Temor e respeito

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Prosseguindo sua longa e barulhenta noite de sono, Nero levanta de sua cama e opta por abrir as janelas de seu quarto e percebe que o sol ainda não haveria nascido por completo, assim ficando aliviado por saber que não teria acordado tarde para seu grande primeiro dia. O mesmo ficaria por alguns minutos olhando para o céu, enquanto seu coração ansiava para saber como seria o tal colégio imperial que ele tanto esperou para entrar. O ruivo logo volta a sua correria, se apressando para não perder a hora e por fim vai até a dona do estabelecimento para poder degustar de uma boa carne de Javali preparada pelo local. Tendo terminado seus preparativos ele se despede do pessoal, pega sua mala e se encaminha em direção ao colégio imperial, porém antes que ele pudesse sair, uma das garçonetes mais jovens pede para Nero se aproximar e da um pequeno beijo próximo a orelha do rapaz, ela ainda deseja boa sorte para ele, ação essa que deixa Nero sem muitas palavras e talvez mais vermelho do que seus cabelos, mas ele acaba por mesmo sem graça, agradecendo e voltando a sua jornada. 

Chegando aos portões; o ruivo respirou fundo, focou seus olhos em sua frente e a cada passo dado por ele até chegar dentro gerava em seu coração novas expectativas, sendo algumas boas e outras nem tanto. Seu coração batia forte, suas mãos tremiam levemente e mesmo sendo um rapaz confiante, tudo aquilo era como chegar ao seu objetivo de vida, era como vencer uma guerra travada a anos, mas ao mesmo tempo correndo para outro campo de batalha mais árduo e complexo que seu antecessor.

(Nero)
- Esse lugar é enorme. 
- Será que eu devo tentar me enturmar com o pessoal ou deixo as coisas rolarem naturalmente?
- Talvez eu devesse...

O jovem distraído tem seus pensamentos interrompidos por acabar esbarrando o seu ombro em uma pessoa que estaria andando próximo a ele, mesmo sem o tal perceber. Nero logo nota o que havia feito e rapidamente estende sua mão para jovem que ele havia derrubado, todavia mesmo não tendo se falado antes, ambos acabam se reconhecendo, uma vez que, essa era a moça de baixa estatura e franja que ele havia posto seus olhos antes da avaliação. Ambos ficariam se encarando por alguns segundos, pois a garota lembrava do que ele havia feito no exame e não sabia como reagir. Aquela cena durou alguns segundos porém eles se tocaram que estavam se encarando e com uma certa vergonha, ambos tentam olhar para direções opostas.

[Nero]
- Olha, mil desculpas eu estava meio distraído. 
- Você não se machucou né? É sério, não foi por querer. 

[Zemia]
- A... Olha...
- Não, está tudo bem. Eu também sou muito distraída.
- Quer... quer dizer não que você seja, mas é que eu sou.
- Ai meu... não precisa se desculpar ok? Está tudo bem. 

[Nero]
- Então, eu te vi no exame de ontem, fico feliz que tenha passado.
- Eu  ainda não sei seu nome, mas caso queira me dizer.
- Sou Nero Ironclaw, é um prazer conhece-la.

[Zemia]
- Prazer é todo meu, sou Zemia Grifinor. 
- E como pode ver, sou um pouco desastrada.
- Mas acho que já ouvi seu sobrenome em algum lugar.

Ambos ainda com um pouco de timidez em suas palavras, iriam próximos para dentro do colégio jogando conversa fora. Zemia tinha dificuldade de chegar até as pessoas por conta de sua timidez natura, além de se sentir um pouco intimidada com a maioria dos nobres e demais estudantes, algo que entrava em contraste com as atitudes de Nero, de forma que ele conseguia simpatizar bem com a garota, que naturalmente iria sorrindo levemente para tal situação. O clima acabaria sendo cortado pela chegada de Elenor, que ao ver ambos conversando, percebendo que era Zemia ali, não pensa duas vezes e junto ao seu grupinho de seguidores decide interromper a conversa dos dois. 

[Elenor]
- Ora ora, veja só quem realmente veio para o grande colégio imperial.
- Está me desafiando por acaso?
- Ou isso é alguma afronta mais séria? 
- Eu disse que não queria ver esse seu rostinho por aqui.
- Mas vou ser boazinha com você, então se manda antes que eu mude de ideia.

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