Cap 25 - cinema

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Foi com esta certeza que Marília comprou
na joalheria do Resort um solitário de
diamantes lidíssimo para ela. Guardaria
consigo esperando pelo momento exato
de pedir sua mão.

Um momento só delas, onde não tivesse
Fernando, processos e nem problemas.

Sorriu ao imaginá-la de noiva. De branco,
subindo no altar do St. Patrick. Ah sim, ela
não merecia menos que isto.

E a lua de mel? Bom, faria tudo que
estivesse ao seu alcance para a lua de mel
ser inesquecível.

Marília foi desperta de seus pensamentos
quando sentiu a mão fina e delicada de
Maiara em seu ombro. Virou-se para ela
com o maior dos sorrisos.

Ela lhe sorriu também e ia falar algo, mas
não permitiu, simplesmente agarrou-a
e apertou contra si durante alguns
segundos antes de arrebatá-la num beijo
excepcional.

Maiara correspondeu na hora, atando-se a
ela como se fossem duas peças de encaixe
perfeito.

-Deveria se trocar, a sessão começa em
meia hora - Maiara disse sorrindo entre o
beijo e Marília sorriu.

-O cinema é há alguns metros daqui, não
se preocupe.

As mãos ágeis e bobas de Marília já
passeavam em torno do corpo esguio dela
procurando uma brecha nas roupas para
invadir.

-Não Marília...
Ela disse quase sucumbindo, mas não
queria mesmo perder o filme, queria fazer
este passeio ao lado dela. Sabia que podia
parecer idiotice, mas gostava de sonhar
com fantasias românticas e fingir de vez
em quando que Marília era mesmo sua
namorada.

Tomando forças nisso ela se afastou.

-Pode parar sua loira folgada e libertina,
vamos para o cinema já.-Marília arqueou a sobrancelha.

-Você fica ainda mais gostosa quando está
assim mandona.-Ela sorriu corada e mostrou a língua.

-E você gosta quando eu sou libertina.-Marília sussurrou na orelha dela quando enlaçou sua cintura e saía com ela do quarto do hotel.
Maiara riu pelo nariz.

-Gosto mesmo.-A noite foi mais que agradável, mais para Maiara que para Marília.

Podia parecer loucura, mas ouvi-la
dizer ao saírem do hotel que gostava
quando ela fosse libertina assaltou seus
sentimentos e a fez arder de desejo.

Agora estavam ali, no cinema que nem
estava tão escuro assim, devido ao filme
ter muitas explosões e luzes fortes.
Maiara olhava atentamente a tela,
onde passava mais um das dezenas ou
centenas do gênero, que falam sobre o
armaggedon.

Marília se remexia, inquieta, que por mais
que ela tentasse se concentrar, não sumia,
bastava olhar para Maiara e ela se sentia
em chamas.

Foi numa determinada cena onde
apareceu um casal que fora tragado pelos
desastres naturais enquanto dormiam
abraçados que veio a gota dágua para ela.
Maiara virou e sussurrou no seu ouvido,
como se a quisesse torturar.

-Eu morreria feliz, se morresse fazendo
amor com você.-Pronto, aquilo acabou com toda e
qualquer resistência que ela impunha em
não agarrá-la ali.

Marília enfiou a mão em seus cabelos
castanhos bem feitos e virou seu rosto
para si.

-Juro que assistimos este filme outro dia-Em seguida a beijou com uma força revigoradora.

Maiara sentiu amolecer quando a língua
dela a invadiu daquela forma e em
segundos pegou fogo junto com ela.

-Sinto muito, sinto muito mesmo- sussurrou - Queria aguentar até chegarmos ao hotel, mas não posso.

A professora >>Mailila [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora