The beginning of death.

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PDV BASTET

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PDV BASTET.

— Tem certeza que não quer que eu vá com a senhora? – Indagou Buquê pela vigésima vez.

Neguei com a cabeça enquanto ela me ajudava a calçar minhas botas.

Eu estava me vestindo para ir com Hórus e Anúbis a Heliópolis. A região era cheia de comerciantes e muitas pessoas passavam por lá todos os dias, desde humanos a deuses. Além de especiarias, roupas e itens mágicos, o mercado estava cheio da melhor fonte de informações para encontrarmos os conselheiros-chefes perdidos: fofoca.

— Não precisa. Você terá mais serventia aqui, Buquê, junto com os outros. Vou com Hórus e Anúbis para lá e você fica. Qualquer novidade me avise.

Buquê assentiu. Ela mordeu os lábios, me observando enquanto eu fingia neutralidade.

O arrepio gelado de mais cedo ainda estava aqui, subindo e descendo pela minha espinha, como um dispositivo divino de detecção de perigo. Buquê também parecia preocupada, e não era para menos, já que nunca havíamos tido casos de conselheiros-chefes fujões.

Os conselheiros-chefes eram humanos especiais. Os melhores dos melhores. Além de uma exímia inteligência, força e habilidades com lutas ou magia, os humanos escolhidos para o cargo estavam dispostos a dar mais que qualquer um para servir um deus: suas vidas. E pelo trabalho nós os dávamos a imortalidade, enquanto eles continuassem conosco. Devido a isso era tão estranho esses dois sumiços. Geralmente os deuses que possuíam conselheiros-chefes não desgrudavam deles. Eu era assim com Buquê.

— Vou para o salão dos deuses assim que a senhora sair. Ficarei alerta a qualquer nova informação.

— Tot enviou seus servos na frente. Provavelmente ficaremos sabendo de algo logo. – Lembrei, antes de me levantar.

Eu não estava feliz com o sumiço da ajudante de Geb e muito menos com o de Ísis, porém, seria bom distrair minha mente um pouco e sair do pensamento recorrente sobre a noite na boate de Khonsu e toda as outras coisas por trás disso tudo, isso é: Hórus e a noite totalmente esquecível que provavelmente tivemos.

— Está com o celular que te dei? – Indagou Buquê.

Eu assenti, retirando do bolso da calça um smartphone retangular.

Era impressionante como as tecnologias humanas evoluíram tão rápido. O celular que eu tinha a nove anos atrás não servia mais para agora. Era velho e antiquado, assim como metade do panteão egípcio.

— Se lembra como mandar mensagem? – Questionou.

Semicerrei os olhos.

— Eu ensinei os humanos sobre música, dança e reprodução. Acha que não consigo mexer em um celular?!

A menina suspirou, colocando a mão sobre o rosto corado.

— Desculpe, deusa das deusas. Eu só… estou nervosa e… com medo.

Bastet, o que você fez comigo?!Onde histórias criam vida. Descubra agora