But what if it comes from my heart ...

Part 8

Entrei no meu quarto, chateada.

Peguei no telemóvel e percorri a lista dos contatos até chegar a "BFF" e pressionei o botão ligar.

Chamou, chamou, chamou e ninguém atendeu. Foi para o voice-mail, coisa que nunca tinha acontecido. Ela era uma viciada no telemóvel. Teria acontecido alguma coisa? Liguei para a mãe dela e para o pai, mas ninguém atendia.

Bem, como ela vivia a uns quilómetros de minha casa decidi ir até lá. Vesti o meu casaco azul-escuro e fui andando.

Demorei cerca de 15 minutos até casa dela. Ao chegar não vi carro nenhum estacionado em frente da casa, mas decidi tocar na mesma. Toquei à campainha uma, duas, três vezes, sempre sem ter resposta. Comecei a ficar um pouco preocupada. O que se passava?

Voltei de novo a casa e fui ligar para a Tanta. Se calhar ela poderia saber o que se passava.

- Allô! Tudo bem? - ouvi eu do outro lado da linha.

- Não! - respondi.

- Por acaso estás com a Fred ou então sabes onde ela está?

- Não, nem por isso! Porquê?

- Não atende telemóvel. Nem os pais. E também não estão em casa.

- A sério? Isso é muito estranho... Aconteceu alguma coisa? - disse ela com um tom também um pouco preocupado.

- Pois é! Vem ter a minha casa e já falamos melhor. - disse eu

- Ok. Vou a caminho. - respondeu desligando rapidamente a chamada.

Nós as três morávamos relativamente perto umas das outras. Demorávamos cerca de quinze, no máximo, vinte minutos de umas casas às outras.

Enquanto esperava por ela fui até lá abaixo ver se o David e a mãe ainda lá estavam. A porta da sala estava entreaberta e "cusquei" lá para dentro, mas só vi lá o meu irmão a ver televisão, com o computador nas pernas e o telemóvel na mão. Meu Deus!