Colégio imperial

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Ao completar seus 18 anos, Nero estaria finalmente pronto para seguir sua jornada e cumprir sua promessa feita a seu pai. Ele desce as escadas do primeiro andar de sua casa as pressas, abraça sua mãe com força e com um sorriso logo se despede. O rapaz dispara após sair de sua casa em direção ao estábulo, pega um dos cavalos e consecutivamente ao montar no mesmo respira por alguns segundos. Sua mente nesse momento estava repleta de ansiedades e o mesmo não sabia como pensar sobre o que estaria acontecendo, sua vida foi uma preparação para esse dia, em sua mente ele sonhava em encontrar pessoas de nível altíssimo, aspirantes a heróis, magos implacáveis, guerreiros formidáveis e aventureiros que iniciaram mais cedo do que ele pudesse imaginar.   

[Nero Ironclaw]
- Finalmente! 
- Esse é o meu dia.
- Recapitulando, eu só preciso seguir reto nessa estrada demarcada e eu vou chegar após algumas horas na capital.
- Pensando bem...
- Tinha uma magia de fortalecimento que talvez funcione no cavalo.
- Já sei, vou usar disso e chegar antes de todos.
- Tsk... no que eu estou pensando? É óbvio que no nível dessa academia imperial as pessoas vão chegar montadas em dragões, grifos ou algo do tipo.
- E eu acho que talvez ficar falando sozinho não seja muito bem visto, vou tentar conhecer alguém por lá. 

O ruivo logo começou a cavalgar em direção a capital, porém no começo de sua jornada o mesmo ativou sua magia sem conjuração por fala, mentalizou a magia e liberou a quantidade de mana necessária para tal, nesse momento um seu corpo passou uma aura vermelha para o cavalo e uma voz interna recitou - Borbotão da fúria - e dessa forma o ser quadrúpede ficaria com seus olhos vermelhos, sua musculatura agora dobraria de tamanho e o corpo na base ficaria mais rígido, além disso sua velocidade agora estaria duas vezes maior do que o normal, os galopes agora fariam sons altos como de um martelo batendo em pedras. Nero segurava firme com seus olhos focados no que havia a sua front, porém após duas horas, alguns metros a frente o mesmo nota que já estava chegando ao seu destino. Ao se encontrar nas portas da entrada dos muros de Adamis, os guardas ficaram assustados com a forma que o cavalo estava, alguns deles até mesmo abandonaram seu posto para procurar ajuda. 

Orcus, um soldado experiente que outrora foi um aventureiro, se aproxima do mesmo o questionando quem era e porque montava em um demônio tão feroz, porém Nero agora com confusão em seus olhos, ficaria um pouco sem entender o que era dito, mas percebendo o medo nos olhos dos demais soldados no portão, o rapaz desce do cavalo e desativa sua magia no cavalo, o animal logo volta a sua forma normal, estando muito cansado por conta da exaustão que a magia causava, o quadrupede vai até um cantinho próximo a um seguimento de águas e se deita para assim poder beber água sem precisar se levantar.

[Nero Ironclaw]
- Mas eu só encantei o cavalo.
- Não era um mostro.

[Orcus]
- Então é um usuário de magia?!
- Me diga, quem é e o que faz aqui? Como não veio com a carruagem dos alunos, preciso saber de que se trata sua visita. 
- Mesmo sendo um rapaz jovem sua atitude chegando dessa forma foi bastante suspeita e inusitada.  

[Nero Ironclaw]
- A... Desculpa, eu sou Nero Ironclaw.
- Vim para a seleção do colégio imperial.
- Se importaria de me deixar entrar? Não quero perder a hora.
- Um atraso pode me complicar.

[Orcus]
- Olha só, quem diria que o filho do Zique teria crescido tanto.
- HAHAHAHA
- Não se preocupe, vou te levar até lá.
- Já que te atrasei, me deixe ao menos ajuda-lo a chegar lá.

Nero aceita a proposta do soldado, que secretamente escondia seu título, apenas para não chamar muita atenção do filho de seu companheiro. Orcus era gentil, porém bruto, seus atributos físicos superavam em dezenas de vezes qualquer humano, sendo até mais robusto que um Orc adulto. Algo que era considerado sobre humano, tendo em mente a força das criaturas esverdeadas. As vestes do mesmo eram cobertas por uma armadura de couro de urso, além de sua barba e cabelos serem grandes e trançados como um viking. O ruivo de certa forma se intimidava com o soldado, porém evitava demonstrar para acabar não sendo deselegante com a pessoa que estava lhe fazendo o grande favor de mostrar o caminho.

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