Capítulo 7

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— Antes de tudo nós precisamos já ter um plano em mente — Proferiu Pedrinho enquanto se sentava junto com a roda das garotas.

— Mas você não disse que já tinha um? — Questionou Gaby enquanto tinha as sobrancelhas arqueadas.

Pedro coçou a nuca enquanto pensava em algo convincente para dizer. Ele tinha dado esperando de achar Maria, mas ele não era corajoso nem mesmo sabia como que faz em uma situação dessas.

— Olha... Vamos com calma, eu ainda não sei bem como vamos fazer isso, okay.

— Então por que deu falsas esperanças pra gente?

— Eu não dei falsas esperanças para vocês, eu só estava no fogo e ansiedade do momento, e ainda tô. Inclusive, eu preciso de um tempo para pensar — Respondeu tentando soar o menos grosso e irritado possível.

— Gente eu acho que nós deveríamos pensar todos juntos, sabe? Se a gente deixar tudo só para uma pessoa nós não vamos chegar a lugar algum — Sugeriu Eloisa.

— Sim claro, a gente sabe disso mas... A realidade é que ninguém aqui tem idéia do que fazer, até porque ninguém nunca passou por isso. E olha, sendo bem sincera eu acho bem difícil a gente ter sucesso sendo só um grupo de adolescentes sem experiência nenhuma... — Falou Gaby.

— Eu tenho que concordar com ela, mas não custa tentar gente... Ela é a nossa amiga, a gente não pode deixar isso ficar assim — Disse Aghata com força na voz.

— É isso que eu gostaria que vocês entendessem —  Expressou Pedrinho com um suspiro.

Houve um momento de silêncio na sala, todos estavam pensando. Era difícil raciocinar direito sabendo que sua amiga poderia estar morta ou correndo alto risco, isso com certeza não era para qualquer um.

— Eu... Eu acho que nós deveríamos investigar primeiro onde tudo começou, sabe? Refazer os passos que ela provavelmente fez — Sugeriu Eloísa, hesitante.

— Isso! Isso é uma ótima ideia, e eu tenho uma pequena noção do caminho que ela deve ter seguido — Aghata gritou animada.

Logo depois ela apenas se levantou, sem falar nada, e saiu. A única coisa que eles  poderia fazer agora eram seguir ela, e assim foi feito. As vezes a menina loira tomava atitudes muito rápido deixando os outros totalmente desorientados.

Eles saíram da escola e cada um pegou uma bicicleta que ficava livre para uso exclusivo de estudantes, e pedalaram até a cidade.

Depois de chegar na cidade eles desviaram do caminho e pegaram um atalho, que Aghata disse que Maria costumava usar para chegar em casa mais rápido.

Esse atalho passava por um pequena estrada de paralelepípedo bem deserta, e era cercada de mata por todo lado.

— Como ela não chegou em casa ela provavelmente parou por aqui. É tudo cercado por mata então creio que vamos ter que avisar sobre esse suposto caminho que ela fez para a polícia e investigar por conta própria — Explicou Aghata.

— Okay... Mas você não quer que a gente entre nesse mato, né? — Perguntou Gaby com as sobrancelhas arqueadas.

— Mas não está óbvio? Quando eu disse investigar por conta própria eu quis dizer que nós vamos entrar aí dentro sim!

Por um instante todos ficaram quietos e se olharam, até que Pedrinho se pronunciou:

— Se vocês quiserem ajudar a amiga de vocês terão que se arriscar, ou acharam que ia ser fácil? Vamos entrar aí dentro, não desse jeito, e sim equipados e seguros. Olha, na casa do meu tio tem muitos equipamentos perfeitos para isso, e eu tenho a chave de uma casa de ferramentas que tem na escola, a gente pode usar as coisas que tem lá para isso.

O Destino de 74Onde histórias criam vida. Descubra agora