Cap 20 - imprevistos

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Havia urgência, muita urgência em chegar
lá.

No caminho, os mesmos dedos que
eriçaram sua pele na nuca, desceram
deslizando pelo corpo, roçando a lateral
dos seios, fazendo-a arquear e seus
mamilos enrijecerem sob o toque. As
mãos de Marília buscaram a barra da
camiseta, enquanto as dela foram ao foco
principal, a calça.

Na adrenalina e ansiedade que precedia o
ato, acabaram esquecendo que andavam e
acabaram tombando na cama, Maiara por
baixo dela.

A queda apenas favoreceu a intimidade,
com um gesto preciso Marília insinuou o
joelho por entre suas coxas separando as
pernas dela forçando um contato mais
intimo, tão mais intimo que a fez sibilar
seu nome.

Aquilo só serviu para aumentar seu
frenesi, com impaciência, deixou de
tentar tirar sua camiseta amigavelmente e
a rasgou, ela gemeu mais alto com o susto
mas amuilo excitou-a ainda mais

Estavam tão perdidas uma na outra que
mal puderam acreditar quando ouviram
um celular tocar.

-Marília...-Ela alertou entre o beijo.

-Hum.-Marília respondeu sem parar de beijar.

-Marília... O celular- disse apesar de não
querer desgrudar dela.

-Deixa tocar. - Marília disse com urgência
Deixaram, por algum tempo tentaram
esquecer que aquele aparelhinho irritante
estava tocando desesperadamente, mas
não dava, a insistência era grande demais.

-Lila, deve ser importante...

-Nada, olhos lindos, nada é mais
importante que estar com você, nada é
mais importante do que ser sua e te fazer
minha, esqueça o resto.

Era quase impossível não esquecer,
principalmente quando ela pedia daquele
jeito, com aquele olhar, com a boca tão
próxima a dela, com as mãos sobre ela.
Mas o telefone continuara tocando,
repetidamente até que Marília não
aguentou mais.

-Droga! Vou quebrar esta porcaria.-Maiara se assustou a principio. Desde que começaram a sair só vira Marília nervosa uma vez e foi quando falou sobre as ofensas de Fernando, mas agora ela estava
irada. Porém o susto foi inicial apenas,pois rapidamente tornou-se diversão ao vê-la excitada, com uma face de menina abandonada e desesperada.

-Não ria de mim, isso não é engraçado.-Marília tentou soar séria mas a careta que ela fez apenas a incentivou a gargalhar.

Marília pegou o telefone contrariada e
atendeu sem nem mesmo ver quem
estava ligando

-Alô.

Ficou em silencio por alguns minutos,
com um semblante sério, que se fechava
cada vez mais.

-Tem certeza Gustavo?-Maiara franziu o cenho olhando-a e estranhando o fato de Gustavo ter ligado, afinal tinham se falado a menos de meia hora.

-Você tem certeza que não podemos
deixar isto para amanhã?-Maiara viu Marília fazer uma careta de desagrado e concordar com raiva com alguma coisa que seu irmão lhe dizia no telefone.

Marília fechou o aparelho com um pouco
de violência e jogou em cima da bancada.
Virou-se para Maiara e ela percebeu que
ela tentava se controlar.

-O que houve Marília?-Marília a olhou, havia algo de sofrimento em seu olhar.

-Gustavo está com problemas. Jhon Saint,
o cara que o está acusando de plágio
conseguiu um mandado para impedir
que ele abra o King Medonça até o fim do
julgamento.

-Que coisa terrível.

-Ele precisa que viajemos até Lisboa para
tentar reverter isto.

-Sim, precisaremos recorrer.

-O problema é que ele quer que viajemos
hoje, na verdade ele nos espera em meia
hora no aeroporto.-Maiara arregalou os olhos.

-Hoje? Agora?

-Sim, amanhã à noite tinha algo especial,
um tipo de evento que fazem todos os
anos aqui em King Medonça, e a maioria
das reservas foi feita para este dia em
especial. Se não conseguir autorização
para abrir o complexo amanhã ele
perderá muito dinheiro.

-Isso é horrivel Lila... Mas tudo bem,
creio que o jato possa nos levar até Lisboa
em pouco tempo.

-Este é outro problema Mai, Gustavo precisou do
Jato, teremos de ir em vôo comercial.-Maiara suspirou derrotada. Parecia que a super noite acabara.

-Temos que ir Lila, não podemos deixar
seu irmão perder tanto dinheiro.-Marília deu um muxoxo engraçado e ela quase gargalhou com a atitude infantil dela, teria gargalhado se ela mesma não estivesse tão frustrada e excitada quanto ela.

-Vamos nos trocar, precisamos ir logo.- ela disse quando Marília chutou o pé da cama.

Quando Maiara passou por ela em direção
ao banheiro, ela a agarrou pela cintura e
beijou seu pescoço, fazendo menção de ir
com ela para o banheiro, mas ela a parou.

-Nem pensar, se você entra neste
banheiro, seu irmão vai a falência.-Marília deu outro muxoxo, mas mesmo a contra gosto deixou-a ir sozinha. Chegaram ao aeroporto a tempo e o avião decolaria em poucos minutos, Gustavo parecia nervoso, andava de um lado para o outro com o semblante fechado, Marília nunca o tinha visto assim. Era realmente sério.

Aproximaram-se do balcão de embarque
e encontraram a equipe de defesa
reunida. O humor de Marília piorou
quando viu o sorriso satisfeito de
Fernando, que parecia estar adivinhando
o quanto aquela viagem abalara seus
planos.

-Mai... - ele disse com um sorriso triunfante- Vejo que veio nos ajudar. Será que agora poderíamos nos reunir e...

-Não, ela não pode. Maiara está aqui para
supervisionar portanto no momento ela
não está trabalhando - Disse Marília com
toda grosseria que podia - O caso é seu,
trate de honrar seu nome como advogado
em vez de se apoiar no talento dela.

-Opa, calma ai...EU nem estou falando
com você-Ele disse de queixo erguido, mas Marília sabia que toda essa marra era pelo fato de sentir-se protegido no meio de tanta
gente.

-Mas eu estou falando com você, e estou
dizendo que ela não está aqui para te
servir de suporte, se não se garante
sozinho se retire do cargo.

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Desculpe-me por qualquer erro ortográfico 💕

3/4

A professora >>Mailila [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora