Capítulo 4

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— Meninas acho que nós deveríamos nos apresentar não é? Ela ainda não conhece ninguém daqui, exceto eu — Disse Aghata.

— Ah claro — Levantou uma das garotas — Eu me chamo Maria Eduarda, mas pode me chamar de Duda — Comprimentou com um sorriso amigável. Ela tinha os cabelos médios e escuros e era uma das mais baixas do grupo. Inclusive, todas usavam roupas muito parecidas, todas bem extravagantes e chamativas.

— Eu me chamo Giulia, e aquela com os cabelos compridos — Apontou para uma outra garota que usava uns acessórios bem esquisitos — É a Júlia, não confunda nossos nomes eles são bem parecidos mesmo.

E assim foi. Todas as garotas da roda se apresentaram e todas pareciam pessoas boas. Tinha uma que se chamava Gaby e para se apresentar ela fez literalmente um mini show de dança, e Maria Laura não poderia negar que ela tinha dom para isso.

Elas conversaram por três horas seguidas. Assunto vem, assunto vai até que o dia começou a escurecer e ninguém notou de tão entretidas que elas estavam. Bom, pelo menos foi divertido e agora Maria tinha amigos, ela não estava mais tão solitária.

— Ah meninas, vocês são muito legais... Adoraria ficar mais tempo aqui só que o dia já está escurecendo e se eu não voltar para casa os meus pais enlouquecem... — Falou Maria já se preparando para levantar.

— Ah é verdade... Mas vem, a gente te acompanha — Ofereceu Giulia.

— Não, não, de forma alguma vocês precisam se preocupar em me acompanhar, eu posso ir sozinha... Mas obrigada, de qualquer forma — Sorriu.

— Você realmente pensa que a gente vai te deixar andar sozinha por esses corredores quando já está anoitecendo e a maioria dos alunos já foram embora? Você está realmente muito enganada. Provavelmente a Aghata já te contou da lenda, que obviamente não é lenda, de que aqui tem alguma coisa que literalmente some com os alunos novatos que andam sozinhos por aí, e como agora você é uma de nós a gente tem a obrigação de te acompanhar em tudo — Foi intimidador ver ela falando séria desse jeito, mas Maria pensou que ela realmente tivesse razão.

Não é como se fossem querer capturar alguém tão sem graça como eu, pensava Maria, mas ainda sim ela preferiria não correr esse risco.

— Ah sim, Aghata me falou sobre isso, mas eu não gostaria de ser um fardo para vocês... Mesmo que a gente literalmente se conheceu hoje — Disse insegura.

— Não, você não é uma fardo pra gente e nunca será. Agora deixa de frescura e vamos logo, até porque daqui a pouco fica totalmente escuro e é mais perigoso não só andar aqui dentro como nas ruas também — Falou rapidamente e não custou nada ela já estava saindo da sala, o jeito foi todas seguirem.

Depois que as garotas deixaram Maria em um lugar seguro o suficiente fora da escola, ela apenas seguiu o seu caminho para casa como qualquer outro dia. É claro que não era nada seguro ela voltar tão tarde pra casa desse jeito, e sua mãe provavelmente lhe daria um sermão daqueles, mas ela não estava tão preocupada com isso no momento até porque a sua felicidade de ter finalmente feito amizades impedia qualquer outro tipo de preocupação.

Depois de uns 5 minutos de caminhada, talvez 8 anos mas isso não importa, ela como sempre sendo desastrada acabou tropeçando com mais alguém, a diferença é que nesse momento ela temia muito quem fosse essa pessoa.

Todos os seus livros cairam e ela se espatifou no chão, oque fez os seus joelhos se ralarem e as palmas das mãos também. Ela só conseguia pensar no desastre que era.

— Me desculpa... Você está bem? — Falou uma voz masculina, grossa e aparentava estar preocupado. Segundos depois da pergunta feita ela olhou para cima e sabia que já tinha visto aquele rosto, era muito familiar, mas ao mesmo tempo ela não falou nada sobre isso.

O Destino de 74Onde histórias criam vida. Descubra agora