Choices •Draco Malfoy • ( Livro 1) -CONCLUÍDA

02. Draco

Arya estava em seu quarto terminando de se arrumar para o jantar na casa dos Malfoy. Ela estava animadíssima para encontrar Draco, seu melhor amigo desde que ela se entende por gente. Arya não via a hora de poder contar a ele sobre os materiais que ela comprou para o seu primeiro ano em Hogwarts e ver o dele também, já que o uniforme era diferente.

Ela escolheu um vestido rosa claro com alguns babadinhos de renda que ficou lindo com a meia-calça branca que ela usou junto com um sapato perolado. Assim que ficou pronta, ela desceu e encontrou os seus pais na sala e em seguida eles foram para o destino pela Rede de Flu.

A viagem foi rápida e a primeira coisa que Arya ouviu quando chegou na mansão foi a voz de Draco.

—Aryzinha!!! Finalmente, eu estava morrendo de saudades! —Ele falou com um sorriso quando a chamou pelo apelido que ele deu pra ela.

—Dray! —Arya respondeu enquanto correu para dar um abraço nele.

—Você não sabe o tanto de coisa legal que eu tenho para te mostrar! —Draco falou animado enquanto foi cumprimentar Stella e Radulf e Arya foi cumprimentar Narcissa e Lucius.

Arya nunca gostou muito do pai do Draco, porque ela tinha um pouco de medo dele, coisa que ela não sabia como explicar, embora ele sempre tenha a tratado muito bem. Mas ela pensava que se a tia Cissa o amava, alguma coisa boa ele tinha.

O jantar foi ótimo e, assim que todos terminaram de comer, Arya e Draco foram para o quarto dele. Eles conversaram bastante sobre a experiência de ir ao Beco Diagonal pela primeira vez, coisa que não fizeram juntos apenas porque Draco estava viajando com a família. Ele mostrou seu uniforme e Arya explicou que a maior diferença eram as saias que ele tinha. Arya se lembrou de mostrar a própria varinha que tinha uma pedrinha vermelha na base, feita de carvalho vermelho e seu núcleo era de fibra de coração de dragão.

—Aryzinha, finalmente nós vamos para Hogwarts! —Draco falou animado enquanto colocava a sua varinha de volta na caixa, assim como Arya tinha feito.

—Eu não vejo a hora, Dray! Falta menos de uma semana para a gente embarcar no Expresso de Hogwarts. —Arya falou animada enquanto olhava para o melhor amigos.

—Nós vamos ser a melhor dupla que a Sonserina já viu! —Draco falou animado e Arya sorriu, porque sabia o tanto que seus pais amavam ser sonserinos e como ela gostaria de ser também.

Um leve medo de ir para outra casa atingiu Arya, mas ele o ignorou, porque não fazia sentido ela ir para outra casa além da Sonserina. Mas se o Chapéu Seletor desse defeito justo na hora dela, ela sabia que seus pais ficariam orgulhosos do mesmo jeito.

—Ary, tenho uma coisa para te contar e queria saber o que você acha disso. —Draco a tirou de seus pensamentos enquanto se sentava ao lado dela.

—Não me deixe curiosa, Dray. —Arya respondeu quando Draco demorou a contar a novidade.

—Bom, meu pai veio falar comigo que eu deveria considerar me casar com você. —Draco falou e Arya arregalou os olhos.

—Draco, a gente só tem 11 anos! —Ela respondeu e viu Draco ficando triste.

—A ideia foi tão ruim assim? Então quer dizer que você preferiria morrer solteira do que se casar comigo? —Draco perguntou aborrecido e Arya sentiu algo estranho no peito dela, como se fosse um aperto no coração.

—Claro que não, Dray. Não seja dramático. —Arya começou a falar enquanto olhava seu melhor amigo. —Mas a gente ainda é muito novo e talvez você conheça alguém em Hogwarts que te faça se apaixonar e você nem lembraria de mim.

—Acho impossível alguém ser capaz de me fazer te esquecer. —Draco respondeu e Arya se sentiu feliz. Ela nunca entendeu muito bem o que rolava com os seus sentimentos em relação a Draco, porque às vezes ela achava que gostava dele um pouco mais do que ela deveria e isso sempre acontecia quando ele a abraçava e sentia o cheiro o qual ela descrevia como algo mentolado mas ao mesmo tempo amadeirado ou quando Arya se perdia nos olhos azuis acinzentados do melhor amigo.

—Você ficou com raiva, Ary? —Draco perguntou novamente e ela voltou a prestar a atenção nele. —Bom, papai falou que isso seria bom para manter a pureza do sangue dos Malfoy e dos Lestrange, já que cada vez mais vemos sangues ruins invadindo nosso mundo.

—DRACO! —Arya falou brava. —Eu já disse que é feio chamar os nascidos trouxas dessa forma.

—Ary, mas nós somos —Draco pensou em falar a palavra superiores, mas ao ver a cara brava da melhor amiga decidiu não falar. —Nós somos instruídos a falar assim desde sempre e é difícil usar outra expressão.

—Dray, eu entendo, mas nós podemos aprender a parar com essa baboseira. O sangue da pessoa não devia ser capaz de definir o que ela é! E outra coisa, eu quero me casar com quem goste de mim, não da pureza do meu sangue. —Arya respondeu.

—Eu só disse o que meu pai falou. Me casaria com você porque você me faz muito feliz e eu não me imagino com outra pessoa além de você. —Draco respondeu enquanto segurou a mão de Arya.

—Bom, nesse caso, saiba que eu também me casaria com você, porque eu conheço quem você é por dentro e eu sou muito feliz em te ter na minha vida. —Arya respondeu com um sorriso. —Mas ainda somos muito novos para isso.

—Eu também acho. —Draco respondeu. —Mas a gente poderia fazer um casamento de mentirinha, só para a gente treinar. —Draco sugeriu e Arya surpreendentemente aceitou.

—Que bom que você está de terno. Vamos fazer assim. —Arya disse enquanto se levantava e puxava Draco pelo braço. —Eu faço uma voz diferente para imitar o padre, você fala aceito, eu falo aceito e estaremos casados.

—Ok. —Draco falou animado enquanto procurava alguma coisa em sua escrivaninha.

—O que você está fazendo? —Arya perguntou ao amigo.

—Procurando algo que possa ser nossas alianças. Meus pais têm um anel, mas não deve ser uma regra. —Draco respondeu quando finalmente encontrou dois papéis cintilantes com tons de verde esmeralda.

—Dois pedaços de papel? —Arya perguntou e Draco confirmou com a cabeça.

—Sim, Ary. Aqui a gente pode escrever nossos nomes e a data de hoje. —Ele respondeu enquanto escrevia Draco Malfoy, Terça-feira, 27 de Agosto de 1991 e fazia gesto para ela fazer o mesmo.

Assim que Arya escreveu seu nome e a data, ela e Draco foram para perto da janela e ela começou a forçar uma voz grossa, arrancando risadas de Draco.

—Estamos aqui reunidos para realizar o casamento de Arya Lestrange e Draco Malfoy. Senhor Draco, aceita se casar com a senhorita Arya e promete dar sapos de chocolate sempre que ela pedir? —Arya termina de falar e Draco segura as risadas para responder.

—Aceito e agora vou falar a sua parte. —Draco falou. —Senhorita Arya, aceita se casar com o senhor Draco e sempre provar os feijões de todos os sabores, mesmo que eles pareçam ter o gosto péssimo?

—Aceito. —Arya respondeu e em seguida o silêncio dominou o quarto.

—Acho que nessa hora o noivo beija a noiva. —Draco falou baixinho. —Mas eu não sei como é e não quero te assustar.

—Eu vi uma vez e eles encostam os lábios, como se fosse um estalinho, muito rápido. —Arya falou se aproximando de Draco. —Você quer que eu te mostre? —Arya perguntou e Draco confirmou com a cabeça.

Então eles se aproximaram com um pouquinho de medo e, de maneira bem desengonçada, deram um selinho que durou nem meio segundo. Arya se sentiu diferente depois disso, ela estava mais feliz do que o normal, mas não demonstrou que queria sair pulando porque tinha beijado Draco Malfoy, mesmo que ainda fosse muito criança e aquilo não foi nada parecido com os beijos dos seus pais.

Arya jogou um pouco de xadrez bruxo com Draco e depois Tia Cissa os chamou para beber leite queimadinho com canela, bebida que Draco chamava de "leite da Ary", já que aquela era sua bebida favorita. Pouco tempo depois, Arya foi embora junto com seus pais e levou seu papel aliança junto com ela.

Ela estava tão feliz por ter Draco como melhor amigo e muito ansiosa para ir para Hogwarts com ele e viver tudo o que planejaram na melhor escola de bruxaria do mundo. Arya não fazia a menor ideia de que no dia 1º de setembro, sua relação com Draco começaria a mudar drasticamente. 

E não era para melhor.