a cabeça pela primeira vez desde o acontecimento.

—Eu posso ir lá? —Ela perguntou baixinho.

—Pode. Se quiser eu vou com você. —Rony se ofereceu. —A Mione e minha mãe estão lá também.

Arya se levantou e caminhou até a Ala Hospitalar, encontrando os dois amigos, a senhora Weasley e até mesmo Sirius, em sua forma animaga. Ela ficou aliviada por ver que Harry estava bem, apesar das terríveis circunstâncias. A garota também viu o verdadeiro Moody deitado em outra maca, certamente se recuperando das loucuras que Bartô Jr fez com ele.

—Hazz. —Arya falou baixinho se aproximando e segurando a mão do amigo que parecia exausto.

—Foi culpa minha. —Ele se lamentou baixinho. —Eu falei para a gente pegar a Taça juntos e declararmos um empate.

Pela primeira vez desde o ocorrido, Arya tinha plena noção do que estava fazendo e tratou de deixar bem claro que não culpava Harry por absolutamente nada daquilo. Os culpados eram Voldemort, Peter Pettigrew e Bartô Crouch Jr, além de todos os Comensais da Morte que estão do lado da porra do Tom Riddle.

—Harry, você não teve culpa de nada. Absolutamente nada! —Arya falou firme. Ela estava segurando o choro há algum tempo. —Se eu pudesse te pedir qualquer coisa no mundo, seria para não se culpar por isso. Vocês dois foram vítimas daquele monstro.

Potter ficou calado, mas Arya sentia que ele tinha entendido tudo o que ela quis falar.

—Ary? —Harry a chamou. —Bom, aconteceu uma coisa com a minha varinha e a do Voldemort. Dumbledore disse que chama Priori Incantatem. —O garoto continuou e explicou que o núcleo das varinhas de Harry e Voldemort eram da pena da cauda da mesma fênix, o que as tornavam irmãs. —Quando Voldemort quis duelar comigo, elas se ligaram e as últimas vítimas dele apareceram como uma espécie de névoa.

—Como se fossem fantasmas? —Arya perguntou confusa e viu Harry confirmar com a cabeça.

—Algo assim, mas não era um fantasma, era um eco. —Harry explicou e Arya teve que se segurar para se manter em pé depois do que ouviu em seguida. —Bom, Cedrico me pediu duas coisas, Ary. Para trazer o corpo para os pais dele e para eu te falar para lembrar do dia que vocês conversaram sobre "Entrevista com o vampiro" às margens do Lago Negro.

Choices •Draco Malfoy • ( Livro 1) -CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora